quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Santa, a fé, o caboclo Plácido. Como nasceu o Círio.

Plácido José de Souza era um caboclo da região, filho de um português e uma índia nativa. Era agricultor e caçador, e possuía um sítio na estrada do Maranhão (hoje Bairro de Nazaré). Num certo dia de outubro de 1700, Plácido saiu para caçar na região do igarapé Murutucu (onde hoje é a Basílica). Depois de muito caminhar pela mata, parou para refrescar-se nas águas do igarapé. Ao levantar a cabeça, enxergou a imagem de Nossa Senhora entre as pedras cheias de lodo. Católico fervoroso, Plácido levou a santa para o barraco onde morava e ali, em um altar humilde, passou a venerar Nossa Senhora.

Procurada pelos viajantes que passavam pela estrada do Maranhão, a casa de Plácido tornou-se lugar de culto a Nossa Senhora. Sabendo de seus milagres, muitos devotos iam rezar, pagar promessas e agradecer os milagres alcançados.

Uma das passagens mais importantes do história de N. Sra. de Nazaré, constantemente citada como justificativa da construção da Basílica no lugar onde se encontra, diz respeito ao eventos chamados pelo povo de “sumiço da santa”. Diz-se que no dia seguinte àquele em que foi encontrada, a imagem não amanheceu no altar da casa de Plácido. Sem saber o que acontecera, este saiu andando pela estrada indo parar às margens do Murutucu. Para sua surpresa, a imagem estava novamente entre as pedras. Diz-se que a santa sumiu outras vezes, quando retirada dali.

Esta história chegou aos ouvidos do governador da época, que ordenou que se levasse a imagem para o Palácio do Governo, onde ficou sob intensa vigilância. Pela manhã, contudo, o altar estava vazio. Impressionados com o milagre, os devotos concluíram que Nossa Senhora queria ficar às margens do igarapé. E ali foi onde construíram uma ermida, ao lado da qual o caboclo Plácido ergueu sua nova casa. Com o passar do tempo, os milagres foram aumentando, trazendo à cidade gente de vários lugarejos do interior, e a imagem acabou indo parar em Belém.Começava a procissão do Círio.


O manto - A virgem de Nazaré é coberta por um manto, que é tecido e bordado a cada ano. Ontem à noite, na Basílica de Nazaré, o novo manto foi apresentado aos fieis, logo após a missa das 18 horas. O manto tem cor branca, representando paz e renovação, predomina na peça.

O manto possui ainda uma faixa florida com duas tonalidades de verde, que significa a esperança e a ressurreição de todos os que têm fé. Todo o desenho do novo manto foi inspirado no arco do abside da Basílica Santuário, que fica sobre o altar-mor e emoldura a Sagrada Família de Nazaré, e, na porta do sacrário, também do altar-mor. Confeccionado em cetim italiano branco, o novo manto tem dez ametistas, um quilo de miçangas coloridas e mais 40 metros de strass, que formam uma Bíblia e uma espada. Leia mais aqui, no Espaço Aberto.


(Da redação da Artban)

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