sábado, 24 de outubro de 2009

Eu faço greve. Poema de um bancário da Caixa MG

O empregado da Caixa Econômica Federal, Orlando Coelho Filho, lotado na agência centro de Uberaba (MG), encaminhou para a Fenae um poema denominado "Eu faço greve".
Inspirado, o autor retrata os motivos que o levaram a paralisar e o significado da adesão ao movimento.

Veja todo o poema:

EU FAÇO GREVE
"Eu falo sério, eu faço greve, não porque quero.
Eu faço greve porque sou levado,
ah! porque sou levado levado, levado à greve.
É como te digo
eu faço greve porque não mendigo
e há algo além do próprio umbigo.
Eu faço greve pra ser levado a sério.
Elevado, elevado, elevado meu papo é reto, franco e direto.

Tu que fique aí no seu discreto,
olhando pro chão,
não achando a razão pra tanto temor.
De não querer ser maior que a própria sombra,
um pouco que seja, mais que nada será sempre um pouco.
Mais que tudo, por isso não me iludo,
não é preciso a fé nem é preciso estudo.

Eu faço greve porque é justo,
olha aí o maior susto dos poderosos,
que nos espoliam
e nos enganam suas falsas promessas
de um paraíso à custa de nossos abandonos.

Eu faço greve porque não tenho dono,
sou o meu próprio senhor,
que se constrói a cada segundo.

Eu faço greve porque quero um outro mundo,
melhor para ti, melhor para mim, melhor para nossos filhos.

Eu faço greve.
tá ligado no estribilho?
pra ser levado a sério!"

Orlando Coelho Filho
Bancário da Caixa em Uberaba (MG)
Fonte: Fenae

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