quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Com o tom da truculência, Caixa ajuíza dissídio no TST


Com truculência
e desrespeitando
decisão de milhares
de bancários, direção da Caixa busca TST para resolver campanha que não foi capaz de solucionar na negociação direta.
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A foto é de Liza Soane, feita na Caixa- São Braz, em Belém do Pará.

Ao contrário de Banco do Brasil, Banpará e dos bancos privados – que já estão na assinatura dos acordos coletivos com os trabalhadores, após 15 dias de greve e intensos debates nas mesas de negociação – a Caixa apelou. De forma autoritária.

“O Comando Nacional dos Bancários repudia a atitude da direção do banco federal por não buscar resolver o conflito na mesa de negociação”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, que está em Brasília desde ontem na tentativa de retomar as negociações e conseguir uma nova proposta da Caixa.

“O Comando está totalmente disposto a negociar e espera que a Caixa volte atrás, respeite os milhares de trabalhadores que têm participado das assembléias diariamente e que recorreram à greve como último recurso diante do impasse imposto pelo banco”, diz Marcolino, destacando a falta de proposta para questões como novas contratações, perenidade do modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e isonomia de direitos entre novos e antigos.

“A presidente da Caixa Federal, Maria Fernanda, foi intransigente, porque sabe que há falta de trabalhadores, que seus empregados estão no limite da exaustão agravada pelos feirões realizados nos finais de semana e da ampliação dos programas sociais”, ressalta Marcolino.

Para o presidente do Sindicato, a direção da Caixa se desesperou ao perceber que a proposta apresentada foi insuficiente e desagradou a esmagadora maioria dos bancários que decidiu, em assembléias democráticas e soberanas, permanecer em greve para tentar melhorar o que foi apresentado pelo banco.

“Não é a primeira vez que a Caixa apela ao Poder Judiciário para tentar resolver uma campanha salarial. Na contramão da relação entre o movimento sindical bancário e os bancos, que têm por tradição definir as campanhas salariais pela via negocial, a Caixa sofre de um problema de condução que tem inviabilizado as decisões de forma mais tranqüila, como os trabalhadores gostariam que fosse”, completa Marcolino.

“A Caixa preferiu a truculência a valorizar seus empregados e reconhecer o esforço desses trabalhadores que exercem uma função social fundamental. Busca o Judiciário desrespeitando esse direito de manifestação dos empregados.”

Assembleia – O Comando Nacional dos Bancários – que permanece em Brasília na tentativa de resolver a campanha pela via negocial – reúne-se na manhã de sexta, 16, para colher mais informações em relação ao ajuizamento do dissídio que só foi conhecido na noite de quinta-feira 15. Os bancários devem permanecer em greve e comparecer à assembléia desta mesma sexta 16, noo Sindicato, em Belém,para ouvir mais orientações e debater os rumos do movimento.

Fonte: Seeb.SP e Redação Arte Bancária

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