segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Basa Rondon é assaltado hoje e confirma a total ausência de segurança pública e segurança bancária

Heidiany Katrine Moreno, diretora do Sindicato dos Bancários do Pará, responsável pela pasta de Bancos Estaduais e que atua em Marabá e Região, informa, por telefone a este blog que houve mais um assalto a banco hoje na região, mais precisamente em Rondon do Pará, no Banco da Amazônia.

Seis assaltantes chegaram na agência do BASA em Rondon às 8 horas, renderam a gerente, entraram no banc,m fizeram todos os funcionários de reféns e levaram o dinheiro do cofre e dos caixas eletrônicos. Fizeram a limpa geral e fugiram.

Heidiany já orientou os colegas bancários a emitrem a CAT - Comunicação por Acidente de Trabalho, a ao mesmo tempo em que  denuncia ser mínimo, quase inexistente o policiamento em Rondon do Pará. E que o banco da Amazônia não investe como deveria em segurança bancária, deixando os trabalhadores expostos a todo tipo de risco.

 Então, sem segurança pública e sem segurança bancária, os bancários e a população de Rondon estão inteiramente nas mãos da bandidagem.



domingo, 29 de janeiro de 2012

Defesa do Banpará passa também pelas eleições nos comitês dia 3

Nesta sexta, dia 3, haverá eleição pela intranet do Banpará para eleger os 3 representantes dos trabalhadores nos comitês paritários que tratam de segurança, relações trabalhistas e PCS - Plano de Cargos e Salários. Os comitês são fruto da luta dos bancários e bancárias do Banpará e integram o Acordo Coletivo de Trabalho que, juntamente com a Convenção Coletiva Nacional, é a lei dos trabalhadores do Banpará.

Cada bancário tem direito a votar em três colegas, um de cada comitê. Os 3 mais votados serão os titulares e a votação sequencial define os suplentes em cada comitê.

As candidaturas foram homologadas pela Comissão Eleitoral e, dentre outros, concorrem as companheiras Heidiany Katrine Moreno e Vera Paoloni. 

Heidiany concorre a uma vaga no Comitê de Relações Trabalhistas e no de Segurança Bancária e Vera Paoloni concorre a uma vaga no Comitê do PCS - Plano de Cargos e Salários e também no de Segurança Bancária.

Em tempo de ameaças à existência do Banpará, mais do que nunca é preciso fortalecer a organização de luta da classe trabalhadora e os comitês têm esse papel.

Portanto, participe, vote e eleja seu representante em cada comitê, levando em conta o empenho, a história e o compromisso de cada colega com a luta e os direitos dos trabalhadores.

Confira todos os nomes de quem concorre:

GT/ PCS
Edmilson Gomes Raiol (Sucob/Geace)
Érica Fabíola Monteiro Henrique (cedida para o Sindicato dos Bancários)
Kátia Luiza Silva Furtado (Afbepa)
Luiz Sérgio Montelo Tavares (Ag. Icoaraci)
Odinea Lopes Gonçalves (cedida para o Sindicato dos Bancários)
Vera Lúcia dos Remédios Paoloni (da FETEC-CN,cedida pelo Sindicato dos Bancários)

COMITÊ DE RELAÇÕES TRABALHISTAS
Érica Fabíola Monteiro Henrique (cedida para o Sindicato dos Bancários)
Heidiany Katrine S. Moreno (cedida para o Sindicato dos Bancários)
Laurentino Pinto de Souza (Ag. Belém Centro)
Luiz Sérgio Montelo Tavares (Ag. Icoaraci)
Maria Salete Gomes de Souza (Suloc/Genaq)
Odinea Lopes Gonçalves (cedida para o Sindicato dos Bancários)
Sheila de Souza Corrêa de Melo (Ag. BR Ananindeua)

COMITÊ DE SEGURANÇA
Edmilson Gomes Raiol (Sucob/Geace)
Fernando Manoel Neves Loureiro (Sulog/Gemab)
Heidiany Katrine S. Moreno (cedida para o Sindicato dos Bancários)
Laurentino Pinto de Souza (Ag. Belém Centro)
Luiz Carlos Amaral de Moura (Ag. Ananindeua)
Luiz Sérgio Montelo Tavares (Ag. Icoaraci)
Maria Salete Gomes de Souza (Suloc/Genaq)
Raimundo Nonato Costa Silva (Ag. Senador Lemos)
Vera Lúcia dos Remédios Paoloni (da FETEC-CN,cedida pelo Sindicato dos Bancários)
Wilson Júnior Leitão Rodrigues (Surec/Gerel)

A Privataria Tucana será lançado dia 2 no Sindicato dos Urbanitários
E neste momento em que alguém discute (no calado, na surdina) a venda do Banpará, vem a Belém lançar o livro " A Privataria Tucana" o autor, jornalista Amaury Ribeiro Jr. Será nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, às 18 horas, no valoroso Sindicato dos Urbanitários do Pará, às 18 horas.  Haverá transmissão pela internet, via site dos urbanitários www.urbanitarios-pa.org.br

Embora as velhas mídias estejam em silêncio sobre a denúncia gigantesca contida no livro, já foram vendidos mais de 120 mil exemplares, está na 5ª edição e figura no topo da lista dos mais vendidos, na categoria de não-ficção.

Blogs e redes sociais têm dado conta do recado de divulgar o livro que denuncia a monumental privataria tucana no governo FHC-Serra. É desse período a venda da Celpa, Vale e de 22 dos 27 bancos estaduais. Banpará escapou da sanha. Por enquanto, que o deus mecado e vontade tucana de tudo privatizar nunca dormem!

Uma parte do time da Articulação Bancária panfletando hoje pela manhã na Praça da República, convidando a população para o lançamento do livro do Amaury Jr, "A Privataria Tucana"no dia 2. Na foto, da esquerda para a direita: Marco Aurélio, Cristiane, Alan, Vera Paoloni e Serginho.

Em defesa do Banpará

O Arte Bancária replica o artigo do deputado federal Cláudio Puty (PT-PA), originalmente publicado na pág. 8 do Jornal "O Liberal" deste domingo 29/01/12, pág 8 do caderno Poder.

Sobre a mesma ameaça de venda ou federalização do Banpará, tem artigo neste blog e no site da Fetec-Centro Norte,  assinado pelas companheiras Vera Paoloni e Heidiany Katrine Moreno.


Vamos manter aceso o lema orai, vigiai e lutai, porque o deus mercado e os tucanos não dormem!


 Em defesa do Banpará
 

Cláudio Puty (*)

O Banco do Estado do Pará (Banpará) foi um dos cinco, dentre os 24 {27}bancos públicos estaduais brasileiros, que sobreviveu, aos trancos e barrancos, à onda de privatizações neoliberais da década de 1990. Hoje essa instituição paraense, graças à gestão petista do estado, vive sua finest hour (melhor momento), com lucro recorde de R$ 120 milhões em 2011 e o pagamento, também recorde, de dividendos ao governo do Estado em torno de R$ 60 milhões. E o banco, é bom lembrar, não usa recursos do orçamento fiscal do Estado. Pois justamente agora, com o Banpará capitalizado e em expansão – mais 30 agências deverão ser abertas do interior do estado –, o governo do Pará discute a possibilidade de privatizá-lo ou “federalizá-lo”, neste caso passando o controle dos ativos para o
Banco do Brasil.

Ora, isso constitui uma afronta ao povo paraense!

No passado, as justificativas para a privatização dos bancos públicos estaduais foram o elevado grau de inadimplência de algumas instituições e o grande volume de emissão de títulos públicos estaduais, o que as tornava altamente dependentes de recursos do mercado financeiro, cujos juros eram escorchantes. Mas isso era apenas uma escusa oficial, porqueo governo FHC já havia se comprometido com instituições financeiras multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial, a privatizar os bancos estaduais, favorecendo a abertura do sistema financeiro brasileiro ao grande
capital nacional e internacional, e abrindo o caminho para a concentração bancária.

O Banpará escapou por pouco de ser vendido. Em 2006, no final do primeiro mandato de Simão Jatene, o banco estava enfraquecido, mas ainda assim teve um lucro de R$ 6 milhões (valores da época). No ano seguinte, o primeiro do governo do PT, os lucros foram de R$ 22 milhões; no
segundo ano, eles subiram para R$ 78 milhões; caíram para R$ 43 milhões em 2009 e fecharam 2010 com R$ 85 milhões. Naquele ano, o desempenho do banco paraense obteve a classificação “A” da empresa Austin Rating.

Tudo isso foi possível porque, durante o governo do PT, o Banpará adotou uma série de medidas para sanear as finanças da instituição.

O governo estadual vem usando argumentos contraditórios para justificar a necessidade de “se livrar” do Banpará. Primeiro, disseram que a entrada em vigor da chamada “portabilidade”, lei que obriga prefeituras e governos estaduais a não mais direcionar pagamentos de salários a determinados bancos, esvaziaria o Banpará. Por esse novo sistema, o funcionário público é livre para determinar em que banco receberá seu salário. Depois, inverteram o argumento; um secretário chegou a dizer que não havia sentido em continuar com o Banpará, pois ele se transformou em “mero pagador” da folha de funcionários. Mas o argumento principal dos defensores da venda do banco oficial paraense é o de que não se deve perder a “oportunidade”, já que o BB tem interesse em adquiri-lo.

É disso que se trata, no final das contas. Com a visão tacanha típica de seu ideário neoliberal, o governo de Simão Jatene quer vender o patrimônio público para obter fundos e assim aumentar a capacidade de investimento do Estado – afinal, fala-se que a venda do banco estadual poderia render perto de R$ 1 bilhão aos cofres do Pará. A verdade é que o Banpará, que durante os 12 anos de governos tucanos perdera a importância e quase foi vendido, no governo petista dobrou seu patrimônio líquido e voltou a ser atrativo, como mostram os números.

É claro que “federalizar” é melhor que privatizar. Mas, se isso vier a acontecer, o patrimônio público do Pará sairá das mãos do povo paraense.

O fato é que o Banpará não é um banco qualquer. Ele é uma instituição pública que tem um papel fundamental no fortalecimento da economia do estado, agindo principalmente como um banco de fomento de pequenos produtores de baixa renda. Com seus programas sociais, como o programa
de microcrédito a empreendedores informais e outros projetos de investimento em promoção do desenvolvimento e geração de emprego, o Banpará é um dos pilares do desenvolvimento com inclusão social.

É esse legado de luta que a sanha mercadista dos tucanos quer destruir.

(*) Cláudio Puty é deputado federal (PT-PA), presidente da Comissão de Tributação e
Finanças da Câmara dos Deputados
.

Leia também sobre venda do Banpará:
- Venda do Banpará? Não passarão!
- O Banpará não está à venda. É orai, lutai e vigiai!
- Venda do Banpará: tem abanador de fogareiro avivando esse braseiro
- "Precificação" do Banpará está na casa dos R$ 600 milhões

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Venda do Banpará? Não passarão!- Artigo


 * Por Vera Paoloni e Heidiany Katrine Moreno

Em 2008, o Brasil celebrou os 200 anos da chegada da corte portuguesa e a criação, por Dom João VI, da primeira instituição de crédito do país: o Banco do Brasil. Em outubro de 2011, o Pará celebrou os 50 anos do Banpará, uma das cinco instituições de crédito públicas estaduais remanescentes da privatização de 22 dos 27 bancos públicos do País na década de 90.

A história do Banpará é a crônica do sobressalto e da incerteza, mas atesta sobretudo a resistência de seus funcionários e a disposição de luta do povo do Pará para manter uma instituição que cumpre um papel importante para garantir crédito aos pequenos empreendedores e financiar o desenvolvimento do Estado, com forte atuação no microcrédito em todo o Pará, embora com pouca divulgação dessa importante atividade sócio-econômica.

O Banpará já enfrentou intervenção do Banco Central em 1987 e ameaça de privatização ou liquidação em 1998. Nessa última turbulência, o funcionalismo do banco abriu mão de 20% do salário durante um ano para assegurar que o banco se mantivesse público e sob controle do estado do Pará.

Sindicato dos Bancários e Associação dos Funcionários do Banpará, com o apoio da sociedade civil organizada, tiveram de ser engenhosos para livrar o Banpará da metralhadora giratória de FHC. Foi um tempo de desemprego e desespero para milhares de famílias bancárias. Tempo doloroso e cruel, mas as entidades sindicais bancárias, o funcionalismo e a sociedade resistiu e derrotamos no Pará o projeto neoliberal de FHC para os bancos públicos.

Mal começa 2012 e os jornais informam que o Banco do Brasil tem interesse em comprar o nosso Banpará. Pior! Dizem também que o governo do Pará está disposto a aceitar entre 600, 800 e 900 milhões de reais, uma bagatela por um patrimônio público capitalizado e forte, uma  alavanca à disposição da sociedade para financiar a produção e assegurar crédito para quem produz e gera emprego e renda. Dispensável lembrar o papel que as instituições públicas de crédito cumpriram no País para que pudéssemos mitigar os efeitos de crise financeira internacional em 1999, também no período FHC.

O fortalecimento do Banpará foi acentuado no governo do PT (2007 a 2010), mantendo-se em crescimento no ano passado e com muitas boas perspectivas para 2012, incluindo expansão da rede de agências. O interesse do BB nessa nova performance do Banpará é uma evidência desse sucesso. Faz parte da estratégia do  BB a incorporação de bancos, sobretudo os saudáveis, como já aconteceu com a Nossa Caixa, Nosso Banco, de São Paulo e o Besc, Banco do Estado de Santa Catarina.

Embora à primeira vista possa parecer um bom negócio, a incorporação do Banpará por um banco público, na real, é privatização, porque diminui o papel do estado em um setor estratégico e porque o Banco do Brasil, embora público, tem uma política de banco privado em que a meta de negócios é uma obsessão adoecedora, o que transforma o BB em dos campeões de assédio moral no sistema financeiro do país.

Vender o Banpará, seja para banco público ou banco privado, é uma atitude de lesa-sociedade, um atentado à soberania e um desrespeito ao povo do Pará, que disse sim no plebiscito para que o estado permanecesse grande e com capacidade de investimento, o que inclui uma instituição pública de crédito forte, enraizada e capitalizada para tocar o desenvolvimento do estado. O funcionalismo do banco e a sociedade paraense manterão a luta e a resistência a toda e qualquer atentado contra um patrimônio público do povo do Pará

Não há razões técnicas ou administrativas que justifiquem a venda do Banpará. Desfazer-se de uma empresa lucrativa, que é um instrumento de crédito e desenvolvimento do povo do Pará, lembra em muito o que houve com a Celpa, que o estado repassou à iniciativa privada e hoje temos, no Pará, um dos piores sistemas de fornecimento de energia, apesar de contribuirmos com mais de 60% das receitas da empresa que explora o que era um serviço público. É o mesmo modelo que os que defendem privatizações querem para a Cosanpa, a companhia estadual responsável por água e saneamento no Pará. Temas que estão na pauta e na ordem o dia para o movimento sindical bancário e dos que compõem a Frente contra a Privatização do Pará. 

Nessa nova ameaça à existência do Banpará, resistir e resistir é o nosso lema.

Venda do Banpará, privatização do estado? Não passarão!

* Vera Paoloni é funci Banpará e diretora da FETEC-CN (Federação Centro-Norte dos Trabalhores em Empresas de Crédito) e Heidiany Katrine Moreno é funci Banpará e diretora de Bancos Estaduais do Sindicato dos Bancários do Pará.Ambas integram a corrente Articulação Bancária Pará.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Bradesco atenta contra a vida, segurança e memória do patrimônio brasileiro. Parabéns, ContrafcUT!

O Arte Bancária parabeniza a valente e combativa ContrafCUT, a Confederação da Classe Trabalhadora no ramo Financeiro, que completa hoje seis anos de muitas lutas, protagonismo e vitórias na vida de seus representados, quase a totalidade dos trabalhadores e trabalhadoras bancárias e do sistema financeiro.

Parabéns à direção da ContrafCUT que tem remado contra a correnteza do capitalismo e travado bons combates por condições de trabalho, resgate da cidadania, inclusão e igualdade de oportunidades. Sempre sindicateando!

A ContrafCUT e o movimento sindical bancário e do ramo financeiro de todo o país têm denunciado sistematicamente a ganância e falta de compromisso social dos bancos.

Hoje, é a vez do Bradesco, useiro e vezeiro em atentar contra a vida, contra a segurança de bancários e clientes.

Na denúncia feita pelo blog Hupomnemata, mais uma barbaridade do Bradesco: agora desfigura um patrimônio histórico de Belém e faz mais um atentado, agora contra a memória do povo brasileiro.

Nas duas fotos finais, as diretoras do Sindicato dos Bancários do Pará e integrantes da Articulação Bancária Pará, Cristiane Aleixo e Heidiany Katrine Moreno, em atividade sindical em Marabá, quando paralisaram a agência do Bradesco por falta de condições de trabalho e atendimento ao público.

A diretora do Sindicato e funcionária do Sindicato, Heládia Carvalho também tem denunciado a insegurança bancária, o assédio moral e a falta de respeito do Bradesco em relação aos bancários e clientes.
A Agência do Bradesco em Belém, na Av. Nazaré, Largo do Redondo: patrimônio histórico e memória desfiguradas. 

A denúncia no blog Hupomnemata: Edifício localizado na Av. Nazaré, Largo do Redondo, foi reformada no início do século XX pelo engenheiro arquiteto José Sidrim como residência do Sr. Lopo de Castro, atualmente sede de um Banco, está tendo seus preciosos azulejos retirados na surdina. Não se sabe se estão tendo o mesmo destino dos belos gradis do casario vizinho. Valha-nos quem?

Do Facebook da Ana Léa Mattos.

Observação: Passei hoje por lá. A porta que aparece nesta foto está coberta com um tapume. Ainda ontem percebi que os azulejos internos dessa varanda estavam sendo retirados. É caso de polícia. Quem vai fazer o quê?
Heidiany Katrine Moreno fotografa as pésssimas condições de trabalho do Bradesco-Marabá, no Pará...
... e junto com o Procon, as diretoras Heidiany Katrine e Cristiane Aleixo, do Sindicato dos Bancários do Pará, fazem a denúncia da falta de segurança e de condições de trabalho.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BASA ganha tempo na Justiça para não acabar com os contratos ilegais de terceirização


O Banco da Amazônia compareceu ontem pela manhã  à audiência na 15ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Pará, 8ª Região, em Belém do Pará. Já havia comparecido à audiência inaugural, em 28 de novembro e nada apresentara. A próxima audiência está marcada para 27 de fevereiro.

Nesta segunda audiência, o banco compareceu e de novo mostrou seu estilo, o de uma diretoria que não se movimenta quando o chamado é para cumprir a lei. Novamente não apresentou os contratos de terceirização e sim fez uma contestação à Ação Civil Pública informando que o Estatuto do banco diz que à área de Teconlogia da Informação (TI) é área meio e não área fim, querendo justificar a ilegalidade de ter 352 terceirizados e apenas 82 concursados numa área que é central em qualquer banco e em qualquer empresa. E apresentou uma tese que é uam sociedade de economia mista, como se não estivesse sujeito ao TCU, DEST e governo.

 Na ACP o Sindicato, solicita à justiça, após historiar a terceirização existente no banco:
  • Decretar a anulação dos contratos de terceirização área de Tecnologia da Informação, estipulando o prazo de dois anos para garantir que não haja senão funcionários concursados dentro do Banco da Amazônia S.A. nas áreas especificadas no plano de cargos e carreiras da instituição;
  • Garantir o provimentos das posições a serem disponibilizadas garantindo ao final do prazo de dois anos o total preenchimento de seus quadros funcionais de acordo com o art. 37, III da Constituição Federal.
 Na primeira audiência ocorrida a 28 de novembro/2011, o Banco da Amazônia não apresentou os contratos de terceirização, formalmente requeridos pelo Sindicato dos Bancários do Pará na
ACP - Ação Civil Pública. Ontem, novamente apelou para a tergiversação, com o claro intuito de ganhar tempo.

Enviesado -Sobre a alegação enviesada do banco de que é uma sociedade de economia mista, vale a pena lembrar que em dezembro/2010 o DEST - Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, realizou reunião com todas as estatais, no sentido de anunciar e pedir providências para a reversão  de todo procedimento de terceirização nas empresas que estivessem em desacordo com os termos do Enunciado 331, ou seja, que estivesse terceirizando atividades fins ou que as atividades fossem constantes dos atuais planos de cargos e carreiras das empresas estatais, subsidiárias e coligadas. 

O DEST fez a reunião em conformidade com Acórdão do TCU – Tribunal de Contas da União, que
determina a reversão, em todos estes casos. Todas as  empresas- BASA incluído - tomaram ciência que assim deveriam fazê-lo e pouco fizeram no sentido de cumprir a determinação do DEST e TCU.  No caso do BASA, a argumentação frágil da advocacia do banco quer fugir pela tangente como se não estivesse sujeito às leis que regem os entes públicos.

Ou seja, ao invés de tentar ganhar tempo na justiça, se respeitasse a lei, o TCU, o DEST e o próprio governo, o BASA já deveria era já ter apresentado cronograma detalhado de substituição de terceirizados, prazo dos concursos e incremento na qualificação dos concursados existentes.  Fez? fará?

Do jeito que desrepeita a categoria e agora a justiça, não está escape de o BASA entrar o mês de março já em ampla mobilização e até paralisação para que se cumpra e lei!

Participaram da audiência, pelo Sindicato dos Bancários do Pará os diretores Sérgio Trindade (vice-presidente) e o diretor Marco Aurélio Vaz dos Remédios, além da advogada do Sindicato, dra. Mary Cohen.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Banpará: inscrições para comitês terminam nesta sexta-feira 20

Estão abertas até às 17 horas desta sexta-feira 20, inscrições para eleições diretas aos comitês de Relações Trabalhistas( CRT), Plano de Cargos e Salários (PCS) e Segurança Bancária, comitês paritários e que são fruto da luta do funcionalismo para debater em pé de igualdade com o banco o mundo do trabalho, a carreira, o salário, a segurança, enfim, o cotidiano do trabalhador bancário. Na intranet do banco, desde o dia 6 de janeiro, estão as regras para a inscrição e eleição. Esta acontece dia 3 de fevereiro.

Qualquer bancário/bancária do Banpará com 1 ano de banco pode se inscrever e concorrer a qualquer um dos 3 comitês, inclusive pode se inscrever nos 3 comitês. Mas não poderá concorrer quem tenha função de gestão ou assessoramento.

E importantíssimo a participação dos colegas na inscrição e na eleição. Quanto mais organizada e unida estiver a categoria, mais fortemente lutará pela manutenção do Banpará enquanto banco público do povo paraense e também pela manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Para se inscrever, preencha o requerimento de inscrição e encaminhe-o para o Sindicato dos Bancários. Quem estiver no interior do Estado, pode enviar o requeriumento preenchido e assinado por fax ao Sindicato dos Bancários do Pará.

Clique aqui para conferir o edital das eleições.

E clique aqui para ler o requerimento de inscrição da candidatura


Participe! Inscreva-se e vamos unir forças para lutar pela manutenção do Banpará e também dos direitos  do funcionalismo do banco.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Venda do Banpará: tem abanador de fogareiro avivando esse braseiro.

Clique na imagem acima com as três notas publicadas na coluna Repórter Diário de hoje, no jornal Diário do Pará....
...agora, clique nesta imagem de duas notas, publicadas no domingo 15, no mesmo jornal Diário do Pará.

Leu?

Nas notas de domingo, a coluna do Diário do Pará diz que há forte corrente no governo {Jatene} defendendo a venda do Banpará, um dos raros bancos estaduais que sobreviveu à metralhadora giratória de FHC, responsável por eliminar do mapa do sistema financeiro 24 dos 27 bancos estaduais. E diz mais a coluna que o preço do Banpará ficaria entre R$ 800 a R$ 900 milhões.

Na segunda-feira 16, o jornal nada disse sobre o assunto que mereceu chamada de capa no domingo e duas notas na principal coluna, que é o Repórter Diário. O presidente do Banpará assina um comunicado ao funcionalismo do Banco, desmentindo a nota de domingo e o teor do comunicado é mais ou menos as três notas publicadas no Repórter Diário e no site do governo tucano.


Abanador de fogareiro - Para o Arte Bancária o comunicado do Banpará e sua reprise no site do governo e no jornal Diário do Pará, ao invés de tranquilizar o funcionalismo do banco, o movimento sindical bancário e a sociedade paraense, apenas confirma que tem abanador de fogareiro assoprando a brasa da venda do Banpará, seja aqui no governo tucano, seja no Banco do Brasil.

Vejamos.

O governo  tucano do Pará, ou parte dele - e não a diretoria do Banpará - já manifestou o interesse de venda do Banpará. O Banco do Brasil tem toda a vontade do mundo de crescer seu patrimônio, em especial num momento de feroz concorrência entre bancos públicos e privados. Só como exemplo: em 2011 o Bradesco abriu 1052 novas agências. O BB vai ficar quieto? Não cremos!

É grande o apetite do mercado não só pelo Banpará mas, inclusive, pelo Banco da Amazônia. O Banpará tem a folha de pagamento do governo do Estado, tem uma sólida carteira de consignado e está presente em boa parte do Pará. Já o BASA tem o FNO - Fundo Constitucional do Norte, receita mensal líquida e certa, além de ter a marca de banco da Amazônia, apetitoso ativo.

Adquirir o Banpará e até o mesmo o BASA está na estratégia de negócios do Banco do Brasil. Na contramão dessa estratégia, está a vontade e a capacidade dos paraenses e amazônidas em preservar seus bancos como instrumentos de desenvolvimento e crédito.

É uma boa briga. Vamos a ela!!!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Banpará não está à venda! É orai, lutai e vigiai!!!

Clique na imagem acima para ler esta notícia que está no jornal Diário do Pará de ontem, domingo 15/01/12.

Trata sobre a presumível venda do Banpará para o Banco do Brasil por 800 a 900 milhões de reais, uma bagatela em se tratando de um banco com presença em todo o Estado e uma excelente performance.

Vender o Banpará é um contransenso administrativo e um ataque político à luta do funcionalismo e da sociedade paraense, que optaram pagar 30 anos pela capitalização do Banpará, em 1998, ao invés de jogá-lo para a privatização ou liquidação. E o banco, como uma instituição pública, vem dando respostas positivas ao Pará (cresceu muito no governo Ana Júlia e continuou crescendo no 1º ano do governo Jatene. Então, vender pra quê. por quê?)

Este blog vem denunciando que há uma clara intenção e decisão do governo Jatene em privatizar o setor público, aí incluído o Banpará. Isso está expressado no projeto de lei 210/2011, o das PPP's, as tais Parcerias Público-Privadas que, no Brasil, têm sido arranjos para diminuir ou arrasar direitos dos trabalhadores e ampliar a terceirização, diminuir o papel e a responsabilidade do Estado. O projeto foi adiado, graças à mobilização movimento sindical e popular, combinado com negociação parlamentar.


Falamos há pouco com o diretor de crédito do Banpará, Jorge Antunes, que se disse surpreso com a "informação" plantada no Diário do Pará sobre a dita venda. E que ainda hoje, a diretoria do Banpará se posicionará sobre a nota.

Em qualquer governo do Estado, o Banpará sempre encontrou adversários no meio dos governos. Sempre aparece um "iluminado" querendo vende o banco inteiro, ou parte de suas carteiras. Por isso, o funcionalismo está sempre mobilizado, lutando contra o fantasma da privatização, federalização, venda. Quando a gente pensa que a vida retomou seu curso normal, eis que bate o sobressalto, desta vez, gerado pela imprensa aliada do governo Jatene - no caso, o Diário do Pará.

Para este blog e a diretoria da FETEC-Centro Norte, vender o Banpará é um ataque ao desenvolvimento do Pará, mais um ataqu à sociedade paraense e ao bravo funcionalismo do Banpará.

Ainda hoje  a FETEC-Centro Norte se reunirá com o Sindicato dos Bancários do Pará, com a Afbepa e a Frente contra a Privatização do Pará, para articular as estratégias de defesa do Banpará, do desenvolvimento do Estado e dos direitos dos trabalhadores bancários do Banpará.

Nenhuma privatização a mais em nossas vidas e de nossas famílias! Nemhum direito a menos!

Fiquemos juntos e com o alerta máximo ligado.

Agora, mais do que nunca, é orai, lutai e vigiai! 

Faça contato: 91.8198.4005 (Heidiany)// 91.8832.1354 (Vera Paoloni)

Leia também sobre o assunto no blog da Afbepa

O mano Castagna Maia se foi. Mas estará sempre presente!!!

 No blog lapaoloni.blogspot.com

Não é fácil perder um amigo como o Maia, irmão que se foi ontem pela manhã (14 de janeiro), aos 47 anos, após brigar com um câncer no esôfago durante 2 anos e quatro meses e se submeter a diversos tratamentos, alguns dos quais extremamente dolorosos. Fez belas descobertas nesse caminhar.

Pra mim é demais dolorosa mais esta perda, pois já se foram meu mano Zé Wilson em agosto 2009, meu amigo e  irmão Walter Rodrigues em maio 2010 e meu paizinho em abril/2011. São perdas demasiadas que se juntam  e arrancam a alma da gente em pedaços.

Maiakovski - como nós o chamávamos: Amaral, eu, Samuca, Doralvino, Onivaldo, Serpa, Graziela - era demais especial. Ácido na crítica - e o blog dele mostra isso claramente - e terno no trato do ser humano, gentil e fidalgo como poucos. Apaixonado por gente, poesia, vinho, café, Brasil, conhecimento, Getúlio Vargas e causas impossíveis, como bem lembrou o companheiro e sindicalista bancário de Brasília, Eduardo Araújo, ontem à noite, na cerimônia do adeus que acabamos fazendo no velório do Maia, em Brasília. Amaral "delírio do povão" começou, rompeu o dique e a noite adentro foi de pura emoção, choro, risos e um pouco da memória do que Maia significou em nossas vidas. Um velório incomum para um sujeito singular. Gente de todas as partes do Brasil tinha conseguido chegado à capital federal para ver o amigo pela última vez.

A breve existência de 47 anos mal completados (ele fez 47 anos dia 16 de dezembro) foi intensa e plena. Amou muito a família, a eterna namorada Ana Bede, a filhota Carol e amou cada amigo, cada amiga, sendo amigo de todas as horas, em especial as mais difíceis. Nessas, estava sempre por perto, como um alô, um e-mail, um abraço. Agenda lotada sempre e muito estudo, muita leitura, muito debate, mas para os amigos e os necessitados ele achava um tempinho, alargava o dia e o coração, tinha uma brecha pro café e pro cafuné.

Maia se comovia profundamente com as injustiças, com as sacanagens. E lutava contra todas elas, de forma competente. Amava a chuva, amava Belém, a majestade da baía do Guajará e quando aqui vinha nas lides da Capaf, do BASA,tinha prazer especial em dar um pulo  nas barraquinhas da avenida Nazaré para comer maniçoba na rua. Achava bacuri uma fruta deliciosa, única. E é.

 Amei Brasília pelas mãos e olhar dele. E juntei tanto conhecimento ouvindo ele, conversando, trocando idéias, aprendendo. Como diz Samuca, ele terá sempre nosso amor e nosso aplauso.

 Égua, não ter mais isso dói demais!

 Maia não era só terno, como generoso e discreto. A mão esquerda não sabia o que a direita fazia. Conviveu assim como amigos que não se falavam e às vezes se detestavam sem que ele jogasse gasolina pra apagar eventuais incêndios. Era um embaixador da paz que nunca abriu mão de expressão sua opinião, com luz própria.

Corajoso, viveu abrindo novos caminhos, inventando formas de caminhar na política, na advocacia e no tratamento contra o câncer. Sem esmorecer, mesmo quando a enfermidade implantou ador no seu corpo, lhe roubou o sossego e mais de 20 quilos. Festejou com os amigos e colegas do escritório os 47 anos e fez um balanço de 2011 como um ano doído, de resistência, de perdas, de idas e vindas, de sofrimento E como não se entregava, anunciou que 2012 será melhor. Não porque os fatores externos se modifiquem — e seguramente vão se modificar, mas porque o que conseguiram fazer até agora foi forjar nossa esperança até o inquebrantável.

A poesia estava entranhada nele. Recitava vários poetas e poemas assim de cabeça, entre uma petição e outra, ouvindo baixinho Astor Piazzola. E ora rindo, ora praguejando baixinho a cada nova tramóia descoberta. Lembro que numa ação judicial em que mostrava a dilacerante situação das LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e a dor dos que sofrem de LER, abriu a petição com trechos do Navio Negreiro. "Senhor Deus dos desgraçados! /Dizei-me vós, Senhor Deus! /Se é loucura... se é verdade /Tanto horror perante os céus?! "

Profundamente estudioso do Brasil e da política, criou um blog (o 1º blog de advogado no Brasil) que virou um holofote a varrer a escuridão das tenebrosas transações. Denunciou os leilões do petróleo, foi incansával na denúncia e luta contra privatizações, terceirizações, adoecimentos. Falou sobre a soberania do Brasil e fez o mais belo resumo sobre pré-sal. Criticou acidamente os erros de parte do governo Lula e elogiou os acertos. Dizia publicamente que Lula era o melhor do PT. Votou em Dilma e fez o mais tocante texto sobre ela em fevereiro de 2010.

Viveu e falou de amor, poesia, política, saúde, denunciou muito. Lutou mais ainda contra o que está profundamente errado. Rindo, brigando e sem baixar a cabeça e a guarda.

No inverno longo da luta contra o câncer, viveu a meditação, a espritualização, a proximidade com Deus cada vez maior. E fez enormes exercícios de tolerância.

Os amigos brincavam ontem no velório que ele já deve ter puxado um banquinho e está trocando idéias com Getúlio e Brizola sobre o país. Tomara!!!

Vai na luz, meu amado irmão que tão bem combateu o bom combate!

A gente aqui vai tentar continuar o que começaste, pois a matriz ficou toda pronta.

Tem um buraco no meu peito e no de muita gente.

Beijos, Maia! Nós te amamos!!

Antes de terminar: não deixe de ler o blog do Maia. É uma aula de Brasil e de humanidade. Um farol contra a escuridão imposta pelo noticiário que sai via velhas mídias. E um doutorado sobre como é exercer a advocacia para proteger os mais fracos.

Leia também:


Morre em Brasília o advogado Castagna Maia

Luiz Antonio Castagna Maia

Falece o advogado Luiz Castagna Maia, ex-assessor jurídico da Contraf-CUT


A morte de Castagna Maia - Nassif

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Atualizado às 7:38 de 16/jan/12, para incluir a 3ª foto e este belíssimo texto sobre o veio Maia, escrito pelo amigo Samuca, ontem à noite e me enviado por mail:

O artesão da palavra

O raciocínio era preciso, ferino, brilhante.

Luís Antônio Castagna Maia falava com as mãos e os olhos, e tinha sempre um “causo” para ilustrar o alinhavo que viria a seguir.

Minha primeira lembrança dele remete às reuniões da então Executiva Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, em 1987, na qual Maia representava os bancários de Porto Alegre.

Mais tarde comporíamos a comissão de negociação sob a coordenação de Fernando Amaral, do Sindicato de Bancários do Rio de Janeiro. Quando o gaudério pedia pra falar a gente já sabia que vinha algo mais.

 A ele se poderia aplicar o verso de Abel Silva, em canção com Sueli Costa: “Só uma palavra me devora: aquela que meu coração não diz”.
 Seu fino trato com a palavra foi um traço desse gaúcho que viveu intensamente seus 47 anos.

Depois do movimento sindical, em meados dos anos 1990, Maia integrou com o brilho usual a equipe do Gabinete de Representação dos Funcionários (GAREF), sob a batuta do menestrel Luiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de Souza.

 Naquela trincheira, publicou inúmeros textos no “Boletim Garef”, em defesa do BB e das boas causas. Nada que saía de seu computador era vida indo em vão...

 Fora dos quadros do banco, ele construiu notável carreira como advogado, especializado em fundos de pensão, saúde e direitos do trabalhador.

Suas petições, e li inúmeras delas, pertencem à estirpe do gigante chamado Rui Barbosa. Na sua vasta biblioteca havia um livro raro com pérolas da lavra do grande jurista, em defesa de seus representados na Justiça. Maia se inspirava nele, com certeza. Não por acaso, advogou para grandes entidades sindicais, fundos de pensão dos trabalhadores, firmando suas posições no contexto sócio, político e institucional do país, com ética e rigor, sem perder a ternura, jamais – como indicara outro comandante.

Como bom ourives da palavra, ele seguia a linha de Eduardo Galeano:

 Nós dizemos não à neutralidade da palavra humana.

Dizemos não aos que nos convidam a lavar as mãos perante as cotidianas crucificações que ocorrem ao nosso redor.

À aborrecida fascinação de uma arte fria, indiferente, contempladora do espelho, preferimos uma arte quente, que celebra a aventura humana no mundo e nela participa.

Seria bela a beleza, se não fosse justa?

Seria justa a justiça, se não fosse bela?

Nós dizemos não ao divórcio entre a beleza e a justiça, porque dizemos sim ao seu abraço fecundo e poderoso.


 Entre os amigos, passamos a chamá-lo de “comandante Maiakóvsky”, reconhecendo aqui também seu gosto pela boa poesia.

Era sempre uma delícia conversar com ele sobre a obra dos grandes poetas brasileiros: Drummond (um de seus preferidos), Bandeira, João Cabral, Quintana, Vinícius, Milano, Cora, Leminski...

Da poesia para a música e literatura; a prosa com o véio Maia era de um sabor único, embalada por sua admirável cultura geral.

 Para nós, que tivemos o privilégio de conviver, respeitar e amar o véio Maia, talvez haja um atributo mais definitivo: sua reconhecida generosidade.

Sua casa em Brasília era sempre um abrigo aos seus amigos e amigas, espalhados pelos quatro cantos do Brasil.

No meu caso, seu porto seguro no Lago Sul foi fundamental, no primeiro semestre de 2004, quando fiz a pesquisa e conclusão do meu doutoramento.

Não há nenhuma palavra que possa expressar, nessa “última flor do Lácio inculta e bela”, minha eterna gratidão, amigo.

Há três anos, ele lutava contra um câncer no esôfago.

Na manhã de 12/01, às 09h28, recebo da Vera Paoloni, amiga querida, a seguinte mensagem: “Dodô acabou de ligar; Maia está muito mal”.

Seu quadro de saúde piorara sensivelmente nos últimos meses. 

 Dois dias depois, 14/01, às 09h33, recebo do Amaral, Doralvino e Vera, a um só tempo, a notícia de que nosso amigo havia partido.

No silêncio da manhã de Floripa, entrecortado pela chuva incessante, deixo a emoção fluir pelos olhos.

Um gosto de saudade para sempre se apodera de minh’alma... Busco na poesia de Gonzaga Jr. uma indicação de caminho, parodiando a canção:

“Diga lá, meu coração, que ele [o véio comandante Maiakóvsky] está dentro em meu (nossos) peito e bem guardado/ e que é preciso/ mais que nunca/ prosseguir”... 
 Seu legado estará em cada um de nós, amigos/as e familiares, na humana possibilidade de transcender os grilhões do tempo-espaço, enquanto pudermos guardá-lo na memória.

Samuel Lima (Samuca)
Jo
rnalista e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (FAC/UnB).

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No vídeo, audiência pública no STF com Maia falando de forma estratégica e brilhante, em abril/2011. Obrigada pelo toque no feice, Ghyslaine Cunha:

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dia 2 "A Privataria Tucana" em Belém

Do blog lapaoloni.blogspot.com

Agora tá confirmado e incluído o Pará na disputadíssima agenda de eventos do Amaury Ribeiro Jr.: dia 2 de fevereiro, às 18 h, na sede do Sindicato dos Urbanitários do Pará, ele estará em Belém para lançar o livro e fazer um debate sobre "A Privataria Tucana". O debate  é aberto à sociedade em geral.

 A atividade faz parte da programação de mobilização e luta daFrente contra a Privatização do Pará, que reúne os sindicatos dos Urbanitários, Bancários, Fetec-Centro Norte, CUT, CTB, movimento estudantil e movimento popular, além de parlamentares de esquerda.

A Frente contra a Privatização do Pará é um movimento de resistência contra a proposta geral de privatização do setor público do Pará, contida no Projeto de Lei 210/2011, encaminhado à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) no final do ano passado, em regime de urgência urgentíssima e que teve a votação barrada devido à pressão e articulação dos movimentos sociais e de parlamentares do PT/PSOL que conseguiram adiar a votação para fevereiro/2012, no retorno da atividade legislativa. Destaco a atuação  bem firme e propositiva do deputado Edmilson Rodrigues e dos deputados petistas Carlos Bordalo e Edilson Moura, bem como de toda a bancada do PT, além dos deputados Eliel Faustino (PR-PA) e Raimundo Santos (PR-PA). Blogs combativos têm denunciado a armadilha tucana, maquiada de PPP's.

No período de FHC/Serra, aqui no Pará a onda privatizante levou a Celpa, a Centrais Elétricas do Pará e queria levar o Banpará e o Banco da Amazônia. Agora, na mira tucana a Cosanpa (responsável por saneamento e água) e quase todo o setor público, incluindo educação, produção, transportes etc. E sem descartar qualquer área eocnômica ou social. Ô raça!

Como se observa, o lançamento do livro "A Privataria Tucana" em Belém está absolutamente na ordem do dia em Belém. 

Vai ser dia 2 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Urbanitários, às 18 horas. O Sindicato fica na Av. Duque de Caxias, entre Lomas Valentinas e Enéas Pinheiro, bairro do Marco.

E saiba mais sobre o projeto tucano das PPP's.

Agradecimento especial à Conceição Oliveira, do Maria Frô e ao povo do Paranablogs.


Paulo Henrique Amorim entrevista o Amaury Ribeiro Jr. Assista.

A capa do livro, recorde de vendas em todo o país.
Foto feita pela Maria Frô durante o debate no Sindicato dos Bancários de São Paulo, a 22/12/11.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A luta continua... Agora, contra a privatização do Banpará e serviços públicos do Pará

Terminou a pausa do Arte Bancária. O ano começa com a intensa mobilização e resistência que movimento sindical, estudantil e popular precisarão fazer para barrar o projeto de privatização dos serviços púbicos, conforme está contido no Projeto de Lei do governo nº 201/2011.

Graças à mobilização do movimento sindical/popular e articulação parlamentar, o projeto de lei do governo foi retirado de pauta, mas voltará em fevereiro e o governo tucano tem votos suficientes para aprovar o hediondo PL 210/2011. A não ser que a resistência sindical e popular barre o projeto.

Diante dessa certeza, o movimento sindical irá às ruas no dia 15/01, domingo, na Praça da República, em Belém, para lançar manifesto e abaixo-assinado contra a privatização, travestida de PPP's. No dia 10, no Sindicato dos Urbanitários, grande plenária contra a privatização.

PPP's no Pará ameaçam Banpará - A luta contra a privatização do Pará (confrome consta no PL 210/2011) é um dos grandes desafios do movimento sindical combativo e partidos de esquerda neste 2012. Do jeito que está desenhado o projeto das PPPs,  Parcerias Público-Privadas no Pará, , o governo Jatene mira na privatização de quase a totalidade do setor público do Pará, a começar pelo Banpará, Cosanpa, educação, transportes, sistema prisional. É um imenso desafio para CUT, demais centrais sindicais, movimento estudantil e toda forma d eorganização e resistência à privatização.

Como o governo pode privatizar o Banpará via PPP? No sistema financeiro, a privatização pode ser por atacado (venda do banco) ou em partes (terceirização de áreas). Então, pode ter uma PPP para o call center, para a área de logística e para tudo o que o banco e o governo entenderem como não intrinsicamente bancário. Só como exemplo ruim mas verdadeiro, o Banco da Amazônia terceirizou quase 100% da área de Tecnologia da Informação - a TI,q ue é uma área estratégica.

Então, é orai e vigiai. E vamos nos unir nessa luta que é grandiosa e vai precisar de todo mundo.

Conheça um pouco mais o que são as PPP's lendo aqui.

Ação judicial contra Banpará - No dia 2 (1º dia útil deste ano), o Sindicato dos Bancários do Pará entrou na justiça contra o Banpará para garantir os seguintes itens:
1º) A aplicação do reajuste do percentual concedido pela FENABAN no que for melhor ao concedido pelo BANPARÁ no ACT, com destaque para seus reflexos no PCS;
2º) Reajuste dos tesoureiros: que o presente ponto foi apresentado pelo Banco como proposta, nos dois comunicados encaminhados ao Sindicato, sendo entendido pelas entidades sindicais e pelos trabalhadores que entraria no ACT, considerando a data base, isto é, desde setembro/2011;
3º) Compromisso do Banco de rever e reajustar todas as comissões no prazo da portaria.

E a PLR do BASA - Como até agora o banco da Amazônia ainda não deu sinal de vida para pagar os R$500,00 de PLR que se comprometeu no Tribunal Superior do Trabalho, no ano passado, vai ser acionado judicialmente para cumprir o que prometeu.

Um outro Banco Postal - Dia 2 de janeiro deste ano o Banco do Brasil assumiu o Banco Postal, que estava com o Bradesco desde 2011. O Banco Postal está presente em  5.266 municípios, com 6.192 agências.

A Contraf-CUT exige que o banco Postal sob a coordenação do BB "seja um  fator de inclusão bancária, com serviços exercidos por bancários, com assistência financeira aos clientes, com segurança e com proteção ao sigilo bancário. E não no modelo implantado pelo Bradesco, que se pautou pela precarização do trabalho, terceirização e insegurança, na lógica do lucro cada vez maior. Afinal, diz Ademir, da Contraf: "O BB, que vive pregando a responsabilidade socioambiental, tem a oportunidade de oferecer um novo modelo com qualidade de atendimento para a população".

 
 O material da Frente contra a provatização do Pará
 Ronaldo, presidente do Sindicato dos Urbanitários, com sindicalistas bancários, na Alepa
O lançamento da Frente contra a Privatização do Pará, na sede dos Urbanitários-PA
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