sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As silenciosas e dolorosas LER/DORT



Tendinite? Tenossinovite? Bursite, qual é a sua dor e onde se localiza? É no ombro, nas mãos, nos dedos, nos punhos, na nuca, nas costas?

Os movimentos repetitivos geraram uma doença, batizada de LER/DORT - Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho.

As LER/DORT cresceram muito, geraram registros e estatísticas. Dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio) e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mostram uma realidade que o movimento sindical e o Arte Bancária conhece muito bem: é no sistema financeiro, no mundo bancário que, proporcionalmente, temos o maior número de casos de LER/DORT. Em 2008, segundo a PNAD, mais de 69 mil trabalhadores do ramo financeiro informaram ter diagnóstico médico de tendinite ou tenossinovite, manifestações clínicas das LER/DORT.

De 2005 a 2008, 1.489 bancários receberam benefício por incapacidade causada por doenças do sistema musculoesquelético, segundo dados do INSS.

Mais de 45% dos benefícios previdenciários concedidos têm como causa as LER/DORT. Consideradas como questão de saúde pública mundial, tais doenças são símbolo do descaso das empresas no que diz respeito à integridade física e mental de seus funcionários. As lesões são acarretadas por atividades desenvolvidas diariamente no ambiente de trabalho, resultando em dor e sofrimento do trabalhador, podendo inclusive atingir estágios irreversíveis.

As LER/DORT chegam de forma silenciosa, dolorosa e incapacitam o traballhador que, para continuar na atividade laboral, toma muitos analgésicos, prejudicando todo o organismo. Quando incham mãos, braços, os remédios não fazem mais efeito e a dor fica insuportável, o trabalhador para e vai ao INSS.

É uma doença que afeta não apenas parte do corpo do trabalhador, mas a autoestima pois, muitas das vezes, o portador das LER/DORT não consegue pentear os cabelos, escovar os dentes, ou até mesmo fazer um simples cafuné. Sem contar que ter LER/DORT significa, regra geral, discriminação. O trabalhador é visto pelo patrão alguém "pouco produtivo", "um contrapeso" no local de trabalho.

Dia 28 de fevereiro é o Dia Mundial de Combate às LER/DORT e os Sindicatos dos Bancários de Brasília e São Paulo farão palestras sobre o tema.

Faça contato: Para saber mais sobre LER/DORT e como preveni-las ou buscar ajuda, ligue para:
  • Heládia - (91). 9166.3125
  • Cristiane - (91) 8169.4894
  • Bosco - (91) 8127.1207
  • Romulo - (91) 8158.9060
  • Marco Aurélio (91) 8821.6998
  • Serginho (91) 8118.1815
  • Heidiany (91) 8198.4005
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E neste sábado 26, em Belém do Pará, acontece o I Encontro de Blogs do Pará, a partir das 9 h da manhã, na sede da CNB, na Rua Barão do Triunfo, bairro do Marco. A editora geral do Arte Bancária participará do evento.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bancos pagam a PLR: menos o BASA. Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto

A 2ª e última parcela PLR - Participação nos Lucros e Resultados já foi ou está sendo paga em quase todos os bancos. O quase fica por conta do banco da Amazônia, banco onde impera o assédio moral, o açoite e a afronta à legislação.

Cronograma de pagamento da PLR

  • Banpará: pagou dia 18 de fevereiro;
  • Santander também pagou a 18 de fevereiro;
  • HSBC: paga nesta 6ª 25 e sem descontar os 15% antecipados em 2010;
  • BB: paga dia 28
  • Itaú/Unibanco: paga dia 1º de março;
  • Caixa paga dia 1º de março, incluindo a PLR Social;
  • Safra: pagou a 2ª parcela em dezembro/2009;
  • Bradesco: pagou dia 17 de fevereiro.
Pra variar, falta o banco da Amazônia.
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Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto - O Arte Bancária se solidariza ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, proibido de publicar, sob pena de prisão e multa de R$ 200 mil, quaisquer informações sobre alguns dos acusados de desviar dinheiro da Sudam -
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, no estado.

No blog do Estado, mais informações:

"Conforme determinação do juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Cível Federal do Pará, o jornalista não pode mais citar os irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, principais executivos do grupo Liberal de comunicação, além de outros dirigentes da corporação, que estão envolvidos na investigação. A razão, segundo o magistrado, é que o processo corre em segredo de justiça".

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Basa e seu AI-5: sentença em 25 de março

Aconteceu hoje pela manhã a audiência na Justiça sobre a NP-118, do Banco da Amazônia, também batizada de AI-5. O Sindicato dos bancários esteve representado por sua assessoria jurídica e pelo diretor financeiro, Rômulo Weyl, funcionário do Basa e da Artban.

Foi uma audiência de instrução e a sentença será dia 25 de março. Na ação, o Sindicato pede a nulidade plena da Norma de Pessoal 118, por ferir os direitos, as leis, a Constituição Federal. O legislador da NP-118 tem mão de ferro e espírito de punição a qualquer custo.

Leia aqui a ação feita pelo Sindicato.

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No blog do deputado Cláudio Puty, o artigo "Café com a CUT":

Estive hoje em café da manhã organizado pela direção da CUT-Brasil com a bancada do PT.

Central nos convidou para tratar dos itens centrais da pauta da Classe Trabalhadora brasileira, expressas no documento Plataforma da CUT para as Eleições 2010.

Na extensa pauta, que demonstra que a Classe Trabalhadora brasileira tem um programa para o país, constam itens que estão na ordem do dia do congresso nacional, particularmente na tão falada reforma tributária.

Redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salários, combate a todas as formas de precarização do trabalho, inclusive o trabalho análogo ao escravo. Regulamentação e democratização do Sistema Financeiro Nacional e, finalmente, uma reforma tributária que atenda os interesses da maioria do povo trabalhador.

É um orgulho ver o quanto avançamos na organização e fortalecimento do movimento sindical em nosso país.

Nota do blog:Do café com a CUT a que se reporta o deputado Cláudio Puty, participaram vários outros parlamentares e sindicalistas de todo o país, inclusive o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e da FETEC-Centro Norte, companheiro Serginho Trindade, integrante da Artban.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

NP 118 do BASA: decisão judicial é nesta 4ª

É nesta quarta 23, a audiência judicial sobre a NP-118, ação do Sindicato dos Bancários do Pará. A NP é aquele tratado de normas e condutas baixado pela diretoria do Banco da Amazônia e que transgridem a Constituição Federal e as leis trabalhiats. a NP foi batizada pela AEBA como AI-5.
  • Também nesta quarta 23, às 17 :30, no Auditório da Fiepa, ocorre a posse da nova diretoria do Banpará.
  • Pela manhã, em Brasília, café com parlamentares. Promoção da CUT.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A lamentável frase da semana

Ficou por conta do vereador de Belém, Gervásio Morgado, a frase da semana. Carregada de preconceito e baixaria:

Quem mandou não estudar? Indagou o vereador, em resposta a questionamentos sobre a falta de segurança aos pedreiros, que arriscam as vidas nas construções. O lance aconteceu em sessão especial da Câmara de Vereadores de Belém que debateu o Plano Diretor Urbano de Belém. Mais aqui.

E nosso total repúdio a manifestações desse tipo, como o expressado pelo vereador Morgado.
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Solidariedade

O Arte Bancária se solidariza com o diretor Vitor Hugo, diretor do Sindicato dos Bancários. O companheiro perdeu seu pai, Vicente, falecido ontem e sepultado hoje.

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Salário mínimo. Texto de Artur Henrique, da CUT.

A política de valorização do salário mínimo foi finalmente aprovada pelo Congresso e terá validade garantida até 2015. Essa aprovação é uma inegável vitória da classe trabalhadora. Por todas as previsões, em 2012 o salário mínimo deve chegar a R$ 620 e, nos anos seguintes, continuar crescendo com significativos aumentos acima da inflação.

Apesar de não ter sido aprovado o valor de R$ 580 para 2011, que a CUT defendeu até o final, a garantia da política de valorização permanente é um resultado importante que deve ser destacado.

Essa política foi elaborada em 2007 como consequência da mobilização e da pressão do movimento sindical, e de sua capacidade de negociação. É resultado de quatro grandes marchas a Brasília, imaginadas, convocadas e organizadas pela CUT, que reuniram milhares de trabalhadores de todas as categorias e setores – nossa Central chegou a reunir mais de 50 mil cutistas em nome dessa reivindicação em uma única marcha. As demais centrais, sensíveis à importância do tema, somaram-se à iniciativa da CUT.

Mesmo antes da votação realizada ontem na Câmara dos Deputados, os resultados positivos dessa luta já se faziam sentir. Os aumentos reais que têm se sucedido conferiram ao salário mínimo o maior poder de compra das últimas duas décadas. O aumento real acumulado nos últimos oito anos é de 53%.

Como termo de comparação, basta lembrar que o salário mínimo, em 1995, comprava menos de meia cesta básica. Nos valores em vigor até janeiro deste ano, comprava duas cestas básicas. Tomando como referência o novo mínimo de R$ 545 e o mais recente custo da cesta básica auferido pelo DIEESE (RS 261,25), o poder de compra supera as duas cestas básicas.

Apesar de tantas evidências, os deputados e senadores não haviam ainda aprovado a política de valorização do salário mínimo. Pior: a oposição, ontem, através de emenda, propôs acabar com a política de valorização permanente do salário mínimo. Até então, os aumentos só viravam realidade porque o governo editava todo o ano uma medida provisória. Agora, com a aprovação pelo Congresso, os aumentos baseados na fórmula %PIB + INPC vão ocorrer sem sobressaltos nem hipocrisias e demagogia.

A política de valorização é uma conquista do papel mobilizador e negociador da CUT e representa a maior campanha salarial do mundo, beneficiando 47 milhões de pessoas que dependem direta ou indiretamente do salário mínimo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Banpará e as ameaças

Banpará é o tema de 2 blogs hoje:
Segundo reportagem do Diário do Pará do dia 16 de fevereiro de 2011, a Assembleia Legislativa estaria realizando uma fraude juntamente com os funcionários do Banpará, para realizarem saques com contracheques fantasmas gerados pela própria AL. Queremos deixar claro que se a fraude acontecia por parte da AL não tem porque inserir os funcionários do banco neste processo, pois os mesmo são treinados para conferir o documento de identificação e o contracheque do servidor público, já avaliar se o contracheque ou identidade é verdadeiro, falso ou fantasma isso é uma questão de perícia e nenhum bancário é treinado para ser perito, então se o governo deseja fazer investigação pela dita fraude que faça, mas que deixe os funcionário do banco do estado fora destas ludibriações políticas. O sindicato tomará as providências cabiveis para defender o seu fincionalismo.

Heidiany Katrine Moreno- Diretora de
Bancos Estaduais do Sindicato dos Bancários do Pará/ Subsede Marabá.

(mesmo tema também é abordado no blog da Franssinete).

Embora a posse formal seja dia 23 deste mês, começa hoje a trabalhar a nova diretoria do Banpará e torço para que faça um bom trabalho pelo desenvolvimento do Pará e manutenção do Banco do Estado do Pará como um banco público, a serviço da população paraense, com bom atendimento e que respeite e amplie os direitos dos funcionários e aposentados.

Ontem, no plenário da Câmara dos Deputados, fiz este pronunciamento e apresentei requerimento ao Governo do Pará no sentido de prestar informaçõe sobre mecanismos para fortalecer o Banpará e "evitar aventuras privatistas", tão comuns ao receituário tucano.

O pronunciamento:

A SRA. PRESIDENTA (Rose de Freitas) - Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Cláudio Puty.
O SR. CLÁUDIO PUTY (PT-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidenta, senhores membros da Mesa, Sras. e Srs. Parlamentares, venho aqui hoje para falar de um requerimento que apresentei solicitando informações do Governo do Estado do Pará acerca dos procedimentos tomados para o fortalecimento de uma instituição muito cara ao povo paraense: o Banco do Estado do Pará.

Sabemos que, na década de 90 e início do século XXI, diversos bancos estaduais foram extintos, incorporados ou mesmo privatizados. Em 2006, ao final do primeiro Governo do atual Governador Simão Jatene, o Banco do Estado do Pará teve um lucro de 6 milhões de reais a valores da época.

No Governo de Ana Júlia Carepa, do qual participei como Presidente do Conselho de Administração do Banco do Estado do Pará, os lucros do BANPARÁno primeiro ano de Governo foram para 22 milhões; no segundo ano, para 78 milhões; no terceiro ano, 43 milhões e, no final, no último ano de Governo, para 85 milhões.
Implantamos um plano de cargos e salários, pagamos PLRs de participação nos lucros historicamente altas e, portanto, temos hoje o Banco do Estado do Pará fortalecido.

Sabemos que o Banco do Estado do Pará passará por um importante desafio este ano, Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o da portabilidade, a liberdade que os servidores públicos do Estado terão de escolher o banco onde o seu salário será depositado.

Esse desafio será enfrentado pelos funcionários do banco, pelo sindicato dos bancários e por todos os paraenses, e sabemos que o Banco do Estado está à altura desse desafio.

Portanto, meu requerimento de informações ao Governo do Estado do Pará vem no sentido de evitarmos qualquer aventura de caráter privatista do BANPARÁ. Privatização contra a qual venho publicamente me manifestar contrário. Existem alternativas de fortalecimento do banco, de respeito a seus funcionários. Gostaria de pedir a esta Casa atenção.

Estaremos no Pará atentos a qualquer movimento que repita a operação de privatização das Centrais Elétricas do Pará, que fez com que os serviços de fornecimento de energia elétrica no Estado do Pará não melhorassem, que passássemos por seguidos apagões. Não sabemos até hoje para onde foram os recursos oriundos da venda daquela central elétrica.

Não queremos que o BANPARÁ tenha o mesmo destino da CELPA. Estaremos atentos, ao lado da luta dos bancários e do povo paraense.

Era o que tinha a dizer.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Como está a situação no BASA

No BASA, já faz alguns anos que o mar não está pra peixe. Está muito difícil a situação do funcionalismo no Banco da Amazônia.

Vejamos:
  • NP 118 - a famigerada Norma de Pessoal que foi aprovada em outubro de 2010 e entrou em vigor em janeiro deste ano, quer eliminar direitos sagrados, constitucionais e trabalhistas, como o direito à livre expressão. A NP é um atentado contra a democracia e a liberdade, além de flagrante desrespeito às leis trabalhistas. Sindicato dos Bancários entrou na justiça pra derrubar a NP e seus efeitos nefastos.
  • CAPAF - até agora a Capaf não enviou para as entidades sindicais o prometido contrato com os termos do novo plano de previdência complementar. Quer, insiste e pressiona pelo novo plano, mas sem mostrar as regras do jogo. E ameaça não pagar os aposentados. Sindicato enviou ofício à diretoria do BASA solicitando reunião específica para tratar da CAPAF. É provável que a reunião aconteça na próxima semana.
  • PCS - Pelo Acordo Coletivo firmado entre entidades sindicais e banco, em março deste ano será instalada a mesa temática do Plano de Cargos e Salários, para refazer o PCS, adequando-o à realidade funcional hoje existente no banco. Sindicato fará encontro sobre PCS em meados de março, para chegar à mesa temática paritária do PCS com o diagnóstico e proposta de PCS que corrija as distorções gritantes de hoje.
No Banco da Amazônia, a única saída é a da luta, com muita unidade da categoria. E torcer para que logo, logo, uma nova direção, democrática, competente e justa assuma a direção do BASA.

Para saber mais sobre BASA, faça contato pessoalmente, por telefone ou por e-mail com:
  • Sérgio Trindade (91.8118.1815) - sergioltrindade@gmail.com
  • Marco Aurélio (91.8821.6998) - maurelio.info@gmail.com
  • Roosevelt Santana (91. 9138.7223) - rurul@bol.com.br
  • Rômulo Weyl (91.8412.9899 ) - romuloweyl@hotmail.com

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Centrais sindicais: mínimo de R$ 580,00

Muito debate na tarde de hoje na Câmara Federal, durante a sessão da comissão mista do salário mínimo, em Brasília. As 6 centrais sindicais unificadas pelo salário mínimo de R$ 580,00, em contraponto aos R$ 545,00 determinados pelo governo.

Cada central sindical teve 3 minutos para falar na Câmara. Ao usar seu tempo, o presidente da da CUT, Arthur Henrique, criticou a abissal diferença existente entre os lucros dos bancos e das grandes empresas instaladas no país, que crescem velozmente, e o lento processo de recuperação da massa salarial no país.

Artur demonstrou, com alguns exemplos, o “que está realmente por trás do parte do debate do salário mínimo” :

  • “O Bradesco teve lucro de 10 bilhões de reais em 2010.

  • O Santander, de 7 bilhões.

  • A Caixa Econômica Federal, de 3,8 bilhões.

  • As 327 empresas brasileiras com ações na bolsa de valores tiveram aumento de seus lucros na casa de 48, 5% em relação ao ano retrasado.

  • Enquanto isso, a participação dos salários na renda nacional saiu de 40,5% no ano 2000 para 41,9%. Absolutamente um pequenino aumento.

  • Só para comparar: em países como os Estados Unidos, a Suécia, a Itália e Portugal, a participação do trabalho varia de 67% a 72% da renda nacional”.

E continuou: “O que está em jogo aqui é que nós estamos discutindo uma política de distribuição de renda, de combate à miséria, um projeto de desenvolvimento sustentável que muito depende de aumentos reais sucessivos para o conjunto dos salários”.

Artur Henrique fala na comissão mista
Artur Henrique fala na comissão mista

O argumento, muito utilizado pelo governo Dilma nos últimos dias, de que o salário mínimo deve ser contido para não alimentar a inflação, também foi criticado pelo presidente da CUT. “Ora, não estamos vivendo uma inflação de demanda no Brasil.

O que estamos vivendo neste começo de ano, como acontece em todos os anos, é o aumento do transporte público, das mensalidades escolares, e a especulação internacional sobre as mercadorias, em função do consumo puxado especialmente pela China” disse, para em seguida ironizar a inutilidade da alta taxa de juros básicos adotada pelo Banco Central para o controle de inflação: “Nossa Selic não vai combater o consumo de outros países”.

Artur encerrou a fala recorrendo ao novo slogan do governo federal, como forma de lembrar o descompasso entre as promessas e a postura adotada diante do salário mínimo pelo mesmo governo: “País rico é país sem pobreza. R$ 580 reais já. Correção da tabela do imposto de renda e política de valorização das aposentadorias”.

(Fonte: CUT)
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Atualizado às 15:30 de 16/fev/2011, enquanto acontece, na Câmara dos Deputados, o debate sobre salário mínimo:

  • Um total de 47 milhões de aposentados e trabalhadores da ativa recebem salário mínimo.
  • Os aposentados e pensionistas abrigados na Previdência Social que recebem omínimo totalizam 18,7 milhões. Em valores, esse total significou um desembolso de R$ 10 bilhões em dezembro, com base no mínimo vigente naquele mês, de R$ 510.
  • Acordo assinado entre sindicalistas e o governo do presidente Luiz Inácio Lula daSilva em 2006 criou uma política de valorização do mínimo que foi aplicada, mas não chegou a ser aprovada em lei pelo Congresso.
  • A regra estipulada no acordo prevê correção pela inflação do ano anterior (peloINPC) e pela variação do crescimento de economia (desempenho do Produto Interno Bruto) - índice que corresponde ao ganho real.
  • Para o cálculo de 2011, a regra foi desfavorável aos trabalhadores porque o PIB de 2009 teve variação negativa, como resultado da crise financeira internacional.
  • Pelo mesmo acordo, em 2012, a previsão é favorável. O aumento deverá serpróximo a 13%, com crescimento do PIB em 2010 estimado em 7,5% e inflação ao redor de 5% em 2011. Deve atingir R$ 616.
  • A equipe econômica do governo Dilma Rousseff se concentrou neste ano no cumprimento do acordo para fixar o mínimo em R$ 545, que incorpora o INPC de 6,47% sem ganho real e com arredondamentos. Também argumenta com a defesa da austeridade nas contas públicas e a necessidade de cortes de gastos.
  • Dados do Ministério da Fazenda mostram que para cada R$ 1 de aumento dosalário mínimo, o impacto no Orçamento é de R$ 300 milhões -- cálculo que o governo se utiliza para defender sua posição.
  • O valor do salário mínimo decidido nas negociações ou mesmo arbitrado peloExecutivo tem que necessariamente passar pelo crivo do Congresso Nacional.
  • Desde 2003, início do governo Lula, o mínimo teve aumento real (acima da inflação) de 57,3%, segundo a Fazenda. Valia R$ 200 no início de 2003 e fechou 2010 em R$ 510.
  • Na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não havia uma política de valorização do mínimo. Em valores nominais, segundo o Dieese, o mínimo valia R$ 70,00 em 1995, terminando o mandato com R$ 200,00. Dados do atual governo indicam que na gestão FHC o mínimo teve aumento real de 44,7%.
  • Tradicionalmente, o salário mínimo era reajustado em maio, para coincidir com Dia do Trabalho. No governo Lula o pagamento do reajuste foi sendo adiantado paulatinamente até que em 2010 chegou a janeiro.
  • O salário mínimo foi criado em 1936 pelo presidente Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) e passou a vigorar em 1940. (Fonte: Reuters)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Presença ruim do Bradesco Marabá é autuada pelo Procon

Agentes do Procon de Marabá e diretoras Cristiane Aleixo e Heidiany Katrine na agência do Bradesco...
Hiediany Katrine e Procon no momento em que era afixada a faixa do Sindicato....
Cristiane Aleixo, diretora de Relações Sindicais do Sind. dos Bancários do Pará: em ação
O Bradesco da Nova Marabá já foi autuado três vezes pelo Procon-Marabá, devido ao flagrante descumprimento da lei do tempo de fila. A lei assegura a clientes e usuários o atendimento entre 20 a 30 minutos. Mas não é o que acontece no Bradesco da Nova Marabá, em que bancários entram às 8 horas e saem todos os dias entre 7 e 8 da noite, num atentado à jornada diária de 6 horas. Por seu turno, clientes e usuários penam na fila entre 2 a 3 horas, já que o Bradesco não contrata mais gente e apenas 3 caixas são destacados para o atendimento à clientela. Que só faz crescer.

Por conta do desrespeito à lei, o Procon de Marabá já autuou e multou o Bradesco. E hoje pela manhã, Procon e Sindicato dos Bancários fizeram ação conjunta de fiscalização e denúncia das péssimas condições de atendimento ao público e a terríveis condições de trabalho aos bancários.

As diretoras do Sindicato, Heidiany Katrine e Cristiane Aleixo estiveram hoje pela manhã no Bradesco, juntamente com o Procon e atestaram que tanto clientes/ usuários, como bancários são desrespeitados nos seus direitos mais elementares de atendimento e de condições de trabalho.

O Bradesco marca presença na Nova Marabá, mas uma presença ruim, de péssimo prestador de serviços, sem nenhum respeito a clientes, usuários e trabalhadores bancários. É um banco que muito lucra, muito explora e quase nada dá de contrapartida à sociedade. Um bom tema para o Congresso Nacional que vai debater, dentre outros assuntos este ano, a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que trata do sistema financeiro.

O lucro contábil do Bradesco em 2010 está na casa dos R$ 10,022 bilhões. É o terceiro maior lucro da história dos bancos de capital aberto brasileiros, segundo aponta levantamento da consultoria Economatica, com base nos balanços apresentadas à Comissão de Valores Mobililiários (CVM).

  • As fotos foram tiradas pelo celular de Heidiany Katrine, diretora do Sindicato dos Bancários do Pará e que é responsável pela região sul/sudeste. Marabá fica a 600 km de Belém.
  • Contatos com Heidiany podem ser feitos pelos fones (91-8198.4005 e 94- 9177.7878). Ou ainda pelo e-mail heidiany.katrine08@gmail.com

As filas no Bradesco....

... desmentem a placa que promete atendimento em 20 ou 30 minutos
... basta olhar o tamanho de cada fila
... pra saber que 8 funcionários, dos quais apenas 3 caixas...
... não darão conta de atender cada cliente/usuário em 20 ou 30 minutos. Sem contratar mais gente e investindo no massacre, o Bradesco marca sua presença ruim em Marabá.

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Atualizado às 11:40 do dia 15 de fevereiro, para acrescentar mais fotos e os linques da repercussão: no blog do Hiroshi
aqui e aqui. E no Correio do Tocantins, aqui.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Banpará paga PLR neste sábado 12

Banpará paga neste sábado 12 a segunda parcela da PLR - Participação nos Lucros e Resultados. E já creditou os R$ 1.000,00 em tíquete alimentação.

  • O Bradesco pagou a 2ª parcela da PLR nesta sexta-feira 11. E nesta sexta, o ditador Hosni Mubarak renunciou à presidência do Egito, após 18 dias de levante popular. (Foto do momento em que foi anunciada a queda do ditador).

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quatro assaltos a banco em uma semana

A semana ainda não acabou e já foram consumados quatro assaltos a bancos no Pará: em Brejo Grande do Araguaia/Banpará; em Baião/BB; em Santo Antonio do Tauá/BB e Rio Maria/BB. Nos 4 assaltos, tiroteio; gerente apanhado em casa pelos assaltantes e policiamento precário. Para bancários e população das 4 cidades, a insegurança total, criminalidade crescente.

O patrimônio dos bancos está protegido por altos seguros. Mas e a vida e a saúde física e mental dos trabalhadores bancários que são vítimas primordiais desses crimes, como é que ficam?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Prioridade para os assaltados

O posto bancário do Banpará em Brejo Grande do Araguaia já foi assaltado 4 vezes. No última ocorrência, ficou inteiramente destruído e vai atravessar o mês de fevereiro fechado, enquanto é reconstruído, os funcionários de licença médica, necessária diante do trauma que foi mais esse assalto.

Para os funcionários do PAB, o clima é de insegurança total. O caixa que foi abandonado na estrada, requereu ao Banpará transferência de Brejo Grande, por uma questão de segurança. O Sindicato dos Bancários e a FETEC-Centro Norte levaram ao CRT-Comitê de Relações Trabalhistas do Banpará a reivindicação de dar prioridade absoluta, em processo de transferência, a bancários e bancárias vítimas de assalto. O assunto está em estudo na direção do Banpará, pra efeito de normatização e voltará ao CRT para debate. O Comitê é um espaço formado peplo banco, Sindicato e Federação dos Bancários que debate as ocorrências do mundo do trabalho.

Heidiany Katrine, diretora de Bancos Estaduais do Sindicato dos Bancários e responsável pela entidade na região de Carajás, diz que é indispensável ampliar a segurança pública na região, pois é impossível que apenas 4 policiais consigam dar cobertura aos municípios de Brejo Grande e São Domingos do Araguaia, distantes entre si 30 km. Sem contar que urge ampliar a segurança bancária para proteger não apenas o lucro mas, principalmente, a vida de clientes, usuários de bancos e trabalhadores
.

Assalto em Baião - O BB de Baião também foi assaltado por uma quadrilha de 15 assaltantes que chegaram na cidade atirando e espalhando o terror. É nesse ambiente insalubre que trabalham os bancários e vive a população do Pará!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Assalto ao Banpará Brejo Grande

Ficou bastante destruído o posto do Banpará de Brejo Grande do Araguaia, assaltado ontem à tarde por uma quadrilha de assaltantes que já entrou atirando no posto bancário e arrebentou os caixas eletrônicos para consumar o furto. E o assalto deixou muito abalados os colegas que estavam presentes no psoto naquela hora. Foram já pelo Sesmt do banco. O PAB - Posto de Atendimento Bancário de Brejo Grande é vinculado à agência de Marabá e a distância entre o Brejo e Marabá é de 110 quilômetros.

Heidiany Katrine, diretora do Sindicato dos Bancários e responsável também pela região de Carajás, informou ao Arte Bancária que é frequente a incidência de assaltos nos bancos daquela região, muito insegura, tornando a profissão de bancário um risco maior do que já é, intrinsecamente. "Ainda bem que nenhum colega ou cliente foi ferido ou morto, mas esse assalto evidencia a urgente necessidade de maior segurança pública e também segurança bancária, pois os colegas bancários têm sua vida exposta diariamente dentro do local de trabalho, ou quando estão em suas casas. É preciso e já mais segurança, falou Heidiany.

O assalto - Os assaltantes entraram no posto bancário ontem à tarde, logo após a chegada do carro forte que trouxera o numerário.
Só o caixa estava no posto e foi coagido a abrir o cofre e levado como refém e abandonado numa fazenda. Entraram atirando e quebraram os caixas eletrônicos. Levaram o dinheiro e deixaram atrás de si um rastro de destruição e terror.

O SESMT e a área de segurança do banco estiveram no local, emitiram a CAT - Comunicação por Acidente de Trabalho e prestaram assistência aos trabalhadores. A gerente do banpará de Marabá também esteve no PAB de Brejo Grande.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Morda o leão antes que ele te morda!

  • AEBA faz 24 anos hoje. O Arte Bancária cumprimenta a associação de luta! Parabéns e muito fôlego pra atravessar a conjuntura!
  • Eixo de luta da CUT:
  • 1) aprovação da Política de Valorização do Salário Mínimo
  • 2) Valor do salário mínimo em 2011, com aumento de seu valor para R$ 580, considerando como excepcionalidade a negociação para este ano, fruto da crise financeira que derrubou o PIB de 2009;
  • 3) correção da tabela do imposto de renda; e
  • 4) Política de valorização das aposentadorias para quem ganha acima do salário mínimo.
  • A CUT também critica duramente, aliás repudia as decisões da política macroeconômica de manutenção de elevadas taxas de juros, o que atenta contra o desenvolvimento sustentável, gerador de emprego e renda. Juros altos apenas servem aos interesses do capital especulativo, encarecem o crédito e comprimem o mercado interno.
  • Com o mote “Morda o leão antes que ele te morda”, os bancários de São Paulo realizaram protestos em três grandes concentrações de bancos em São Paulo e Osasco, para cobrar a correção da tabela do imposto de renda e evitar que os salários sejam corroídos pelo tributo. Nesta sexta 4 tem reunião sexta-feira 4, no Escritório da Presidência da República, em São Paulo. Além dos representantes dos trabalhadores, participam os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, do Trabalho, Carlos Lupi, e da Fazenda, Guido Mantega.

    • A reivindicação das centrais é de que a tabela do IR seja corrigida pelo menos de acordo a inflação de 2010, calculada em 6,47% pelo INPC.
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