Sérgio Trindade Companheiros e companheiras do Banco da Amazônia,
Aqui estamos, de novo! Chegou a data-base, chegou setembro e mais uma greve se inicia na nossa categoria.
Voltamos às lutas de outros anos: melhorar o salário com a recomposição do nosso poder de compra; participar da distribuição nas riquezas que construímos todos os dias, através da PLR; reduzir a nossa participação no custeio do plano de saúde; buscar um meio-ambiente de trabalho saudável, melhores condições de saúde e segurança no trabalho.
Lutamos, enfim, pelo respeito que merecemos, enquanto classe trabalhadora.
Muitos de nós talvez estejam dando o pontapé inicial na luta pela primeira vez. Muitos já lutam uma vida inteira e é assim que se forma o movimento pela conquista de direitos: com a soma que envolve a todos.
Cada um contribui com a luta da sua maneira.
Sempre haverá quem se dedique mais intensamente, mas é fundamental, neste momento, que estejamos juntos nessa trincheira de resistência que não começou hoje. E da qual todos nos beneficiamos, quando o acordo coletivo é assinado e a vida da gente melhora um pouco mais.
Temos uma trajetória de mobilização reconhecida pelo movimento sindical. Somos da resistência, da luta, do diálogo e da alegria que deve sempre nos acompanhar.
É com essa disposição que a AEBA está nesta greve.
É com essa firmeza que eu convido cada um de vocês a somar forças para pressionar o banco a melhorar – e muito! – a proposta apresentada.
Para isso, basta cruzar os braços e se juntar a nós na frente da agência, na frente da Matriz. Da forma pacífica, ordeira e firme com que resistimos há muito tempo, desde a tentativa de FHC de liquidar o nosso Banco da Amazônia e os nossos empregos.
O engajamento dos empregados mobilizando a sociedade garantiu a permanência do nosso banco. Então, precisamos agora avançar para melhorar o nosso salário, aumentar a PLR, buscar a isonomia entre novos e antigos, dar acesso ao quadro de apoio, ampliar as conquistas. E muito mais.
Não podemos aceitar o NÃO como resposta. Ou a proposta insuficiente, ou a partilha injusta da PLR, como o banco pretende fazer de novo.
A hora de lutar é agora. Na Campanha Salarial, que é nacional, mas começa em cada agência, em cada unidade, em cada ponto do país. E onde você é indispensável, companheiro, companheira.
Lutar, pressionar, mobilizar e avançar: este é o serviço essencial que fazemos pelas nossas vidas e de nossas famílias e de todos que lutaram e já se foram.
A hora é agora. Junte-se a nós. Vamos construir HOJE o nosso amanhã melhor, mais feliz.
Vamos seguir o caminho da luta.
Pois,como dizia o Vandré:
“quem sabe, faz a hora não espera acontecer”.Do companheiro,
Sérgio Trindade
Presidente da AEBA
Vice-presidente da FETEC-Centro Norte
Membro do Comando Nacional, pela mesa do Banco da Amazônia.