Banco da Amazônia suspende negociação. Que responsabilidade social é essa?

Belém.Pa, 30 de setembro de 2009 - O Banco cancelou agora há pouco a reunião que aconteceria hoje no Banco da Amazônia, às 11 horas, alegando que as entidades estão descumprindo um pedido da empresa sobre a entrada de empregados para trabalhar em expediente normal. Veja aqui.

As entidades esclarecem que não estão forçando nem obrigando qualquer trabalhador a permanecer em greve, mas está sim usando do poder de convencimento para que os empregados permaneçam em greve, já que isso é direito seu legitimo.

A propósito, vale lembrar o que diz a Lei de Greve, artigo 6º, que assegura aos grevistas, dentro outros direitos:

“1 – o empregado por meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os
trabalhadores a aderirem à greve;
Parágrafo 2º. É vedado às empresas adotar
meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como
capazes de frustrar a divulgação do movimento”.

Ora, quer descumprimento maior do que o comunicado do Banco determinando aos empregados a entrarem às 7 horas, para furar a greve? Os bancários exigem cumprimento do que for negociado com a Fenaban, inclusive, modelo de PLR, por isso estão em greve! (na foto, o diretor da ContrafCUT, Carlindo Abelha, protesta diante da sede do banco, por conta da atitude antidemocrática dos negociadores).

Hoje, a greve permanece forte, como ontem, e uma grande quantidade de bancários e bancárias está neste momento em frente à Matriz e Belém-Centro do Banco da Amazônia. A mobilização dá continuidade ao movimento grevista nacional que exige uma melhor proposta da Fenaban e avanços na minuta específica do Banco da Amazônia.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – o movimento grevista dos empregados do Banco teve hoje uma boa oportunidade de mostrar sua disposição de luta e desejo por melhores conquistas aos integrantes do Conselho Superior de Administração do Banco da Amazônia, instância superior à Diretoria, que no momento está reunido em uma das salas do edificio da Matriz. Quase todas as pessoas são ligadas aos órgãos importantes a que o Banco da Amazônia está subordinado, em Brasília.

Fonte: Comunicação AEBA