quinta-feira, 30 de junho de 2011

PSDB entrega consignado do Banpará à Caixa e enfraquece o banco estadual

A notícia caiu como uma bomba nas agências de Belém do Banpará, hoje pela manhã, numa semana de pagamento de governo, agências lotadas e pressão lá em cima: a partir de hoje, a Caixa Econômica Federal está autorizada a fazer empréstimo consignado aos servidores públicos do Pará, o que até hoje era feito apenas pelo Banpará. A autorização foi dada pelo governo do Pará, através da Secretaria de Administração do Estado.

A autorização do consignado por outro banco é um claro esvaziamento do Banpará, enfraquece a instituição e tem o aval do governo do PSDB. Enfraquece, matando por inanição ao passar o alimento/produto - consignado - para um banco público, no caso a Caixa. Com um toque de sofisticação neoliberal: cizânia entre dois bancos públicos, um gigante nacional e um pequenino que deveria ser o caixa e principal agente de crédito e desenvolvimento do povo do Pará.

O que existe hoje é ausência de investimento no Banpará, na infraestrutura e no papel do banco como um agente de desenvolvimento. Então, abrir o consignado para outro banco - mesmo que seja um banco público - é quebrar as pernas do Banpará e sem resolver o problema de endividamento do servidor público, pois este passa de um Banco para outro com a mesma dívida, ou talvez maior.

Se não tivesse o receituário neoliberal impregnado na prática política, o governo de Simão Jatene, do PSDB, resolveria o endividamento do servidor público reajustando dignamente os salários, implantando o PCCR da Educação. E reforçaria o Banpará, como indutor do desenvolvimento. Ao invés de tomar essas medidas, opta pelo esvaziamento. Esvaziado, o banco estará pronto para uma privatização, liquidação. E o modelo neoliberal, vitorioso.

Essa medida evidencia ao funcionalismo do Banpará e suas entidades de classe, que é chegado mais um tempo de luta e resistência ao neoliberalismo. O mesmo neoliberalismo que privatizou a Celpa e ceifou 23 dos 27 bancos estaduais do país. Tsunami que só não arrastou o Banpará no mesmo barco, graças à luta e resistência de seu bravo funcionalismo, que teve a capacidade de fazer um arco amplo de alianças na defesa do Banpará, enquanto patrimônio público. Isso, em 1998.

No Banpará, voltamos a 1998, bancários e bancárias. A luta continua e vamos fazê-la com vigor e entusiasmo redobrados. Afinal, já conhecemos as pedras desse caminho.

À luta e à vitória, funcionalismo do Banpará! Vamos construí-las juntos, com união e vontade!

Leia mais aqui, no blog da Afbepa, que deu a notícia em primeira mão.

terça-feira, 28 de junho de 2011

BB é o campeão da insegurança bancária. Ao todo, 21 assaltos

Do Blog do Bordalo, vem o anúncio: 21 roubos a bancos de janeiro a junho. O BB na triste liderança dos bancos mais assaltados neste semestre aqui no Pará. A estatística evidencia a dupla face da insegurança: a pública, que é quase zero e a bancária, que também é pra lá de insuficiente. Com muita proteção ao patrimônio e pouca proteção à vida de bancários, clientes, vigilantes e da população em geral.

Dos bancos públicos, o que mais pena é o Banco do Brasil. Até agora, 14 assaltos. Mas Banco da Amazônia, Santander e Banpará também estão na mira dos assaltantes e nas estatísticas. Os assaltos acontecem com muita violência, explosões de caixas eletrônicos e agências, sequestros d ebancários e seus familiares, morte de vigilantes. E esse conjunto é nitroglicerina no ânimo da população e dos trabalhadores. Bancários, particularmente têm na profissão um alto risco de periculosidade.

O item segurança bancária é um dos grandes temas da campanha nacional da categoria que está em fase quase final de preparação antes da aprovação da minuta geral de reivindicações. Hoje à noite tem assembleia para eleger delegados ao Congresso do Banco da Amazônia. E o Congresso Nacional dos bancários do BASA acontece neste final de semana, em belém no Hotel beira Rio, às margens do Rio Guamá.

É claro que segurança estará na pauta da categoria bancária. E não é pra menos, pois como confirma o Blog do Bordalo, é gravíssima a situação dos trabalhadores bancários diante de tanta insegurança:

De janeiro a maio deste ano, as estatísticas dos bancos e da área de segurança pública mostram que houve 7 roubos a bancos no Pará. Esse número deu um salto enorme este mês e a contabilidade de janeiro a junho é de 21 roubos a bancos. Só o roubo do dinheiro já seria grave, mas a situação piora muito quando se vê bancários e trabalhadores sequestrados com seus familiares, bancos e caixas eletrônicos explodidos e a bandidagem fazendo a festa, diante da total insegurança pública.

Pelas estatísticas, o banco que mais sofreu a ação dos assaltantes foi o Banco do Brasil, com 14 assaltos. Em segundo, o BASA, com 3 assaltos. Em terceiro, o Santander, com 2 assaltados e em último, o Banpará, com 1 assalto.

As regiões Sul e Sudeste são as preferidas pelos assaltantes, mas nem shopping em Belém escapa.

Está faltando segurança pública no Pará e muito mais segurança bancária, mais efetividade para proteger a vida da população e dos trabalhadores.

E aí, governador?

Confira o descalabro, mês a mês e município a município:

1- Dia 08/1/11 - São Felix do Xingu
Agência: Banco Da Amazônia

2 -Dia 19/1/11 - São Geraldo do Araguaia
Agência: Banco do Brasil

3 - Dia 31/1/11 - São Felix do Xingu

4 - Dia 02/2/11- Santana do Araguaia
Agência: Banco do Brasil

5 - Dia 06/2/11- Brejo Grande do Araguaia
Agência: Banco do Estado do Pará/BANPARÁ

6 - Dia 07/2/11- Baião
Agência: Banco do Brasil

7 - Dia 10/2/11- Santo Antonio do Tauá
Agência: Banco do Brasil

8- Dia 10/2/11- Rio Maria
Agência: Banco do Brasil

9 - Dia 10/3/11- Xinguara
Agência: Banco do Brasil

10- Dia 17/3/11- Barcarena (Vila dos Cabanos)
Agência: Santander

11 - Dia 07/4/11- São Miguel do Guamá
Agência: Banco da Amazônia

12- Dia 16/4/11- Ananindeua
Agência: Santander

13- Dia 20/4/11- Bom Jesus do Tocantins
Agência: Banco do Brasil

14- Dia 28/4/11- Belém (UFRA)
Agência: Banco do Brasil

15- Dia 06/06/11- Rurópolis
Agência: Banco da Amazônia

16- Dia 06/06/11- São Domingos do Araguaia
Agência: Banco do Brasil

17- Dia 07/06/11- Belém (Shopping Pátio Belem)
Agência: Banco do Brasil

18- Dia 15/06/11- Belém
Agência: Banco do Brasil (Supermercado Cidade)

19- Dia 19/06/11- Belém
Agência: Banco do Brasil (Prefeitura de Parauapebas)

20- Dia 26/06/11- Tucumã
Agência: Banco do Brasil

21- Dia 25/06/11- Conceição do Araguaia
Agência: Banco do Brasil.

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Agradecimento à blogosfera paruara

O Arte Bancária agradece à blogosfera paraense a repercussão e atenção especial com que noticiam e repercutem informações do cotidiano mundo do trabalho bancário, ramo financeiro no Pará. Nosso agradecimento para Franssinete, Blog do Espaço Aberto, Hiroshi, Blog do Estado, Jeso. E se faltou mais algum blog, atualizaremos, dando a informação.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Banpará destitui sumariamente o gerente de segurança bancária

Cláudio Maués Serra Freire é um técnico de segurança bancária, com vasto e acumulado conhecimento nessa área já há muitos anos. É gerente da área por saber combinar conhecimento técnico e habilidade gerencial. Por bem. Serra Freire foi pra casa na sexta-feira passada 24 na condição de gerente da área de segurança e ao entrar hoje no sistema eletrônico de e-mails, recebeu o comunicado de que fora destituído. Sem qualquer explicação, sem qualquer conversa prévia, sem qualquer ato minimamente respeitoso para quem está à frente de tão delicada área.

Esse é mais um lamentável exemplo do jeito PSDB de governar: destituição sumária de uma função que requer conhecimento técnico e respeito à vida, que é a área de segurança. De forma unilateral e sem levar em conta o conhecvimento adquirido e o mais elementar respeito à pessoa, ao trabalhador.

Serra Freire tem o apoio do Arte Bancária e das entidades sindicais e o Banpará, nosso repúdio por essa ação no mínimo desastrada. Pelo acúmulo na função e também por ser um representante eleito no Comitê Disciplinar do Banpará.

Preventivamente e para proteger os bancários que atuam no Comitê Disciplinar e em todos os comitês que a luta e a mobilização conquistaram no Banpará, é que a nossa minuta de reivindicações aprovada no Encontro dos Bancários e Bancárias do Banpará deste ano, exige:

Garantia de liberação, estabilidade, inamovibilidade e estrutura para trabalho para os membros representantes dos trabalhadores nas comitês, conselhos e grupos internos paritários do Banco.

Igualmente, está previsto como reivindicação que "nenhum trabalhador será sumariamente destituído de suas funções, sem passar antes por ciclos de avaliação de, no mínimo, três semestres."

Ainda hoje, as entidades sindicais pedirão audiência à diretoria do Banpará para tratar da situação dos bancários do Banpará na Alepa e também para abordar esses ritos sumários em descomissionamentos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os trabalhadores do Banpará não podem pagar pelos poderosos. Alepa


Bancários

Três entidades representativas dos bancários se posicionaram, ontem, em defesa dos funcionários e dirigentes do Banpará, mencionados genericamente no noticiário sobre as investigações do escândalo que abala a Assembleia Legislativa. Em nota, elas defendem que a apuração seja integral e chegue, de fato, aos mandantes e aos responsáveis pelas irregularidades na aplicação do dinheiro público. “Mas aos verdadeiros tubarões e não apenas aos peixes pequenos”, assinala.

(A nota acima foi publicada no jornal "Diário do Pará " de hoje, 24 de junho de 2011, na página 3 - Repórter Diário).

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Leia aqui a íntegra da nota, feita em conjunto pelo Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec-Cn e Afbepa:


FRAUDES NA ALEPA

OS TRABALHADORES DO BANPARÁ NÃO

PODEM PAGAR PELOS PODEROSOS!


“A lei tem ouvidos pra te delatar

Nas pedras do teu próprio lar

“E se definitivamente a sociedade

só te tem desprezo e horror

E mesmo nas galeras és nocivo,

és um estorvo, és um tumor

A lei fecha o livro, te pregam na cruz

depois chamam os urubus.”

(Chico Buarque, Hino do Duran)

1. O trabalho desenvolvido pelo Ministério Público na apuração das fraudes da Assembléia Legislativa do Pará (ALEPA) aponta que, no primeiro semestre de 2005, o Banco do Estado do Pará teria pago 2 milhões de reais “ ilegalmente” ou “em esquema”, no dizer dos jornais, hoje, em manchetes. Em nota oficial, a diretoria do banco afirma que, através de 47 cheques, o valor pago foi de R$ 1.377.879,08 e o próprio MP verificou que não foram contestados pela ALEPA, o pagamento desses cheques, ou seja, foram validados pela ALEPA, que naquele momento, tinha como presidente em exercício, o atual senador Mário Couto e os cheques continham a assinatura do então primeiro secretário Dep. Haroldo Martins. Confirma ainda o Banpará que não houve prejuízo, pois havia dinheiro nas contas. O Banco afastou, preventivamente, os trabalhadores bancários que pagaram esses cheques para abertura de processo administrativo.

2. As manchetes dos jornais “Diário do Pará” e “O Liberal” desta data, 23 de junho de 2011, só reforçam o posicionamento das entidades abaixo assinadas e da sociedade paraense que exigem a urgente necessidade de instalação da CPI para apurar as denúncias de desvios de recursos públicos e fraudes na Assembléia Legislativa do Pará. Queremos que a apuração seja integral e chegue, de fato, aos mandantes e ordenadores das licitações fraudadas, que se beneficiam e se locupletam às custas do dinheiro público, aos verdadeiros tubarões e não apenas aos peixes pequenos: os bancários e bancárias subordinados ao sistema de poder imposto, e aos trabalhadores da própria ALEPA, também subjugados a esse nefasto sistema de poder, que não pode ser, agora, simplesmente ignorado.

3. Antes que os trabalhadores bancários do Banpará sejam formalmente condenados e se consolide a indevida suspeita pública que paira sobre a categoria bancária do Banpará, o Sindicato dos Bancários (SEEB-PA), a Associação dos Funcionários (AFBEPA) e a Federação dos Bancários (FETEC/CN) fazem alguns questionamentos e solicitam imediata resposta da ALEPA, dos promotores do MP e da diretoria do Banpará:

a) Caberia ao bancário, a ponta mais frágil do sistema financeiro, muitas vezes sob a pressão do assédio moral de poderosos que, quando contrariados, chegam a representar contra o bancário pedindo até transferência de local de trabalho, se a regra é cumprida com rigor? Caberia a esse trabalhador decidir se pagava ou não o cheque, diante de ordens expressas para que não decida sozinho se deve ou não atender a esse ou aquele pedido “especial”?

b) A diretoria do Banpará, a nosso ver, não pode chamar para si uma responsabilidade que não lhe cabe, pois pela investigação que está sendo conduzida e mostrada à sociedade, a fraude foi cometida no interior da ALEPA e empresas, estando o Banpará fora desse processo de contratação e fraudes. Apenas pagou o que julgava ser lícito e não houve qualquer oposição dos clientes para isso.

4. Nossas indagações são preliminares e, em nosso entendimento, devem ser respondidas por quem de direito, e esse ente não é o trabalhador bancário, que vive sob a pressão das ordens superiores e sob estafante jornada, sobejamente conhecida de toda a sociedade. Com o agravante de que o risco do negócio é do dono do negócio e este, decididamente, não é o bancário.

5. Temos colocado, desde sempre, e reafirmamos nesse momento, nosso apoio irrestrito ao pedido de CPI da ALEPA,conforme aprovado no Encontro dos Bancários do Banpará e na Conferência dos Bancários do Pará, e estranhamos que, diante de tantas evidências da teia de corrupção, a maioria dos deputados não endosse o requerimento que pede a instalação da CPI, em nome da moralidade, da transparência, do emprego, da saúde, da segurança, da educação, da moral e dignidade que devem ser resgatadas para o bem de todo o povo paraense.

6. Mais do que nunca, a CPI da ALEPA precisa se tornar realidade para que bancários e trabalhadores, que são a ponta, as vítimas desse sistema de poder degradante em sua essência, não sejam “pregados na cruz” como bandidos, meliantes ou os responsáveis pela imensa corrupção que mancha a Assembléia Legislativa e rouba sonhos e direitos da sociedade paraense.

7. As entidades que abaixo assinam esta nota manifestam a mais profunda vontade de que todas as denúncias sejam rigorosamente apuradas e de que o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público siga no sentido de desvelar as tramas desse escândalo que parece ser só a ponta do iceberg. Também exigimos que as verbas públicas retornem ao erário de modo a assegurar as políticas públicas em saúde, educação, saneamento, segurança, tão necessárias ao povo paraense. Quem tem que pagar, com seu patrimônio, são os que perpetraram as fraudes e se locupletaram delas. Da mesma forma, consideram estas entidades, que o papel da imprensa deve ser preservado de modo a sempre informar à sociedade, democraticamente, e com a seriedade necessária sobre os rumos das investigações das denúncias levantadas.

8. Nosso firme propósito é o de defender os trabalhadores bancários do Banpará e o próprio Banco, que é um patrimônio público e tem a missão de ser um importante instrumento de crédito e desenvolvimento da sociedade paraense. O Banpará, hoje, um dos poucos bancos estaduais sobreviventes, tem sua imagem arranhada, como se estivesse no meio da urdidura da corrupção perpetrada na ALEPA, cuja responsabilidade é única e exclusivamente dos mandatários, dos poderosos, de fato e de direito que estavam à frente daquela Casa de Leis.

9. Temos a firme convicção de que os trabalhadores bancários do Banpará são zelosos no cumprimento de seu dever e o cumprem, mesmo que sob todas as adversas condições de trabalho, pressão por metas abusivas, assédio moral, adoecimentos, insegurança e tantas outras mazelas. Portanto, deixá-los expostos como se fossem criminosos e não cumpridores de seus deveres, é tentar desviar o foco dos verdadeiros corruptos que urdiram as fraudes na ALEPA e que, agora, querem imputar aos bancários o crime que perpetraram contra o povo paraense.

PELO FIM DA CORRUPÇÃO QUE SANGRA O DINHEIRO PÚBLICO!

PELA IMEDIATA INSTALAÇÃO DA CPI DAS FRAUDES NA ALEPA!

ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO BANPARÁ – AFBEPA

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO PARÁ – SEEB/PA

FEDERAÇÃO CENTRO NORTE DOS BANCÁRIOS – FETEC/CN

Belém (PA), 23 de junho de 2011.

...............

Feliz casamento, feliz vida!


O Arte Bancária cumprimenta o bancário da Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários do Pará, Sílvio Dario Farias Júnior, que contrai núpcias hoje à tarde com Elisa Soane Cavalcante. Parabéns aos dois, aos familiares e que a vida seja plena de alegrias, saúde, vitórias e harmonia!

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Atualizado às 17h do dia 24 de junho: a blogosfera repercutiu a nota das entidades sindicais.
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