sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dia 2 de agosto, o encontro do Banpará


É nesta segunda, dia 2 de agosto, o II Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Banpará, em Belém, no Hotel Beira-Rio, às margens do rio Guamá.

O encontro vai debater e construir a pauta específica de reivindicações da categoria no Banpará. O credenciamento vai até as 11 horas do dia 2.

Como diz o Sindicato, em seu sítio, "para cada banco, uma realidade; para cada realidade, uma reivindicação."

Estratégias de organização da Campanha, Saúde e Segurança Bancária, e Emprego e Remuneração são os temas que serão debatidos pela categoria durante o evento, e todos os empregados do banco estão convidados a colaborar com suas respectivas propostas; mas para ter direito a voz e voto, é necessário que o funcionário se credencie assim que chegar ao encontro, o que poderá ser feito até às 11h.

“O Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Banco do Estado do Pará é um evento de extrema importância para a categoria apresentar suas propostas e assim colaborar para a construção da minuta que será levada às mesas de negociação com os banqueiros neste segundo semestre”, avalia a diretora de saúde e também funcionária do Banpará, Érica Fabíola.

Programação - A abertura do evento começa às 9h, e será realizada pela diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim, vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Sérgio Trindade e pela diretora da Fetec-CUT/CN, Vera Paoloni, em seguida acontece a aprovação do regimento interno, leitura e aprovação das propostas, almoço e o encerramento.

O Hotel Beira Rio fica na Av. Bernardo Sayão, 4804 – Guamá (próximo a Universidade Federal do Pará).

Fonte: Bancários PA/AP

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Gestão ruim derruba presidente da ECT

Presidente dos Correios e diretor de Recursos Humanos da ECT caíram, por conta de gestão sofrível. A notícia está em todos os jornais.

Se a moda pega em relação a gestão e números, o presidente do Banco da Amazônia, Abidias Jr., deve ficar com as barbas de molho.

A marca da campanha dos bancários e bancárias

Esta a marca da campanha nacional deste ano.

A logomarca é resultado de um processo democrático de construção, através de duas reuniões em São Paulo e uma em Brasília, com a participação de vários sindicatos e federações, bem como de profissionais de imprensa, quando definimos por consenso um conceito de mídia para impulsionar a organização e a mobilização da categoria em todo país", afirmou o secretário de imprensa, Ademir Wiederkehr.

O mote da mídia é "Outro banco é preciso", inspirado no tema "Outro mundo é possível" do Fórum Social Mundial, que comemora 10 anos em 2010. "O objetivo é mostrar que é preciso outro sistema financeiro, que respeite e valorize bancários e clientes e que esteja a serviço da sociedade", destacou o diretor da Contraf-CUT.

O slogan é "Pessoas em 1º lugar". Conforme Ademir, "a intenção é mostrar que os interesses dos trabalhadores, clientela e sociedade precisam ser colocados acima do lucro e da ganância das instituições financeiras".

A imagem é um grupo de pessoas, com várias cores, simbolizando a diversidade étnica e racial do povo brasileiro. Entre eles, há um negro, uma das raças discriminadas pelos bancos, conforme apontou o Mapa da Diversidade. Também aparece um cadeirante, um dos símbolos da discriminação das pessoas com deficiência, cuja cota de 5% do quadro de funcionários não vem sendo cumprida pelos bancos.Mas a principal figura em destaque na imagem é uma mulher, simbolizando a necessidade de igualdade na contratação, na remuneração e na ascensão profissional dentro dos bancos.

A Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), feita pela Contraf-CUT e Dieese com base nos dados do Caged, apontou que no ano passado as mulheres foram admitidas com salários 30,6% inferiores aos homens e elas foram desligadas ganhando 32,13% a menos.

A produção da campanha foi feita pela MGiora Comunicação, de São Paulo. Todas as peças serão disponibilizadas nos próximos dias em alta resolução na seção download do site da Contraf-CUT para utilização pelos sindicatos e federações. A logomarca, no entanto, já pode ser acessada. "Trata-se, pois, de uma importante ferramenta de comunicação para dialogar com os bancários, os clientes e a população e, ao mesmo tempo, pressionar os bancos a atender a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2010", concluiu Ademir.

Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 27 de julho de 2010

A mentira sobre o fim do 13º

Do blog da Ana Júlia, sobre o fim do 13º salário. O título do post é : O fim do 13º salário: mais uma lorota da net:

Recebi, pelo e-mail do meu blog, "notícia" de que foi decretado o fim do 13º salário pelos deputados federais.

É mais uma lorota de péssimo gosto que circula pela internet e, neste caso, para tentar desmoralizar o Congresso Nacional.

Então, em boa hora, é bom que se leia o que o diz o DIAP - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, entidade que atua no Congresso Nacional em defesa de trabalhadores e aposentados. O DIAP afirma que a "notícia" sobre o fim do 13º é totalmente falsa.

Assino embaixo do que diz o DIAP!


Veja a nota do DIAP:

Mais uma vez volta a circular na internet uma “informação” que desinforma e desorganiza o debate no movimento sindical. Trata-se de mensagem eletrônica que diz que foi aprovado na Câmara dos Deputados o fim do 13º salário.

A notícia é falsa. Diante de várias consultas feitas à assessoria parlamentar do DIAP, decidimos veicular novamente esta informação para lançar luz às desinformações sobre o “fim do 13º salário” e outros direitos dos trabalhadores.

No final de março de 2006, a assessoria parlamentar do DIAP, informou por meio da agência de notícias do órgão, que a aprovação do fim do 13º pelo Congresso era e é falsa, reafirmamos.

A mensagem é veiculada em períodos pré-eleitorais, a fim de desmoralizar o Congresso.

A proposição que mais se aproximava disso, o PL 5.483/01, enviado ao Congresso pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tinha por finalidade flexibilizar a CLT, mediante modificação no artigo 618, para permitir a prevalência do negociado sobre o legislado.

Ou seja, o projeto autorizava que a negociação coletiva pudesse reduzir ou eliminar direitos trabalhistas. Mas aquele projeto, que havia sido aprovado na Câmara e aguardava votação conclusiva no Senado, foi retirado de tramitação pelo Governo Luiz Inácio Lula da Silva logo no primeiro ano do primeiro mandato, portanto em 2003.

Resistência na Comissão de Trabalho
O projeto, elaborado na gestão do ex-ministro do Trabalho e Emprego, ex-deputado e atual senador Francisco Dornelles (PP/RJ), apesar da grande resistência do movimento sindical e da luta do então deputado e atual senador Paulo Paim (PT/RS), foi aprovado na Câmara e enviado para apreciação do Senado. Nesta Casa, a matéria ainda chegou a tramitar sob o número de PLC 134/01.

A resistência e combate ao projeto na Comissão de Trabalho da Câmara foram implacáveis; a ponto de a matéria não ser aprovada no colegiado. O que obrigou o presidente da Câmara à época, deputado Aécio Neves (PSDB/MG), a avocar [chamar para si] o projeto para votação diretamente no plenário da Casa.

Entretanto, o presidente Lula, que havia assumido o compromisso de sustar a tramitação do projeto, enviou a Mensagem 78/03, pedindo o arquivamento do PLC 134. Assim, em sessão do dia 10 de abril de 2003, a mensagem foi lida e aprovada pelo plenário do Senado, sendo o projeto definitivamente arquivado.

O Senado Federal, por intermédio do Oficio 594, de 8/05/03, endereçado ao ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República, encaminhou a Mensagem 60/03 (SF), ao Excelentíssimo Senhor presidente da República, participando sobre o arquivamento do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 134. A “notícia”, portanto, é falsa!

Fonte: DIAP

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Prontinha nossa pauta de reivindicações

A pauta de reivindicações da categoria bancária está definida, prontinha. Depois de passar por debates em todo o país, a conferência nacional da categoria debateu e fechou a pauta. Que vai pras mãos dos banqueiros agora em agosto e aí, esquenta a campanha dos bancários:
  • índice de reajuste de 11% ( 5% de aumento real + inflação projetada de 5,71);
  • PLR de três salários mais R$ 4 mil;
  • contratações de novos bancários;
  • fim das metas abusivas e do assédio moral;
  • Piso: salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)
  • Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 510)
  • PCCS – Para todos os bancários
  • Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós.
  • Emprego – Ampliação das contratações, combate às terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (contra demissões imotivadas);
  • Cumprimento da jornada de 6 horas
  • Mais segurança nas agências bancárias
  • Previdência complementar para todos os trabalhadores
  • Contratação da remuneração total
  • Igualdade de oportunidades
Edson (Macapá/AP), Serginho, Heládia e Cristiane Aleixo: parte do nosso time lá na Conferência!
Aprovação da pauta de reivindicações, com a tradicional euforia sindical : está construída a nossa pauta!
Mesa de abertura dos trabalhos da Conferência Nacional, que durou 3 dias, no Rio de Janeiro.



sexta-feira, 23 de julho de 2010

Somos gente e não coisas!

Já começou a 12ª Conferência Nacional dos Bancários e pode ser acompanhada, ao vivo e em tempo real, pelo site da ContrafCUT. A valorosa companheirada do Pará e Amapá compõe parte da delegação de mais de 600 representantes da categoria que foram eleitos em todo o país. E que vão definir os rumos da campanha este ano, a partir da estratégia e pauta.

Leia aqui o que disse Carlos Cordeiro, o Carlão, presidente da ContrafCUT:

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Neste final de semana os bancários concluem uma etapa importante da Campanha Nacional 2010. Mais de 600 representantes da categoria eleitos em todo o país vão se reunir no Rio de Janeiro, entre a sexta-feira 23 e o domingo 25, para a 12ª Conferência Nacional dos Bancários, que definirá a estratégia e a pauta de reivindicações da campanha deste ano.

O encontro é o coroamento de um amplo processo que visa dois objetivos fundamentais: promover uma discussão democrática e a mais ampla possível com os bancários e estreitar a unidade nacional da categoria.

Esse debate democrático começou com as consultas que os sindicatos, sob a coordenação da Contraf-CUT, fizeram em suas bases para conhecer as expectativas e as reivindicações dos trabalhadores. Prosseguiu com as assembléias, encontros estaduais e conferências regionais, que, a partir do resultado das consultas e de um caderno de subsídios elaborado pela Contraf-CUT, discutiram, aprovaram as propostas e elegeram seus delegados para a Conferência Nacional.

Os resultados das consultas e das conferências regionais deixam claro que as principais reivindicações dos bancários hoje, tanto nos bancos privados como nos públicos, passam por aumento real de salário, com valorização dos pisos, mais saúde e melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral.

A categoria também manifestou o desejo de melhorar a PLR na Campanha Nacional 2010, preservar e ampliar os empregos nos bancos e ter mais segurança nas agências. Os trabalhadores do ramo financeiro querem ainda a igualdade de oportunidade para todos dentro das empresas, pondo fim às discriminações que dificultam a ascensão profissional das mulheres, dos negros e das pessoas com deficiência.

As consultas e os debates nos Estados também sinalizam uma preocupação dos trabalhadores com o papel dos bancos no desenvolvimento econômico e social do país. O sistema financeiro que está aí não serve à sociedade brasileira. É preciso aumentar a oferta de crédito e reduzir o spread, os juros e as tarifas para que a sociedade tenha acesso a recursos mais baratos e possa sustentar o ritmo de crescimento que o Brasil necessita para gerar mais empregos e mais renda para todos. É necessário democratizar o sistema financeiro, ampliar a participação da sociedade no Conselho Monetário Nacional (CMN) e colocar limites à autonomia do Banco Central.

Mais de 80% dos bancários se posicionaram nas pesquisas contra a privatização dos bancos públicos. Este é um dos temas importantes que as eleições de outubro colocam na ordem do dia para os bancários e para toda a sociedade brasileira.

Sabemos que há claramente dois projetos em disputa no pleito. Um aposta no fortalecimento do Estado e das empresas públicas como fator de desenvolvimento socioeconômico. O outro defende o Estado mínimo e a privatização das estatais, política adotada na década de 1990, que quase aniquilou o patrimônio público nacional e não resolveu os problemas da sociedade.

Há muitos outros assuntos que interessam a todos os trabalhadores, como a geração de empregos e a inclusão social. A eleição será uma escolha sobre o Brasil que queremos para o futuro. Os bancários precisam ter participação ativa para continuarmos avançando rumo a um Brasil ainda mais justo, com inclusão social.

Além da fervura do clima eleitoral, a Campanha Nacional dos Bancários de 2010 se desenvolverá em um ambiente extremamente positivo. A economia cresce em ritmo acelerado. Os indicadores apontam para uma geração recorde de empregos. E os bancos continuam aumentando seus lucros como sempre.

Os bancários e a sociedade exigem a contrapartida social: mais empregos, menos filas; mais crédito para o desenvolvimento, menos juros; mais aumento real; menos metas e mais saúde.

Apesar da conjuntura favorável, sabemos todos que os bancos são osso duro de roer. Em 2009, os bancários fizeram a mais forte campanha salarial das últimas duas décadas, com uma paralisação expressiva inclusive nos bancos privados. E conquistamos aumento real pelo sexto ano consecutivo, melhoramos a PLR, além de conquistas sociais como a licença-maternidade de 180 dias.

Para conquistar novos avanços na Campanha Nacional 2010, os bancários sabem que é preciso manter a unidade de toda a categoria e construir uma grande mobilização em todo o país. E, se necessário, ir à greve como nos anos anteriores. Um outro banco é necessário. As pessoas em primeiro lugar.


Carlos Cordeiro,
Presidente da Contraf-CUT

quinta-feira, 22 de julho de 2010

PCS, PLR maior, Fora Abidias: o que funcionalismo do Banco da Amazônia quer

O funcionalismo do Banco da Amazônia de todo o país esteve reunido no II Congresso dia 17 de julho, em Belém do Pará. Dentre as reivindicações, a de exigir que o Banco garanta a melhoria da qualidade de vida dos seus empregados através da resolução de: PCCS; CAPAF; CASF; Plano odontológico; Participação nos Lucros e Resultados.

Também, responsabilizar a Direção Superior do Banco e seu controlador majoritário, a União, pela insuficiência na execução da política de desenvolvimento regional, expressa na ultima colocação do Norte no ranking de redução da pobreza e da desigualdade.

E ainda, a criação de um movimento nacional com apoio da AEBA, CONTRAF, FETEC e Sindicatos com agências do Banco da Amazônia em sua base, pela saída do presidente do Banco Abidias Júnior.

Participativo e muito representativo, o II Congresso aponta para a categoria a unidade e a mobilização com todas as forças políticas do movimento: ContrafCUT, Fetec. Aeba, Sindicatos e o funcionalismo.

Aqui, a íntegra das resoluções e também no site da Aeba.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O que é fundamental nesta campanha?

O movimento sindical bancário tem um encontro no Rio de Janeiro, de 23 a 25 de julho. Depois de amanhã começa a Conferência Nacional da categoria bancária, que vai debater rumos pra esta campanha e também formas de mobilização e luta.

A ContrafCUt tem trabalhado ativamente para que a unidade dê o tom da campanha. Por isso mesmo, é hora de ler o instigante artigo de William Mendes, dirigente sindical da ContrafCUT e coordenador da pasta de formação da nosa Confederação.

Como todo bom cutista, William entra no debate sobre índice, contratação da remuneração variável e todos os temas que estarão em discussão dias 13 a 25, na Maravilhosa.

Pra quem não o conhece, William é o compa de camisa vermelha, no canto à esquerda na foto da Artban do Pará, quando cá esteve, trocando ideias e afeto com o time da Art daqui. Parte desse time vai estar na Conferência Nacional.

Bom debate e boa Conferência, moçada! Vamos organizar a luta e fazer valer nossos direitos!



Em pé, da esquerda pra direita: Valtinho, Alex, Japonês, Nilza, Edson, Serginho Montelo, Fernando Bosco, Cristiane, Luís Paulo.
Acocorados, da esquerda pra direita: William, Heidiany, Marco Aurélio, Vera Paoloni, Serginho Trindade e Alan.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

PFG e pauta de reivindicações da Caixa

A Contraf-CUT entregou na manhã de sexta-feira passada, 16, a pauta para o processo de negociação permanente com a Caixa, em Brasília. As reivindicações foram aprovadas no 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado nos dias 28, 29 e 30 de maio, em São Paulo. Os representantes dos trabalhadores também levaram à empresa diversos questionamentos e dúvidas dos bancários sobre o Plano de Funções Gratificadas (PFG).

A implantação o Plano de Funções Gratificadas (PFG) pela Caixa atendeu parte das demandas dos empregados sobre o tema, mas não esgotou a pauta de reivindicações aprovada pelo 26º Conecef.

Uma série de problemas ainda persiste no modelo implementado pelo banco, que não contou com a assinatura de acordo coletivo com o movimento sindical.


Um dos principais problemas é a discriminação realizada pelo banco contra os empregados que optaram por permanecer no REG/Replan não saldado. Como já fez anteriormente na implantação da nova tabela do PCS, em 2008, o banco não permitiu a migração destes trabalhadores para o novo PFG, o que é inaceitável para o movimento sindical.

Outro ponto é a questão da destituição de comissão. Os trabalhadores conseguiram avanço no caso das nomeações, que hoje são feitas exclusivamente por meio de Processos Seletivos Internos (PSI). No entanto, as destituições continuam sendo decididas pessoalmente pelos gestores, de forma subjetiva, sem critérios transparentes, o que contradiz as reivindicações da categoria. As questões relativas à alteração da jornada de trabalho também não foram equacionadas de forma a atender as demandas dos trabalhadores.

"Não concordamos com a posição da Caixa, que está gerando diminuição de rendimento de diversos trabalhadores, o que tem sido um dos pontos mais criticados do novo PFG. Reivindicamos jornada de seis horas para todos e sem redução de salário", afirma Jair Ferreira.

Dúvidas sobre o PFG

Ainda sobre o novo PFG, a Contraf-CUT levou para a mesa de negociação uma série de questionamentos feitos pelos empregados aos dirigentes sindicais.

Veja algumas das repostas do banco:


1. Proibição de realizar substituições para quem ficou no PCC Uma das mais ouvidas diz respeito ao impedimento imposto pelo banco às pessoas que optaram por não migrar para o novo PFG, que não podem fazer substituição de função. Há casos de pessoas que já vinham se preparando para a substituição durante as férias do gestor de sua unidade, por exemplo, e que agora não conseguem registrar a substituição no sistema.

"Entendemos que se trata de mais uma discriminação. A opção por não migrar para o novo PFG não deveria ter um impacto desse tipo para os empregados, que muitas vezes até assumiram compromissos financeiros por conta do rendimento extra da substituição", afirma Jair.


O banco reconheceu o impedimento, que disse ter sido uma medida que entendeu necessária para evitar riscos jurídicos. Além disso, esclareceu que as substituições que estavam já em andamento antes do dia 1º de julho, data da implementação do PFG, não foram impedidas. Os negociadores informaram também que a empresa está reconhecendo que a proibição está trazendo diversos problemas e solicitou estudo ao Departamento Jurídico para flexibilizar a medida e permitir a substituição.

2. Pontuação reduzida nos PSI

Outro caso de discriminação aos bancários que optaram pela não migração está acontecendo no sistema dos PSI. Esses trabalhadores estão com pontuações mais baixas que os empregados que migraram para o novo PFG.

"Isso não faz sentido, é mais uma discriminação do banco. Não é porque o bancário não migrou que sua experiência e qualificações profissionais foram alteradas", afirma Jair Ferreira. A Caixa afirmou que vai reavaliar a situação.


3. APPA

Os bancários estão com dúvidas a respeito do Adicional Pessoal Provisório de Ajuste (APPA) ao PFG, valor pago aos trabalhadores cuja função equivalente no plano de funções tem remuneração menor do que a de seu cargo no PCC. A verba será paga ao bancário enquanto ele exercer tal função, deixando de recebê-la se mudar de função.
Outra dúvida surge por conta das transferências de gerentes de uma agência para outra.

A Caixa garantiu que os trabalhadores continuarão recebendo a APPA nesses casos, desde que realizem a mesma função na nova unidade. Caso aconteça mudança de função, deixará de receber o adicional. O valor da adicional também não será alterado caso haja diferença de porte entre a agência de origem e a nova lotação.

Segundo o banco, o APPA tem seu valor definido no momento da transição.
O único caso em que o APPA sofrerá alteração é nas filiais. O problema é que essas unidades ainda não foram classificadas em termos de porte, uma das referências para o salário base dos bancários. Dessa forma, o valor do APPA destes trabalhadores será adequado com base no acréscimo do porte, de forma a manter a relação com a remuneração base no PCC.

4. Gerentes de RET/PV

Estes trabalhadores estão também preocupados com as mudanças que sofrerão no PFG. Com a extinção das RET/PV, os gerentes serão enquadrados na função de Supervisor de Atendimento, na rede de agências. O temor desses bancários diz respeito às dificuldades de relacionamento que são comuns entre os gerentes gerais das agências e o gerentes de RET/PV, responsáveis pela conformidade das operações.


A Caixa informou que, enquanto não estiver concluído o processo de reestruturação das Ret/PV, esses trabalhadores continuarão vinculados às Reret, mesmo trabalhando nas agências. Além disso o empregado terá garantida estabilidade no cargo por 60 dias. Por fim, o banco afirmou que está orientando as superintendências regionais para evitar esse tipo de conflito, uma vez que esses empregados passarão a ter novas atribuição, sendo necessário um período para adaptação.


5. Ações judiciais e adesão ao novo PFG

A Contraf-CUT questionou o banco sobre a possibilidade de migração para o PFG de bancários que tenham ações na Justiça. Segundo o banco, as situações serão avaliadas individualmente, quando os empregados solicitarem a migração. Se for avaliado que a ação é impeditivo, o bancário terá a opção de retirar a ação e completar a migração ou permanecer no PCC e manter a ação.
Em princípio, estão impedidos os trabalhadores que já receberam sentença judicial e aqueles que estão reivindicando redução da jornada para seis horas com manutenção do salário de oito horas. Quem está reclamando pagamento de 7ª e 8ª hora por conta de um período passado que trabalhou não está impedido.

6. Indenizações

Os bancários cobraram da empresa o pagamento de indenizações para quem tenha redução de salário por conta da mudança de jornada. Prevista nas propostas iniciais, a Caixa informou que ainda não tem posição sobre essa medida, acrescentou que se as entidades sindicais aceitassem assinar acordo sobre a redução de jornada facilitaria o pagamento de indenização, os representantes da Contraf-CUT mais uma vez reafirmaram que não existe essa possibilidade.


"O banco está tentando jogar os bancários contra as entidades sindicais ao pressionar a Contraf-CUT a assinar um acordo que fere princípios do movimento sindical, como redução salarial. Se a empresa quer tomar essas medidas, que assuma sozinha o ônus", afirma Jair Ferreira. Após a discussão, o banco disse que vai reavaliar sua posição e trará uma resposta na próxima reunião.

Outros temas

A negociação tratou ainda de outros temas da negociação permanente. Os bancários cobraram da empresa a definição da promoção por mérito, prevista no Plano de Cargos e Salários de 2008.

A Caixa afirma que não conseguiu resolver as pendências sobre o tema por conta da implementação do PFG, mas que pretende dar uma solução até o final de julho.
Mais uma vez foi cobrado pela Contraf-CUT a questão do desconto dos dias parados das campanhas salariais de 2007, nas bases de Belo Horizonte, Bahia e Sergipe, e de 2008, quando a empresa não cumpriu o previsto na Convenção Coletiva da categoria ao descontar dos trabalhadores horas restantes após o período de compensação.

Os bancários lembraram que houve compromisso na mesa de negociação em 2009 para a busca de uma solução para os problemas, e até agora não houve avanço. O banco se comprometeu a tentar trazer uma proposta na próxima reunião
.


Fonte: ContrafCUT

Perguntas e respostas sobre PFG da Caixa

Perguntas e dúvidas do funcionalismo da Caixa em todo o país, com respostas sistematizadas pelo Seeb-SP. Veja aqui as dúvidas mais frequentes e, no outro artigo, o resultado da reunião entre Caixa e ContrafCUT, dia 16, em Brasília. Sobre PFG e pauta permanente da categoria na Caixa.
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1
– No Plano de Funções Gratificadas (PFG) o meu cargo tem a jornada alterada de oito para seis horas com redução de salário. Serei obrigado a aderir? E quanto à indenização à qual a Caixa se referiu anteriormente?


Resposta - Nesse caso a adesão é opcional e o que o movimento sindical defende é a redução da jornada sem redução dos salários. Com relação à indenização que foi apresentada pelo banco em negociação com o Sindicato realizada em março deste ano, a Caixa na última reunião afirmou que só voltaria ao assunto na próxima negociação, dizendo que naquele momento só discutiria o PFG.

2 – Haverá alguma valorização do piso?

Resposta - A valorização do piso continua sendo reivindicada por nós, posição ratificada no último Conecef, ocorrido no final de maio, inclusive com a adoção do salário-mínimo calculado pelo Dieese com reflexo em todos os níveis do PCS. A valorização dos pisos é uma das reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2010 que vai acontecer no Rio, de 23 a 26 de julho agora.

3 – E quanto às promoções?

Resposta - As promoções se referem ao PCS e a Caixa está nos devendo. Temos cobrado isso em todas as negociações com o banco. No último encontro, a Caixa afirmou que pretende definir essa questão ainda em julho e que voltará a tratar do tema na próxima negociação. (Veja informação sobre esse ponto no post abaixo).

4 – O PFG é só para os empregados que aderiram ao novo PCS?

Resposta - O que exclui os empregados do PFG é a condição de participante do plano REG/Replan não saldado. A Caixa discrimina esses empregados a ponto de agora estagnar sua carreira, pois só poderão permanecer com os atuais cargos no PCC, sem possibilidade alguma de movimentação na carreira. O movimento sindical está buscando todas as maneiras cabíveis para garantir a equidade de tratamento para esses empregados.

5 – Os empregados que permanecerem no PCC não serão mais promovidos?

Resposta - Somente as promoções por mérito e por antiguidade, que são ferramentas dos PCS, continuarão existindo para todos os empregados, independente de ocuparem funções gratificadas.

6 – A verba do APPA será reajustada da mesma forma que as outras verbas que compõem o salário?

Resposta - A verba do APPA é de natureza salarial e recebe o mesmo tratamento de outras verbas salariais. Como a direção da Caixa afirmou que os valores do PCC em extinção se sujeitarão aos mesmos reajustes dos do PFG quando da data-base, a diferença resultante (APPA) entre os valores após a correção tem que ser reajustada.

7 – Muda alguma coisa para os caixas? Li que haveria um aumento na função de R$ 100, isso procede?

Resposta - Sim; segundo informação da Caixa a gratificação da função aumentou para R$ 957 e o piso para R$ 2.668.

(Saiba mais sobre a reunião que ocorreu sexta 16, em Brasília entre Caixa e ContrafCUT. No post acima).

Fonte: Seeb-SP

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Transversalizar é combater injustiças

Na categoria bancária, as mulheres são fortemente discriminadas nos salários e funções e, mesmo com aumento do número de vagas nos bancos - fruto da luta e do melhor momento do país -, os banqueiros estão desligando os trabalhadores com maiores salários e contratando com menor salário. Ou seja, sempre no lucro pra eles!

E como a campanha nacional está às portas, é o momento de intensificar a mobilização para ampliar o emprego, ampliar o salário e acabar com a discriminação que sofrem as mulheres, negros e pessoas com deficiência. Pra isso, é preciso conjugar o verbo transversalizar.

E o que é transversalizar?
  • é reconhecer as desigualdades;
  • dar visibilidade para essas desigualdades;
  • deixar de ser uma luta específica para ser geral;
  • buscar medidas concretas para superar as injustiças.
Amanhã, vai rolar o Congresso do Funcionalismo do Banco da Amazônia, aqui em Belém, com participação de bancárias e bancários de todo o país. E na outra semana, no Rio de Janeiro, a Conferência Nacional, que vai traçar a rota da luta desta campanha 2010.

Tanto no congresso do Banco da Amazônia, como na Conferência Nacional, vamos conjugar o verbo transversalizar, lançando um olhar e uma atitude sobre as questões que envolvem gênero, raça, orientação sexual e pessoas com deficiência.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Bancos geram 2.840 novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2010

Os bancos que operam no Brasil criaram 2.840 novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2010, quando admitiram 11.053 trabalhadores e desligaram 8.213. Do ponto de vista salarial, no entanto, a remuneração média dos admitidos foi 37,85% inferior em relação à dos desligados (R$ 2.197,79 contra R$ 3.536,38). A disparidade maior é em relação às mulheres. As bancárias foram admitidas recebendo remuneração 32,71% inferior à dos homens (R$ 1.770,20 contra R$ 2.630,59).

Esses são alguns dos principais resultados da quinta edição da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As duas entidades realizam esse levantamento desde o ano passado, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

"A geração de novos postos de trabalho no setor financeiro é uma ótima notícia para a categoria bancária, que na campanha nacional do ano passado tinha a defesa do emprego como uma de suas principais bandeiras", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Em 2009 assinamos acordo com o Banco do Brasil e com a Caixa Federal assegurando a contratação de 15 mil novos trabalhadores. As consultas que estamos fazendo com os bancários indicam que o emprego será novamente uma das principais reivindicações na campanha deste ano."

Na comparação com outros segmentos da economia, no entanto, os dados do Caged mostram que o sistema financeiro foi um dos que menos gerou empregos no primeiro trimestre do ano: apenas 0,43% dos 657.259 novos postos de trabalho criados por toda a economia brasileira no período. O setor que criou mais vagas de trabalho foi o da construção civil, que apresentou um saldo positivo de 127.694 empregos (19,43% do total da economia), seguido do comércio e administração de imóveis, que produziu 95.198 novos postos de trabalho (14,48% do total).

Clique aqui para conhecer a pesquisa completa.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os 68 anos do Banco da Amazônia

Aeba, Sindicato, Fetec-CN e ContrafCUT, cantaram parabéns e distribuíram bolo pelos 68 anos do banco da Amazônia. E teceram as críticas justas à atual direção, distribuindo manifesto (post abaixo).

Nos 68 anos do Banco da Amazônia: mudar já, para evitar o desastre programado!

Hoje é o niver do Banco da Amazônia e nos 68 anos de existência do banco, o Arte Bancária parabeniza a instituição pela longa vida.

E endossa o brado feito por Aeba, Sindicato do Pará e Amapá, ContrafCUT e Fetec-Centro Norte: é preciso mudar - e já! - o rumo do banco, voltando à missão histórica e ampliando a presença na região. Com democracia e ouvindo a voz das bases.
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O Banco da Amazônia completa hoje 68 anos. Sempre foi um banco público, federal,
voltado para o desenvolvimento regional. Por isso, foi-lhe dada a gestão dos recursos do FNO.

É verdade que o posicionamento relativo da Região, como um todo tem melhorado.

Porém, estudos do IPEA revelam que as ações dos Fundos Constitucionais têm contribuído para
aumentar a concentração de renda intra-regional, ao privilegiar as áreas de maior dinamismo
econômico. Isso vem ocorrendo em virtude da adoção de uma política passiva de alocação de
recursos, ou seja, acomodatícia à demanda, ignorando que o mercado, deixadas às suas forças
agirem livremente, é concentrador.

Para reduzir essa concentração, o Banco deveria fazer-se presente em todas as
microrregiões visando:
  • identificar empreendedores potenciais em cada localidade;
  • apoiar a qualificação empresarial;
  • ofertar pré-projetos por produto/área;
  • articular com os órgãos parceiros para o aproveitamento das potencialidades locais;
  • além de fornecer Serviços Empresariais, em articulação com outros órgãos, como: pesquisar oportunidades de mercado internacional;
  • apoiar centrais de negócios para redes de micros, pequenas e médias empresas e também a disseminação de Incubadoras de Empresas, de sorte a criarem-se redes de transmissão de tecnologia empresarial.
Mas, para atender esses requisitos e evitar-se a concentração intrarregional, há que
se buscar a ampliação da presença na Região.

O Norte tem 449 municípios, mas o Banco da Amazônia só possui agências em 74 (16,5%, ou, em menos de um quinto). Por isso, precisa disseminar agências e postos de serviço em toda a Região, através de acordos com os Estados e Municípios, na forma de cessão, por estes, da infra-estrutura (espaço, mobiliários,equipamentos).

Para os locais reconhecidamente com inviabilidade econômica de se manter a presença institucional, periodicamente deslocar Agentes de Desenvolvimento, à semelhança do
Banco do Nordeste, com projetos pré-formatados voltados para as suas potencialidades.

Resultados do Novo Modelo de Negócios

Porém, isso se choca com a atual filosofia de privilegiar o modelo de banco comercial.

As Demonstrações Financeiras de 2009 publicadas oficialmente pela instituição revelaram que
nesse ano ocorreu “uma profunda reestruturação em seu modelo de atuação, a qual determinou
a adoção de Novo Modelo de Negócios, cujo principal pilar é o modelo comercial”.

Além de se configurar em uma distorção de foco, o Banco não dispõe de estrutura
suficiente para concorrer nesse segmento. Ausente em 72% (mais de dois terços) dos municípios
da Região e em 17 das 27 unidades federativas do país. Nessas condições, não é páreo para
qualquer disputa nesse target.

Conseqüência: o lucro líquido do Banco apresentou nos últimos períodos os seguintes
valores: 2008: R$ 215,9 milhões; 2009: R$ 26,3 milhões; 1º trimestre de 2010: registro de
prejuízos na ordem de R$ 54,3 milhões, com tendências de fechar o semestre em queda nos seus
resultados.

Nova filosofia configurou um redirecionamento sem êxito

De fato, essa nova filosofia, introduzida a partir de abril de 2008, configurou um
redirecionamento infeliz, tanto em termos de necessidades da Região como também na
capacidade negocial da empresa. Para a Região, porque esta é carente, em especial em seu
hinterland, do financiamento desenvolvimentista. E para a empresa, porque não tem porte e nem infraestrutura para terçar armas com os bancos públicos (BB e CEF, com maior capilaridade e serviços) e nem com os privados (que têm maior eficiência e recursos).

Nesse ponto, não podemos de deixar de destacar as nefastas consequências desse
processo de reestruturação sobre os empregados do Banco.

A categoria hoje se encontra profundamente insatisfeita, convivendo com extrema sobrecarga de tarefas e extrapolação da jornada de trabalho, seja diária ou semanal, sem a devida contraprestação do pagamento das horas extras, que muitas vezes sequer podem ser mensuradas por absoluta falta do ponto eletrônico. Uma sobrecarga que reflete um reduzido quadro de pessoal e que está sendo imposta pelas metas abusivas e práticas de assédio moral por parte de muitos gestores.

Em vista dos resultados negativos que o Banco vem obtendo, a categoria não consegue visualizar melhorias em suas condições de vida e trabalho, corroendo ainda mais sua autoestima.

É muito desestimulante que por equívocos de gestão a maioria de trabalhadores ainda conviva com a falta de solução para a CAPAF e da construção de um novo PCCS que contemple todas as peculiaridades dos cargos e funções e que os vencimentos estejam em consonância com os valores praticados no mercado, notadamente os dos TC’s, que se encontram altamente
aviltados.

Inexiste ainda uma política de atenção à saúde, que trate de forma equitativa os seus
empregados, assim como, a direção do Banco reluta em estender aos seus trabalhadores a mesma fórmula básica de distribuição de lucros e resultados, conquistada há muito tempo pela categoria bancária (CCT, PLR ,FENABAN).

Para piorar essa realidade, além da insegurança bancária, defrontamos ainda com as péssimas condições do processo tecnológico do Banco, apesar deste ter investido milhões de reais nestes últimos anos nessa área. Como o parque tecnológico não funciona eficazmente, os serviços não andam, ocasionando um alto estresse nos empregados, principalmente porque são eles que procuraram aparar as arestas, muitas vezes sob ofensas proferidas pelos usuários do Banco.

Mobilização para reverter essa situação

Como pode ser observada, a atual direção do Banco encaminhou uma opção estrategicamente errada. Isso se constata, inclusive nas metas exigidas às unidades operacionais (focadas na área comercial) e nos resultados alcançados conforme os números: os recursos a alocar do FNO aumentaram: de R$ 508,5 milhões (em 2008) para R$ R$ 1.228,8 milhões (em 2009), ou seja, 153,5% a mais. Enquanto isso, os recursos alocados desse Fundo em 2009 foram de apenas R$ 455,7 milhões contra R$ 840,5 milhões em 2008 (menos 51,5%).

Neste dia 9 de julho em que o Banco comemora seus 68 anos, as entidades que
abaixo subscrevem, conclamam todos os empregados a retomar as grandes mobilizações para
redirecionar, defender e fortalecer o Banco da Amazônia no caminho de sua missão histórica.

Só assim, poderemos reverter a frase mais dita nestes últimos tempos de que “se trabalha muito,
mas não se vê o resultado esperado”. Só com muitas mobilizações e lutas poderemos conquistar,
já a partir dessa campanha salarial 2010, o respeito, a dignidade e melhores condições de vida e
trabalho, com o atendimento de nossas principais reivindicações.

Para poder comemorar o aniversário e sinalizar longa vida ao banco da Amazônia, afirmamos que é preciso mudar já o rumo da instituição, fortalecendo a missão original e ampliando a presença na região, com investimento no desenvolvimento. (Fotos de arquivo do Arte Bancária, da campanha nacional de 2009, no Banco da Amazônia).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Banco da Amazônia faz 68 anos. E precisa mudar já o rumo do desastre!

Hoje é o niver do Banco da Amazônia e o Arte Bancária parabeniza a instituição pela longa vida. E endossa o brado feito por Aeba, Sindicato do Pará e Amapá, ContrafCUT e Fetec-Centro Norte: é preciso mudar - e já! - o rumo do banco, voltando à missão histórica e ampliando a presença na região. Com democracia e ouvindo a voz das bases.
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O Banco da Amazônia completa hoje 68 anos. Sempre foi um banco público, federal,
voltado para o desenvolvimento regional. Por isso, foi-lhe dada a gestão dos recursos do FNO.

É verdade que o posicionamento relativo da Região, como um todo tem melhorado.

Porém, estudos do IPEA revelam que as ações dos Fundos Constitucionais têm contribuído para
aumentar a concentração de renda intra-regional, ao privilegiar as áreas de maior dinamismo
econômico. Isso vem ocorrendo em virtude da adoção de uma política passiva de alocação de
recursos, ou seja, acomodatícia à demanda, ignorando que o mercado, deixadas às suas forças
agirem livremente, é concentrador.

Para reduzir essa concentração, o Banco deveria fazer-se presente em todas as
microrregiões visando:
  • identificar empreendedores potenciais em cada localidade;
  • apoiar a qualificação empresarial;
  • ofertar pré-projetos por produto/área;
  • articular com os órgãos parceiros para o aproveitamento das potencialidades locais;
  • além de fornecer Serviços Empresariais, em articulação com outros órgãos, como: pesquisar oportunidades de mercado internacional;
  • apoiar centrais de negócios para redes de micros, pequenas e médias empresas e também a disseminação de Incubadoras de Empresas, de sorte a criarem-se redes de transmissão de tecnologia empresarial.
Mas, para atender esses requisitos e evitar-se a concentração intrarregional, há que
se buscar a ampliação da presença na Região.

O Norte tem 449 municípios, mas o Banco da Amazônia só possui agências em 74 (16,5%, ou, em menos de um quinto). Por isso, precisa disseminar agências e postos de serviço em toda a Região, através de acordos com os Estados e Municípios, na forma de cessão, por estes, da infra-estrutura (espaço, mobiliários,equipamentos).

Para os locais reconhecidamente com inviabilidade econômica de se manter a presença institucional, periodicamente deslocar Agentes de Desenvolvimento, à semelhança do
Banco do Nordeste, com projetos pré-formatados voltados para as suas potencialidades.

Resultados do Novo Modelo de Negócios

Porém, isso se choca com a atual filosofia de privilegiar o modelo de banco comercial.

As Demonstrações Financeiras de 2009 publicadas oficialmente pela instituição revelaram que
nesse ano ocorreu “uma profunda reestruturação em seu modelo de atuação, a qual determinou
a adoção de Novo Modelo de Negócios, cujo principal pilar é o modelo comercial”.

Além de se configurar em uma distorção de foco, o Banco não dispõe de estrutura
suficiente para concorrer nesse segmento. Ausente em 72% (mais de dois terços) dos municípios
da Região e em 17 das 27 unidades federativas do país. Nessas condições, não é páreo para
qualquer disputa nesse target.

Conseqüência: o lucro líquido do Banco apresentou nos últimos períodos os seguintes
valores: 2008: R$ 215,9 milhões; 2009: R$ 26,3 milhões; 1º trimestre de 2010: registro de
prejuízos na ordem de R$ 54,3 milhões, com tendências de fechar o semestre em queda nos seus
resultados.

Nova filosofia configurou um redirecionamento sem êxito

De fato, essa nova filosofia, introduzida a partir de abril de 2008, configurou um
redirecionamento infeliz, tanto em termos de necessidades da Região como também na
capacidade negocial da empresa. Para a Região, porque esta é carente, em especial em seu
hinterland, do financiamento desenvolvimentista. E para a empresa, porque não tem porte e nem infraestrutura para terçar armas com os bancos públicos (BB e CEF, com maior capilaridade e serviços) e nem com os privados (que têm maior eficiência e recursos).

Nesse ponto, não podemos de deixar de destacar as nefastas consequências desse
processo de reestruturação sobre os empregados do Banco.

A categoria hoje se encontra profundamente insatisfeita, convivendo com extrema sobrecarga de tarefas e extrapolação da jornada de trabalho, seja diária ou semanal, sem a devida contraprestação do pagamento das horas extras, que muitas vezes sequer podem ser mensuradas por absoluta falta do ponto eletrônico. Uma sobrecarga que reflete um reduzido quadro de pessoal e que está sendo imposta pelas metas abusivas e práticas de assédio moral por parte de muitos gestores.

Em vista dos resultados negativos que o Banco vem obtendo, a categoria não consegue visualizar melhorias em suas condições de vida e trabalho, corroendo ainda mais sua autoestima.

É muito desestimulante que por equívocos de gestão a maioria de trabalhadores ainda conviva com a falta de solução para a CAPAF e da construção de um novo PCCS que contemple todas as peculiaridades dos cargos e funções e que os vencimentos estejam em consonância com os valores praticados no mercado, notadamente os dos TC’s, que se encontram altamente
aviltados.

Inexiste ainda uma política de atenção à saúde, que trate de forma equitativa os seus
empregados, assim como, a direção do Banco reluta em estender aos seus trabalhadores a mesma fórmula básica de distribuição de lucros e resultados, conquistada há muito tempo pela categoria bancária (CCT, PLR ,FENABAN).

Para piorar essa realidade, além da insegurança bancária, defrontamos ainda com as péssimas condições do processo tecnológico do Banco, apesar deste ter investido milhões de reais nestes últimos anos nessa área. Como o parque tecnológico não funciona eficazmente, os serviços não andam, ocasionando um alto estresse nos empregados, principalmente porque são eles que procuraram aparar as arestas, muitas vezes sob ofensas proferidas pelos usuários do Banco.

Mobilização para reverter essa situação

Como pode ser observada, a atual direção do Banco encaminhou uma opção estrategicamente errada. Isso se constata, inclusive nas metas exigidas às unidades operacionais (focadas na área comercial) e nos resultados alcançados conforme os números: os recursos a alocar do FNO aumentaram: de R$ 508,5 milhões (em 2008) para R$ R$ 1.228,8 milhões (em 2009), ou seja, 153,5% a mais. Enquanto isso, os recursos alocados desse Fundo em 2009 foram de apenas R$ 455,7 milhões contra R$ 840,5 milhões em 2008 (menos 51,5%).

Neste dia 9 de julho em que o Banco comemora seus 68 anos, as entidades que
abaixo subscrevem, conclamam todos os empregados a retomar as grandes mobilizações para
redirecionar, defender e fortalecer o Banco da Amazônia no caminho de sua missão histórica.

Só assim, poderemos reverter a frase mais dita nestes últimos tempos de que “se trabalha muito,
mas não se vê o resultado esperado”. Só com muitas mobilizações e lutas poderemos conquistar,
já a partir dessa campanha salarial 2010, o respeito, a dignidade e melhores condições de vida e
trabalho, com o atendimento de nossas principais reivindicações.

Para poder comemorar o aniversário e sinalizar longa vida ao banco da Amazônia,
afirmamos que é preciso mudar já o rumo da instituição, fortalecendo a missão original e
ampliando a presença na região, com investimento no desenvolvimento. (Fotos de arquivo do Arte Bancária, da campanha nacional de 2009, no Banco da Amazônia).

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