domingo, 3 de junho de 2012

No Pará, na Amazônia, participação sindical muitas vezes rima com sacrifício pessoal e exige total disposição. O "custo Amazônia" vai bem além do dinheiro.

 O Sindicato dos Bancários do Pará fez neste sábado 2 a sua 7a Conferência Estadual, já preparando a categoria bancária no Pará para a 14ª Conferência Nacional do Ramo Financeiro, que vai acontecer de 20 a 22 de julho, em Curitiba-PR e que aprovará a pauta de reivindicações para ser apresentada à banqueirada, após as conferências de todo o país. Participaram  da 7ª Conferência, 114 delegados e delegadas, de todo o Pará.

E neste domingo, 3 de junho, foram aprovadas as propostas e eleitos delegados aos congressos específicos do BB e Caixa, que acontecem em São paulo, em meados de junho. O Banpará terá encontro específico dia 23 e o BASA, dia 30. (Propostas, em outro post).

Paridade já! - A 7ª Conferência Estadual aprovou por unanimidade a proposta da companheira Vera Paoloni de ampliar a quota de gênero de 30% para 50%. O Pará tem direito a 9 delegados/delegadas à Conferência nacional. Irão 5 mulheres e 4 hmens e na suplência ficaram 5 homens e 4 mulheres.

Alan Rodrigues (sec.geral do Seeb-Pa), João Irany (dir. não-liberado do Seeb-Pa) e Heidiany Katrine Moreno (dir. de Bcos Estaduais do Seeb-Pa). A foto foi feita pelo compa Fernando Bosco (dir. Bcos Federais) quando o Seeb-Pa. fez uma caravana sindical no sul/sudeste do Pará e chegou a Conceição do Araguaia em 8.agosto.2011. Nessa caravana estava ainda Gilmar Santos, diretor do Seeb.Pa.
Contada assim, a preparação da categoria bancária e do ramo financeiro parece simples. Mas não é e percorre um longo caminho.

Pra quem mora no interior do Pará, na Amazônia, o "custo Amazônia" implica viajar por estradas péssimas, ônibus desconfortáveis, com insegurança nas estradas, sujeito a assaltos, além das longas distâncias e difíceis acessos. O "custo Amazônia" já reivindicado por várias categorias profissionais, significa 30% a mais de recursos para editais, saúde, enfim, para as políticas públicas na Amazônia.

Caminho comprido foi o que enfrentou, por exemplo, o companheiro João Irany Neves, diretor não-liberado do Sindicato dos Bancários do Pará e caixa do BB de Conceição do Araguaia, sul do Pará, cidade que fica a 1.000 quilômetros de Belém. Para participar da 7ª Conferência, fugindo das péssimas estradas que ligam Conceição do Araguaia a Belém, Irany preferiu aumentar mais 300 quilômetros e ir a outro Estado - Tocantins -, de lá pegando a rodovia Belém-Brasília para chegar com alguma segurança e maior rapidez em Belém. Gastou 20 horas até chegar em Belém.

Via crúcis sindical - João Irany saiu de Conceição do Araguaia no dia 1º às 7 horas da manhã. Se as estradas paraenses estivessem boas, ele percorreria 1.000 km e chegaria 15, 18 horas depois. Mas estão péssimas, inseguras e com muitos assaltos. Irany então preferiu encompridar ainda mais o caminho, mas ter alguma segurança e ônibus com algum conforto. Pegou então uma van para Araguaína, no Estado do Tocantins. Percorreu 300 quilômetros. Chegou em Araguaína às 10 horas e teve uma espera de cinco horas, pois o ônibus para Belém só sairia às 15 horas, 3 da tarde. Chegou em Belém às 7 horas do dia 2 de junho, sábado. A 7ª Conferência começou às 8 horas.

Fernando Bosco e João Irany: no enc. BB,hoje
No dia 3, o companheiro Irany participou do encontro específico do BB e foi eleito na delegação que participará do Congresso do BB em São Paulo, dia 15,16 e 17 de junho. Retornou para Conceição do Araguaia na tarde deste domingo, num avião que saiu de Belém para Palmas(TO). De lá, uma van e mais quatro horas de estrada, Irany chega em casa. E amanhã cedo, no batente, no caixa do BB! Se preferisse ir por dentro do Estado, pegaria um avião para Marabá, teria uma hora de voo e depois pegaria uma estrada péssima e insegura por nove horas.

 Essa é uma das dificuldades de acesso no Pará. E trouxemos este exemplo aqui para reforçar que o "custo Amazônia" precisa ser contemplado em todas as políticas, inclusive na sindical, pois fazer sindicalismo nesse nível de sacríficio extrapola - e muito - o custo Amazônia!

Acompanhe aqui, pelas imagens, um pouco da 7ª Conferência Estadual dos Bancários e Bancárias do Pará. E também os encontros específicos do BB e Caixa, que rolaram hoje.
Vera Paoloni e Alberto Betinho defendem a chapa 1, Unidade e Democracia, que levará 6 dos 9 delegados/delegadas á Conferência Nacional.

Propostas da chapa 1 são majoritárias na 7ª Conferência; 70% dos votos...
...o que dá 6 delegados/delegadas para a chapa 1 3 para a chapa 2.

Dep.fed.Cláudio Puty e vice-pte do Seeb-Pa e FETEC-CN, Serginho Trindade, durante a mesa de conjuntura, que bateu recorde de perguntas.

Cássia, Heidiany e Priscila, companheiras sindicalistas e funcis do Banpará presentes na 7ª Conferência. Região Sul/Sudeste sempre fazendo bonito nos encontros bancários.


João Irany e Fernando Bosco, companheiros do BB e da Artban.

Eliana Lima, do HSBC e diretora da FETEC-CN, uma das delegadas à Conferência Nacional. Ao lado, a compa Heládia Carvalho, do Seeb-Pa, que participou do curso de "Saúde do Trabalhador", em SP, promovido pela ContrafCUT.

Martinho Souza (Pte da CUT.Pa), Valtinho Luz (ex-pte do Seeb-Pa) e Marco Aurélio Vaz, diretor não-liberado do Seeb-Pa e um dos delegados do Pará à Conferência Nacional; três gerações de lutadores.

Compa Heládia Carvalho, diretora do Seeb-Pa. sorteia o livro "Saúde dos Bancários" e a premiada foi a bancária Sônia, do Banpará.

Bancária e ex-parlamentar, a compa Sandra Batista.

A ex-senadora Marinor Britto cumprimenta a plenária da 7ª Conferência.

A educadora e vereadora do PT-Belém, Milene Lauande, saúda a plenária.

Cláudio Puty analisa a conjuntura que a classe trabalhadora enfrenta. Na corodenação dos trabalhos,  Serginho Trindade (vice do Seeb-Pa e FETEC-CN), Rosalina Amorim (presi Seeb-Pa).
Puty: a crise resiste e está sendo enfrentada no Brasil. E de novo, os bancos públicos são fundamentais.
Mesa final dos trabalhos: Cristiane Aleixo (dir. Relações Sindicais do Seeb-Pa), Gilmar (Seeb-Pa) e Pirotti, ContrafCUT.

Heidiany Katrine e Portinari, bancário do BB.
A mesa de abertura da 7ª Conferência Estadual Pará: Sílvio Kanner (Aeba), Fábio Gian (Seeb-Pa), Martinho Souza (Pte da CUT.Pa), Rosalina Amorim (presidenta do Seeb-Pa), Pirotti (dir. ContrafCUT), Serginho Trindade (Fetec-CN) e Betinho (Seeb-Pa). A companheira Andréa Vasconbcelos, diretora de Políticas Sociais da ContrafCUT não conseguiu chegar a tempo, por problemas de conexão de voo em Manaus-AM. O diretor Luiz Amaral representou a Afbepa.
Votação do regimento geral da 7ª Conferência. Acatada por unamimidade a proposta da compa Vera Paoloni de que a representação de gênero seja PARITÁRIA! Na coordenaçãodos trabalhos, os diretores do Seeb-Pa: Sandro Mattos e Heládia Carvalho.

Hoje, foi o 4º Enc Estadual da Caixa, chapa única ao 28º Conecef que vai acontecer dias 15, 16 e 17, em SP. 

Hoje também o enc do BB que elegeu a delegação ao 23º Congresso Nacional do BB. Os encontros do Banpará e Basa ficaram para 23 e 30 deste mês.

Um comentário:

  1. Parabéns companheirada de luta!

    Aguardamos vocês nos encontros dos bancos públicos aqui em SP!

    Saudações cutistas,

    SOMOS FORTES, SOMOS CUT!

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