segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O jornalismo irresponsável. Lá e cá.

Do blog do Nassif, de hoje

Watergate tinha dois repórteres espertos – Bob Woodward e Carl Bernstein – e um editor memorável – Ben Bradlee – que filtrava todas as informações e só permitia a publicação daquelas confirmadas por pelo menos três fontes. Até hoje Bradlee é um dos símbolos do bom jornalismo e exemplo para jornalistas de todas as partes do mundo. O caso Watergate foi citado pelo comentarista Ronaldo Bicalho e ressalta a importância da apuração jornalística.

O escândalo divulgado pela Folha na sexta-feira – um artigo de um dissidente do PT, César Benjamin – acusando Lula de ter currado um militante do MEP no período em que esteve preso no DOPS, é um dos mais deploráveis episódios da história da imprensa brasileira. E mostra a falta que fazem pessoas da envergadura de Bradlee.

Pra ler toda a matéria, clique aqui.

=====

Do Arte Bancária, de ontem

No episódio, o Diário do Pará deu duas graves derrapadas ao lidar com a informação.

Primeiro, não ouviu o chamado"outro lado", ou seja, a direção do PT, para confrontar a informação que chegara à redação. Isso é dos manuais elementares de jornalismo que se pretende sério.

Segundo, atacou violentamente o Partido dos Trabalhadores ao insinuar, com texto e imagem, que o PT está metido até o talo num esquema de corrupção e compra de votos.
Para ler toda a matéria, clique aqui.

Fonte: Blog do Nassif e Arte Bancária

Centrais sindicais se unificam pelo fim do fator, reajuste de aposentadorias e salário-mínimo

CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB, CTB e entidades representativas dos aposentados superaram as divergências e fecharam posição consensual em torno de:

  • defender ainda uma política permanente de recuperação dos benefícios das aposentadorias e pensões com valores superiores ao salário mínimo, com base na variação do INPC do ano anterior, acrescido de 80% do PIB de dois anos anteriores;
  • e ainda reunificar a posição das centrais pelo fim do fator previdenciário, contra a exigência de idade mínima para aposentadorias e contra a adoção da chamada média curta para cálculo das aposentadorias.

Acordo

A previsão dos dirigentes das centrais sindicais é que se chegue a um acordo com o Governo ainda esse ano, para que o índice acordado seja aplicado no começo de 2010, quando acontece também o reajuste do salário mínimo, em 1º de janeiro.

Os presidentes das centrais sindicais acertaram a realização de uma marcha unitária antes do Dia 1º de Maio, para reforçar a luta pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas.

A atividade integrará o calendário da Jornada Nacional de Lutas. A proposta será fechada dia 20 de janeiro de 2010, quando será definida a data da passeata.

Fonte: DIAP, com redação do Arte Bancária

domingo, 29 de novembro de 2009

PT rechaça denúncia. A réplica do Partido dos Trabalhadores.

Em, tom incisivo e elegante, o PT estadual, deputados federais, estaduais e vereadores petistas de Belém assinam nota encaminhada ao jornal Diário do Pará, sobre a manchete do jornal deste domingo. E exigem mesmo tratamento e espaço na edição que vai sair amanhã.

Leia um trecho da nota e ela completa.

----

"Uma nota de coluna, com o DNA de uma fonte ressentida, virou manchete da edição de domingo, talvez com o propósito de dificultar a política de alianças do PT.

A quem serve isso?

Aos conservadores e seus novos aliados, que priorizam apenas obras físicas e estão incomodados com o nosso governo, tanto no plano federal como estadual, que investem fortemente na área social, criando uma rede de proteção social aos que mais precisam, aos que sempre foram desprotegidos. "

A íntegra da nota, mais abaixo.

--------

1. Sobre a manchete do Diário do Pará deste domingo "COMPRA DE VOTOS AGITA ELEIÇÕES NO PT", o Partido dos Trabalhadores informa aos leitores do Diário e à sociedade em geral que não existe qualquer denúncia formalizada no PT sobre compra de votos na eleição do PED - Processo de Eleições Diretas, método pelo qual a militância elege seus dirigentes em todo o país, de forma livre, democrática e direta. Por sinal, o PT é o único partido brasileiro que adota esse mecanismo de eleição direta.

2. O PED – Processo de Eleições Diretas no PT é um dos momentos mais ricos e participativos de toda a militância. Algo único na política brasileira. Em todo o país, participaram do PED quase meio milhão de filiados e, no Pará, 25 mil, sendo que, desses, 2 mil filiados e filiadas estiveram diretamente envolvidos, ou como candidatos ou integrantes de chapas, reforçando a democracia interna do PT.

3. Faz parte da história de vida e lutas do PT o repúdio a qualquer tentativa de fraude e compra de votos. Sempre rechaçamos essa prática, como também sempre rechaçamos qualquer tipo de violência à vida e à democracia. Esses são valores intrínsecos ao PT. Qualquer denúncia é apurada nas instâncias partidárias e com ampla chance de defesa de todos os envolvidos. Mas neste caso, não há denúncia, repetimos.

4. A democracia do nosso Partido incomoda muita gente, acostumada com a paz dos cemitérios, onde o dono do partido manda e o resto obedece. Ou então as bases de seus partidos apenas acompanham, pela mídia, as disputas viscerais de suas lideranças que lutam para serem ungidas como candidatos aos cargos majoritários e proporcionais, proporcionando um espetáculo, onde a criatura se volta contra o criador e vice-versa.

5. É da história do PT ter responsabilidade com a informação, ao transmiti-la à militância petista e à sociedade em geral. Assim, estranhamos que a direção do PT não tenha sido previamente procurada pela redação do Diário do Pará para checar se procedem tais informações estampadas no jornal como se fossem verdadeiras.

Ao adotar tal procedimento, o Diário do Pará incorre em grave atentado contra a ética e a democracia: primeiro atira e depois pergunta do que se trata, quando poderia ouvir a direção do PT para checar a veracidade das informações e também dar a oportunidade ética e democrática ao Partido de se posicionar antes que apenas uma versão, anônima, chegasse aos leitores.

6. Uma nota de coluna, com o DNA de uma fonte ressentida, virou manchete da edição de domingo, talvez com o propósito de dificultar a política de alianças do PT.

A quem serve isso?

Aos conservadores e seus novos aliados, que priorizam apenas obras físicas e estão incomodados com o nosso governo, tanto no plano federal como estadual, que investem fortemente na área social, criando uma rede de proteção social aos que mais precisam, aos que sempre foram desprotegidos.

7. Em nome da ética, da democracia e da transparência a direção do PT e suas lideranças esperam que o jornal dê o mesmo tratamento editorial a esta nota, com manchete da primeira página, charge e espaço na página 3. Solicitamos o direito de resposta em respeito aos leitores do Diário do Pará.

E que, doravante, quando chegarem denúncias que envolvam o Partido dos Trabalhadores, a direção desse Partido seja previamente ouvida, a fim de se garantir o equilíbrio da informação, o respeito à pluralidade de opiniões.

Atenciosamente,

João Batista Barbosa da Silva – Presidente estadual do PT

Adalberto Aguiar – Presidente do Diretório Municipal de Belém

Regina Barata – Líder da bancada estadual do PT

Airton Faleiro – Líder do Governo na Assembléia do PT

Carlos Martins – Deputado estadual do PT

Miriquinho - Deputado estadual do PT

Bordalo - Deputado estadual do PT

Bernadete ten Caten - Deputada estadual do PT

Beto Faro – Deputado federal do PT

Zé Geraldo - Deputado federal do PT

Paulo Rocha – Deputado federal do PT

Amaury Souza Filho – Líder do PT na Câmara Municipal de Belém

Alfredo Costa – Vereador da Câmara Municipal de Belém

Otávio Pinheiro – Vereador da Câmara Municipal de Belém

Marquinho do PT - Vereador da Câmara Municipal de Belém

O ataque do Diário do Pará ao PT é uma boa mostra de como não se fazer jornalismo.

O Diário do Pará de hoje - que circula desde ontem à tarde - traz na manchete um título provocador: "Compra de votos agita eleições no PT". A matéria trata de um suposto esquema de compra de votos no 1o. turno do PED - o Processo de Eleições do PT, cujo primeiro turno aconteceu domingo passado, dia 22 de novembro. O segundo turno será dia 6 de dezembro e, em Belém, disputam o diretório municipal Apolônio Brasileiro e Suely Oliveira.

A matéria do Diário ataca frontalmente o PT como envolvido no suposto esquema de votos. E não ouve nenhum dirigente do Partido, seja em âmbito municipal ou estadual. Dia 22 de novembro, o atual presidente do João Batista Barbosa da Silva foi reeleito com 95% dos votos válidos. E seu telefone está sempre acessível para qualquer jornalista que o procure.

No episódio, o Diário do Pará deu duas graves derrapadas ao lidar com a informação
Primeiro, não ouviu o chamado"outro lado", ou seja, a direção do PT, para confrontar a informação que chegara à redação. Isso é dos manuais elementares de jornalismo que se pretende sério.

Segundo, atacou violentamente o Partido dos Trabalhadores ao insinuar, com texto e imagem, que o PT está metido até o talo num esquema de corrupção e compra de votos.
O PT é o partido com maior credibilidade junto à sociedade brasileira e não o é a-toa, e sim porque construiu esse patrimônio político. E construiu com gente, com milhões de brasileiros e paraenses que acreditam no PT. E que se orgulham da própria história, do PT de Lula, do PT do Pará.

O episódio com certeza vai merecer uma resposta à altura do Partido dos Trabalhadores. Resposta que, esperamos, tenha igual destaque na edição de amanhã de O Diário do Pará.

Afinal, o direito ao contraditório faz parte da prática jornalística, da ética e da vida.

E enche de orgulho quem é do Pará.

(da redação do Arte Bancária)

Viver com Aids é possível. Com o preconceito, não.




Dia 1o. é o Dia Mundial de combate à Aids, doença que dobrou em municípios com menos de 50 mil habitantes, entre 1997 a 2007, segundo dados do Ministério da Saúde.

E é batendo no preconceito e criando mais um canal de informação e interatividade, que o governo federal botou no ar o saite Todos contra o preconceito www.todoscontraopreconceito.com.br

Interagir -
O saite possibilita o internauta a participar de campanha gravando um vídeo ou tirando uma foto, por meio de uma webcam, que ficam disponíveis para qualquer pessoa acessar. Também é possível usar vídeos já publicados na rede por meio do YouTube ou enviar fotos de arquivo pessoal. O Twitter também faz parte da interatividade disponível.

Há ainda uma série de informações úteis para a prevenção e o convívio sadio com pessoas portadoras do HIV.

Aumento da Aids - O balanço divulgado pelo Ministério da Saúde dia 26 de novembro, mostra que os casos de Aids no Brasil diminuíram nos grandes centros urbanos, mas aumentaram em cidades do interior do país. A análise foi feita com base em casos registrados em 4.867 cidades onde foi notificada pelo menos uma ocorrência da doença (87,5% do total de municípios no país). Mais infomações. clique aqui, na Agência Brasil.

Fonte: Agência Brasil, com redação do Arte Bancária

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Apolônio Brasileiro pode ser o próximo presidente do PT Belém

Apolônio Brasileiro (foto) é militante do PT desde 1988 e começou sua caminhada petista no movimento estudantil.

Apolônio vai disputar com Suely Oliveira o segundo turno do PED - Porcesso de Eleição Direta do PT, mecanismo no qual o filiado, a filiada elege a direção dos diretórios nacional estaduais e municipais.

No PT Nacional, deu CNB - Construindo um Novo Brasil, o grupo político que junta, no Pará, os deputados federais Paulo Rocha, Zé Geraldo e Beto Faro e os estaduais Bordalo, Carlos Martins, Airton Faleiro, Bernadete e Miriquinho. E o deputado licenciado, Valdir Ganzer, que é uma das grandes lideranças do PT Pra Valer, de Apolônio.

95% -O presidente do PT estadual João Batista, foi apoiado por quase todas as correntes petistas: todas as do CNB, mais a Mensagem, cujo maior grupo é a DS, da governadora Ana Júlia. Memso com 3 candidatos ao diretório estadul, João Batista chegou na marca dos 95% de votos válidos.

Onde o bicho pega - O segundo turno de Belém vai se dar entre Suely (Mensagem/DS) e Apolônio (CNB/PT Pra Valer). É no dia de 6 de dezembro.

Se a conta do segundo turno fosse matemática, Apolônio já estaria eleito, pois há um enorme arco de alianças em torno da candidatura dele: os grupos dos deputados federais e dos estaduais apoiam Apolônio. E carregam os votos da militância ligada a esses grupos.

Em Ananindeua também tem segundo turno e a disputa é entre dois grupos do CNB.
Como Ananindeua e Belém são muito próximas, é preciso muita embaixada de paz para que uma eleição não contamine o humor e o resultado da outra.

Hoje, a 8 dias da eleição, este blogue torce pela vitória de Apolônio.
Mas sempre lembrando que em eleição dá muito jabuti em árvore.

(Da redação do Arte Bancária)

Cláudio Puty fala sobre estradas e as obras do governo do Estado para Belém

Neste bloco da entrevista concedida ao Arte Bancária em 15 de novembro, Cláudio Puty fala sobre as obras do governo Ana Júlia para Belém e os desafios de consertar as estradas do Estado.
E lança um repto: duvida que outro governo tenha feito mais pela estradas do Pará do que o governo popular.
--------

Arte Bancária: E pra Belém Secretário? Qual é a grande obra desse Governo pra Belém?

Cláudio Puty: A grande obra é a ação metrópole, que mais do que uma obra, mais do que os elevados Júlio César, mais do que a Nova Independência, a revitalização da Arthur Bernardes, é a reorganização da gestão do transporte metropolitano,.

A primeira fase é a construção de viadutos, a construção de vias, mas a segunda fase, a partir de 2010 e continuando pro futuro, é nós firmarmos uma parceria com nossos parceiros japoneses, que vão nos ajudar a mudar a cara do transporte coletivo em Belém.

Nós queremos instituir o bilhete integrado, o bilhete único, alguém que pegue um ônibus em Benevides chegue ao Ver -o- Peso mudando de ônibus, mas com o mesmo bilhete, assim nós não inundamos o Ver -o-Peso com ônibus vazios, criando engarrafamento, criando poluição e tudo mais. Enfim, uma revolução na gestão do transporte com vias expressas na Almirante Barroso, dentre outras coisas.

No caso, temos outra obra simbólica que é a Nova Santa Casa. Está em construção e nós estamos com a previsão de entrega do prédio em meados de 2010.

Temos obras significativas na área de abastecimento de água, vamos duplicar a produção de água em Belém. A falta de água vai ser minorada com a duplicação da capacidade de produção de água pela Cosanpa, com a modernização que nós estamos implementando.

Temos ações na área de habitação e saneamento com o PAC, obras do “Fé em Deus” na Pratinha, Pratinha das irmãs, na Taboquinha, no Pantanal do mangueirão, Riacho Doce, as obras do Tucunduba, as pessoas da Perimetral vão poder morar em melhores condições com a construção do “Residencial Liberdade”, que é um grande residencial que nós estamos construindo no campus III da Universidade Federal do Pará.

De fato que nesse Governo nós vamos fazer de três a quatro vezes mais habitações populares do que o Governo anterior. Isso é um “tipo”, um compromisso político de Governar para aqueles que mais precisam.

Então é por isso que as nossas obras são obras de caráter popular. Muito saneamento, muita habitação e muito investimento com geração de emprego, com uso inclusive de mão de obra da comunidade e uma outra está assim em Belém que não é obra.: é atitularização, é a regulamentação fundiária de área de Marinha. Nós estamos entregando títulos para pessoas que moram em área de Marinha para poderem inclusive contrair empréstimos junto à Caixa Econômica para reformar as suas casas.

Arte Bancária: E as estradas? Há muita reclamação de que as estradas estão abandonadas, cheias de buracos, tem matéria na imprensa sobre isso, o Governo fez investimento ou não fez nessa área?

Cláudio Puty: Olha, o Governo até agora já fez mais que o Governo anterior, pelo menos nas estatísticas que nós temos. Disputa de estatística de Governo é sempre uma coisa passível de crítica, mas eu desafio qualquer um a dizer qual foi o Governo que fez mais vicinais, tanto através das ações diretas, tanto em parceria com o INCRA.

Nós sabemos que o INCRA tem muito recurso para vicinais, a Governadora, por causa da parceira Federal fez muitas parcerias com os INCRAS para as vicinais, nós tivemos nesse ano de 2009 o inverno mais rigoroso da história e a crise financeira, mas mesmo assim conseguimos 80 milhões do Governo Federal para a recuperação das PAs, há várias PAs em obra no estado, a Alça Viária, o resto da PA 150, obras também no oeste do estado.

Temos agora com a possibilidade de aprovação de um empréstimo de 366 milhões lá na Assembleia Legislativa, a possibilidade de aproveitar esse verão e de fazer muito mais.

A malha viária do Estado do Pará é um eterno problema, porque nós temos problemas de balança, os caminhões ainda não respeitam o limite de peso e nós estamos implementando política – nós temos uma balança no estado – nós estamos implementando a política de colocar balanças nas rodovias estaduais.

É um estado de dimensões continentais, há malha de vicinais, de assentamentos, de reforma agrária a centenas de quilômetros das PA’s e temos os problemas do asfalto nos municípios, repassamos muitos recursos para os municípios para eles fazerem pavimentação municipal, que não é, a rigor, uma tarefa do Governo do Estado, mas sabemos das dificuldades pelas quais passaram nossos Prefeitos esses anos.

(N.R - Termina aqui a série de postagens da entrevista concedida pelo chefe da Casa Civil ao Arte Bancária em 15 de novembro de 2009.

As postagens começaram dia 18 e findam aqui. Só faltam alguns vídeos, que logo mais estarão na rede.

Textos e vídeos podem ser encontrados neste blogue, no you tube, ou no entreposto virtual do arte Bancária. Clique nele.)

Uma pessoa morre no assalto em Maracanã

Um morto, trauma nos moradores de Maracanã e entre os bancários do Banpará e roubo de mais de 700 mil reais. Essa é a triste contabilidade do assalto, com sequestro, à agência do Banpará em Maracanã, hoje pela manhã.
O morto é o pai de uma estagiário do banco que, desesperado ao saber que o filho era um dos 20 reféns em poder dos bandidos, entrou correndo no banco e acabou sendo assassinado.
Os bandidos chegaram ontem à noite em Maracanã e se hospedaram num hotel defronte da prefeitura. Leia mais aqui, no Diário onlaine.

A insegurança bancária tem sido fortemente denunciada pelo movimento sindical. No caso, a insegurança bancária e a insegurança pública

(Fonte: Diário do Pará onlaine)

Do Espaço Aberto: sequestro parou tudo na Assembleia Legislativa

Sexta-feira braba esta para bancárias e bancários do Banpará.

O editor do Espaço Aberto, Paulo Bemerguy, postou há pouco a seguinte nota, abaixo:

--------------------
Os serviços essenciais da Assembleia Legislativa pararam completamente, nesta manhã.
Inclusive o atendimento no posto do Banpará, que fica no subsolo.
E justamente num dia de pagamento, como hoje.
A suspensão temporária do expediente foi determinada pelo presidente da Assembleia, Domingos Juvenil (PMDB), por medida de segurança.
Tudo por conta de sequestro que teve como vítima, na madrugada de hoje, a filha da gerente do posto do banco.
Não se sabe ao certo a idade da garota. Provavelmente, é uma adolescente.
O blog entrou em contato agora com o coronel Gomes, chefe do Gabinete Militar da Assembleia.
Ele confirmou a ocorrência com a filha da gerente, mas disse que a vítima já foi encontrada.
O caso está sendo conduzido pela DRCO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado).
Há pouco, o funcionamento de todos os setores da Assembleia também foram normalizados, inclusive o atendimento no posto do Banpará.

Banpará de Maracanã sofre assalto e cidade está em pânico

Maracanã viveu hoje momentos de muito terror quando bandidos invadiram a cidade, atirando a esmo no comércio. Assaltaram o Banpará e sequestraram bancários e clientes que foram levados como reféns.

A solidariedade do Arte Bancária aos colegas bancários, à clientela e ao povo de Maracanã.

Atualizado às 11:05 - Os bandidos já libertaram os reféns na estrada. Não há notícia de feridos fisicamente, mas o trauma psíquico e emocional está instalado no povo de Maracanã que viveu o terror do assalto. As equipes do setor médico e de segurança do Banpará já estão no caminho de Maracanã.

A boa nova - A polícia conseguiu desarticular um outro assalto, aqui em Belém, também com sequestro de bancária do Banpará e seus familiares. O Arte Bancária ainda não tem maiores informações de todo o processo, mas já se sabe que a bancária está bem, na medida do possível, após viver uma madrugada de horror, com os bandidos na casa dela.

Notícias detalhadas no decocrrer do dia.

Diretor do BB é levado à Justiça por assédio moral.

O diretor jurídico do Banco do Brasil, Joaquim Portes de Cerqueira César, que foi empossado no cargo em 2007, é acusado de demitir e perseguir empregados do BB e rebaixá-los de suas funções e até demitindo-os. A queixa está na Justiça, em forma de ação civil pública, movida pelo Sindicato dos Bancários de Brasília.

O processo, de 435 páginas é assédio moral puro.

Contado em detalhes e que o Correio Braziliense traz uma síntese na reportagem "Senhor da caneta e dos afilhados". O Consultor Jurídico também resume a ação e tem um linque da petição inicial. O patrono da ação é o advogado e blogueiro Luiz Antonio Castagna Maia.

O Sindicato de Brasília já vinha denunciando o assédio em seus informativos e, após juntar as provas, entrou na Justiça contra o diretor do banco. A ação, substantiva, ganhou a adesão da OAB/DF, OAB/RN e os sindicatos dos Bancários do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito civll público para apurar o caso.

As denúncias contidas na ação civil pública são de cair o queixo, de tão terríveis. Abomináveis.

Vejamos o que diz o advogado Castagna Maia, que representa o Sindicato na ação:

"O que estamos pedindo na ação chega a ser curioso, pois queremos, em primeiro lugar, que o banco apenas cumpra sua própria norma.
Em segundo, que desfaça os descomissionamentos e demissões contrários a esses regulamentos internos.
Além disso, há um pedido por dano moral coletivo, de caráter pedagógico, cujo valor será arbitrado pelo juiz”.

Síntese das denúncias

17
advogados do Banco do Brasil,servidores de carreira concursados,
teriam sido descomissionados (ou seja, rebaixados de cargo, com
redução de salário) ou demitidos a canetada, sem respeito às normas
internas da instituição.

10
conseguiram retornar aos cargos comissionados depois de moverem ações
na Justiça. Nas sentenças, os juízes declararam nulos os atos de
descomissionamento por não atenderem aos requisitos internos.
Os processos, ainda em primeira instância, prosseguem.

4
advogados do Banco do Brasil, servidores de carreira concursados,
teriam sido promovidos por determinação do diretor jurídico da
instituição — que assumiu em 2007 — sem atender aos critérios internos de
ascensão na carreira.

Fonte: Consultor Jurídico, Correio Braziliense, Seeb-Brasília, Castagna Maia com redação do Arte Bancária.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Banpará vai implantar o PCS em janeiro e propõe indenizar a retroatividade

Ontem, 25, foi dia de debate sobre PCS e PCC. PCS no Banpará e PCC na Caixa.

A Caixa frustrou as expectativas dos empregados e não trouxe proposta completa sobre o PCC - novo Plano de Cargos Comissionados. A notícia completa está aqui.

Já o Banpará informou às entidades que vai implantar o PCS em janeiro/2010, a partir do estudo aprovado pelo Grupo de Trabalho e propôs indenizar a retroatividade (18 de maio de 2009 a 31 de dezembro de 2009). Ficou de apresentar proposta de valores na próxima terça, dia 1o. de dezembro, às 9 horas, em nova reunião com Sindicato, Afbepa e Fetec.

O Sindicato está chamando assembleia do povo do Banpará pro dia 1o. às 18 horas.

Veja a notícia completa aí embaixo.

-----------

Entidades de classe que representam o funcionalismo, e a diretoria do Banpará retomaram o debate sobre o PCS nesta quarta-feira (25).

Falando em nome da diretoria do Banco, a diretora de Administração, Glicéria Melo, informou que é intenção do banco implantar o PCS em janeiro de 2010, nos termos do que foi construído pelo Grupo de Trabalho Paritário que elaborou o PCS. Mas quer debater uma indenização para a retroatividade, com pagamento para dezembro e janeiro. (A retroatividade é de 18 de maio de 2009 a 31 de dezembro de 2009).

Sindicato, AFBEPA e FETEC solicitaram, então, que o banco apresente os valores da retroatividade e a proposta de indenização, para que possa analisar e consultar a categoria em assembleia geral.

Vale ressaltar que, neste momento, quando falamos em PCS estamos nos referindo ao reenquadramento funcional produzido pelo GT/PCS. Após a implantação desta etapa, ainda teremos que nos debruçar sobre os critérios de avaliação e progressão funcional.

Dia 1º. – Ficou marcado para a próxima terça, 1º. de dezembro, às 9 horas, na sede da Matriz, a apresentação da proposta.

ASSEMBLÉIA DIA 1º

No mesmo dia 1º, às 18 horas, bancárias e bancários do Banpará estão convidados a participarem da assembleia, na sede do Sindicato dos Bancários, para analisar a proposta que o banco apresentará.

Pelas entidades participaram da reunião: Sindicato – Alberto Cunha, Odinéia Gonçalves e Érica Fabíola; FETEC - Vera Paoloni e AFBEPA - Kátia Furtado.

Pelo Banpará: Diretoria - Glicéria Melo e Amaury Valente; Sudep, Rosângela Brandão; assessoria, Alice Coelho.

-------

E na Caixa, a frustração

A Caixa frustrou as expectativas dos empregados e não trouxe a proposta completa para o novo Plano de Cargos Comissionados (PCC) para a negociação com a Contraf-CUT e demais entidades sindicais realizada nesta quarta-feira, 25, em Brasília. Além disso, apresentou alguns novos itens da proposta que vão contra as reivindicações dos trabalhadores e representariam retrocessos.

Os negociadores do banco informaram que não conseguiram encaminhar a proposta pra avaliação do Conselho Diretor da empresa na última reunião deste órgão, realizada nesta terça-feira. Assim, o banco repassou os pontos já apresentados aos bancários durante a campanha salarial da categoria, com algumas novidades.

O primeiro retrocesso trazido pelo banco diz respeito à questão da jornada. A empresa afirmou que pretende resolver essa questão antes da implantação do novo plano, chamado por ela de Plano de Funções Gratificadas (PFG). A proposta do banco é a definição de jornada de oito horas para algumas funções e de jornada de seis horas para outras, sendo que estas últimas teriam salário proporcional, acarretando em redução dos rendimentos dos trabalhadores.

Além disso, o banco afirmou que considera que algumas funções sem controle de ponto, como a de Gerente Geral, seriam "Sem jornada definida", ou seja, sem direito a hora-extra. Por fim, o banco afirmou que pretende manter a discriminação contra os empregados que não saldaram o Reg/Replan, impedindo sua migração para o novo plano. Para isso, o banco pretende viabilizar junto à Funcef a reabertura do saldamento do plano.

Mais informações sobre o que rolou na Caixa, clica aqui.

Fonte: Seeb-PA/AP, Fetec-CN, Afbepa e Contraf-CUT

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Santarém, Juruti, Altamira: o Pará integrado pelas ações do governo, diz Cláudio Puty

Neste bloco da entrevista concedida ao Arte Bancária em 15 de novembro, o chefe da Casa Civil do Governo do Pará, afirma que não há corrupção no governo.
E que o novo modelo de desenvolvimento implantado desde 2007 no estado começa a dar frutos e unificar as regiões.
Aqui, ele fala do oeste do Estado, Belo Monte e da emoção de conceder um título de terra coletivo aos moradores de Juruti Velho, bem no local onde fica a mina de bauxita. "Isso vai entrar para os manuais dos movimentos sociais".

Arte Bancária: Em relação ao oeste do estado, o que está sendo feito para aquela região que também reclama muito do abandono histórico do Estado e do Governo?

Claudio Puty: Vamos começar pelo estrutural, unir aí três coisas.

Primeiro: Juruti embarcou seu primeiro carregamento de bauxita, isso é histórico.

Em segundo, se nós considerarmos Altamira oeste do estado, estamos defendendo Belo Monte ali pra ter energia elétrica, ICMS – defendemos historicamente a mudança na taxação de ICMS para energia elétrica – o asfaltamento da transamazônica e o asfaltamento da Cuiabá – Santarém, com condicionantes ambientais, todas essas ações.

No caso de Juruti nós dialogamos com a comunidade de Juruti –Velho e com o INCRA, fizemos uma coisa da qual nos orgulhamos que eu acredito que vai entrar no manual dos movimentos sociais.

Nós, junto ao INCRA, com a gestão da Governadora junto ao Presidente Lula, nós entregamos um título de terra, obviamente coletivo, uma CDRU – Concessão de Direito Real de Uso – para a comunidade de Juruti – Velho, onde fica a mina. Eles vão ter direito a uma alíquota da extração da bauxita. Então isso é uma coisa histórica.

Em Altamira, nós estamos defendendo que Belo Monte, como eu disse anteriormente, tenha uma cota de energia elétrica para os produtores locais e para quem entrar na licitação, porque a ALCOA quer fazer uma planta de alumínio dentro da região. O asfaltamento da BR 163 foi precedido por um plano de mitigação dos impactos e ao mesmo tempo pela aprovação do Zoneamento Econômico Ecológico aqui na assembléia legislativa, pendente à aprovação no Conselho Nacional de Meio – Ambiente, sanção na realidade do Presidente Lula.

Isso aí transforma Santarém num corredor de exportações e nós temos lutado muito inclusive contra os nossos opositores, que querem voltar ao passado, no que se refere ao “oba oba” ambiental, lutado muito contra aqueles que defendem que não há reconhecimentos ambientais nessas obras.

A universidade do Oeste do Pará, que vai garantir oitocentos novos servidores, quinhentos doutores para Santarém e para Juruti, para Óbidos, para Oriximiná, pra Itaituba. Além das obras viárias intermunicipais que não são BR’s, como enfim, obras na Calha Norte, obras entre Santarém e Mojuí dos Campos, nosso compromisso de fazer a Transrioguará. Enfim, ações que, ao mesmo tempo, trazem produção para a legalidade, desenvolvem a região, integram ao Brasil e ao mesmo tempo desenvolve do ponto de vista do conhecimento, que é aquilo que interessa.

Arte Bancária: O balanço que o senhor faz é positivo, então porque que isso não se traduz nas pesquisas de opinião pública?

Claudio Puty: Depende das pesquisas que você estiver vendo. O Governo, nas nossas pesquisas, passou por um momento muito difícil. Com esse inverno, com a crise financeira e está em amplo processo de recuperação. A medida em que as obras são mais vistas, a medida em que a comunicação melhora, que nós falamos mais – essa entrevista é um exemplo disso – eu acho que a medida em que a animosidade da imprensa, que você sabe muitas das vezes o que a motiva a diminue e, a medida em que nós criamos um palanque estável para a Ana Júlia, a Governadora Ana Júlia, a tendência é de franca recuperação.

Nós temos muita coisa pra mostrar, temos que falar o que nós estamos fazendo, porque durante dois anos e meio a Governadora foi alvo de ataques incessantes de desconstrução da sua imagem, da tentativa de caricaturizá-la por parte dos opositores.

Então é contra isso que todos os militantes de esquerda, toda a sociedade civil organizada, democrática têm que se insurgir, porque o problema aqui não é só a continuidade do Governo da Ana Júlia, é a possibilidade de afirmação - com a Governadora Ana Júlia ou não -, de um projeto democrático para futuro.

Que o estado não seja entregue a contraventores, inimigos do meio ambiente, a inimigos dos direitos humanos ou àqueles que pregam uma volta ao passado no campo do meio ambiente.

Arte Bancária: Mas o estado é um grande violador de direitos humanos. Isso acontece aqui no Governo?

Claudio Puty: No Governo, não. Se você está falando do estado, eu diria que sim, ainda sim, mas no Governo não.

Nós fazemos um esforço muito grande de vigilância permanente do estado, da violência estatal, por parte dos funcionários, por parte da ação da polícia, para que essa história vire passado.

Eu acredito que nós avançamos e precisamos avançar ainda mais. Fortalecemos a Corregedoria da Polícia, fortaleceu a Defensoria Pública, criamos uma Secretária de Direitos Humanos e estamos inclusive capacitando policiais para que a história de desrespeito aos direitos humanos por parte do Estado seja coisa do passado.

Arte Bancária: Mas há uma inquietação na sociedade paraense com um certo alto grau de corrupção no Governo, Secretário...

Claudio Puty: Não acredito que exista um alto grau de corrupção no Governo.

Nós sabemos que o Estado brasileiro é muito corrupto, o sistema eleitoral brasileiro é muito corrupto.

Nós defendemos uma reforma eleitoral ampla, que inclua voto em lista – nós eu digo eu e alguns militantes do PT, é uma posição do PT, isso – Voto em lista, financiamento público de campanha, para que aqueles que não tem dinheiro possam disputar pelo menos em condições mínimas de igualdade com quem tem dinheiro e para que se evitem mecanismos de captação de recursos com o uso de métodos pouco louváveis.

Então há uma corrupção sistêmica no Estado brasileiro, é uma corrupção no sistema eleitoral brasileiro.

E o que nós fazemos para combater?

Reforçamos a Auditoria Geral do Estado, você acompanha aí na imprensa, inclusive a auditora geral do Estado faz um belíssimo trabalho, apanha muito da imprensa, porque ela é incansável na caça aos corruptos.

Nós temos sido absolutamente abertos para o Ministério Público, nossas contas têm sido aprovadas pelos tribunais de contas, mas isso é uma disputa, uma vigilância incessante.

(N.R - o restante da entrevista e respectivos vídeos, postados até esta sexta, 27).



Aposentadoria: centrais sindicais unificam discurso

Nesta segunda, 23, as centrais sindicais e as entidades de defesa dos aposentados fecharam um acordo unitário sobre o índice de reajuste das aposentadorias para os próximos anos. O debate levou em conta os projetos de interesse dos trabalhadores e aposentados que estão em tramitação no Congresso Nacional.

A proposta das entidades consiste em defender a imediata aprovação da Política Permanente de Recuperação do Salário Mínimo, até 2023, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O reajuste também deve levar em conta a variação do PIB de dois anos anteriores.

Além disso, o acordo defende uma Política Permanente de Recuperação dos Benefícios das Aposentadorias e Pensões, com valores superiores ao salário mínimo. A base para esse cálculo é a variação do INPC do ano anterior, acrescido de 80% do PIB de dois anos anteriores.

Centrais e entidades também reafirmaram estar contar o fator previdenciário, a exigência de idade mínima para aposentadorias e a adoção da chamada média curta para cálculo das aposentadorias. O acordo foi formalizado numa nota, divulgada após a reunião desta segunda-feira.

Além da CUT, assinaram o acordo CTB, Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas) e Sindicato Nacional dos Aposentados.

Confira abaixo a íntegra da nota.

As centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CTB e CGTB, a COBAP e os sindicatos nacionais de aposentados, reunidos nesta data em São Paulo, avaliaram projetos de interesse dos trabalhadores e aposentados em tramitação no Congresso Nacional, deliberaram consensualmente o seguinte:

1. Defender a imediata aprovação da Política Permanente de Recuperação do Salário Mínimo, até 2023, com base no INPC do ano anterior, acrescido da variação do PIB de dois anos anteriores, conforme projeto de lei do Executivo;

2. Defender o estabelecimento de uma Política Permanente de Recuperação dos Benefícios das Aposentadorias e Pensões com valores superiores ao salário mínimo, com base na variação do INPC do ano anterior, acrescido de 80% do PIB de dois anos anteriores; e

3. Ratificar a posição unitária das Centrais e das representações dos aposentados, favoráveis ao fim do fator previdenciário, contra a exigência de idade mínima para aposentadorias e contra a adoção da chamada média curta para cálculo das aposentadorias.

São Paulo, 23 de novembro de 2009

CTB - Wagner Gomes

CUT - Artur Henrique

Força Sindical - Paulo Pereira da Silva

UGT - Ricardo Patah

NCST - Calixto Ramos

CGTB - Antônio Neto

Cobap - Warley Martins

Sindicato Nacional dos Aposentados (FS) - João Batista Inocentini

Banpará e PCS. Reunião é hoje às 16 horas, no banco

Quarta-feira de retomada de mesas de negociação sobre PCCS e PCS da Caixa e Banpará. Em Brasília, a Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa voltam a reunir para tratar dos desdobramentos da campanha salarial 2009 e reestruturação do Plano de Cargos Comissionados (PCC) e discussão sobre o processo de promoção por mérito do PCS.

Banpará - Em Belém, retomada da mesa do PCS, acordada na Justiça do Trabalho, por proposição do Banpará.
Tem uma reunião prévia na sede do Sindicato dos Bancários, às 2 da tarde com as entidades de trabalhadores que estarão na mesa de negociação e, às 4 da tarde, Sindicato, Afbepa e Fetec-Centro Norte retomam a mesa de negociação do PCS, para ouvir a proposta do Banpará.

Notícias sobre os assuntos, logo mais à noite, quando o Arte Bancária termina o resumo dos pontos principais falados pela governadora Ana Júlia ontem à noite na sede do Sindicato dos Bancários.

(da redação do Arte Bancária)

Ana Júlia fala nos bancários, ouve as queixas e responde.

A governadora Ana Júlia esteve ontem à noite na sede do Sindicato dos Bancários, fazendo um balanço do governo, no dia dos 76 anos do Sindicato.
Chegou ao Sindicato acompanhada do secretariado do governo. E a categoria lá, batendo ponto no evento.

Ana Júlia foi pra falar e pra ouvir as perguntas, queixas, deixar rolar o contraditório. E respondeu.

Veja aqui um resumo dos pontos principais questionados e o que foi respondido.

Banpará - se vai ser privatizado, encampado pelo BB, como fica o banco diante da portabilidade em 2011 e também se será garantida a implantação do PCS (Plano de Cargos e Salários).
Resposta da governadora - "Não haverá privatização do Banpará neste governo. A portabilidade em 2011 é um enorme desafio e possibilidade de encampação pode haver, mas com banco público, nunca pra iniciativa privada.
PCS. O governo vai cumprir o acordo, como cumpriu todos os acordos em relação ao Banpará: fortalecimento do banco, investimento e modernização do parque tecnológico, valorização do funcionalismo,reformas e inaugurações de novas agências. São 5 agências inauguradas neste governo".

Segurança - "Colegas e companheiros bancários e bancárias, não é fácil reconstruir um Estado. Encontramos a segurança pública em petição de miséria. Não tinha concurso há 10 anos e nem treinamento.O marketing do governo anterior era muito bom, mas não era verdadeiro, falava de um Pará maravilhoso que só existia na tevê.
Por exemplo, na seccional do Comércio, em Belém, aqui, na capital, tinha um colete para 4 policiais. É brincadeira dizer que isso é respeito à segurança do povo!

Quem me conhece sabe que eu não sou de reclamar, de ficar chorando quando as coisas não dão certo. Então, vimos a situação caótica e começamos a trabalhar.

Fizemos concurso pra Polícia Militar, Polícia Civil e até dezembro de 2010 estarão trabalhando pela segurança do povo 3.700 policiais. Tá longe do ideal, porque eu não posso catar PM na rua, é preciso concurso e treinamento e isso demora um ano. mas nós fizemos em menos de 3 anos o que os tucanos não fizeram em 12. E isso a categoria bancária e o povo do Pará precisam saber".
Educação - "Outro ponto de honra para o nosso governo é investir em educação. Porque do jeito que noticiam, parece que as mais de 1.200 escolas estavam todas bonitas e funcionando bem até 31 de dezembro de 2006. Aí, quando assumimos em 1o de janeiro de 2007, as escolas caíram. Peraí, gente, isso é desrepeito à nossa capacidade de raciocínio!
Igual à segurança, a educação também estava um caos. Hoje, nós já reformamos mais de 600 escolas e uma reforma que inclui internet, quadra coberta, auditório e salas climatizadas, qualidade para servidores da educação e alunos. Não podemos fazer tudo de uma vez, mas estamos avançando na educação."

(N.R. O Arte Bancária publicará logo mais o restante do resumo. A governadora falou sobre saúde, siderúrgica em Marabá, Conselho de Fiscalização de Obras, resultado da visiat à Venezuela e que obras o governo dela para o povo do Pará, concursos públicos, reintegração de posse).

Anonimato condena blogueiro.

O texto abaixo é do Blogue do Colunão, do jornalista Walter Rodrigues.
É política do Arte Bancária, não publicar comentários injuriosos, baixarias. E, na maioria das vezes, o Arte só aceita comentários assinados.
Dá uma lida no artigo abaixo.
--------
Deu no G-1, portal do sistema Globo, que a Justiça do Ceará acaba de condenar um blogueiro ao pagamento de indenização, por causa de ofensas postadas por comentarista que usava nome e emeio falsos.

Interpelado pelo advogado da vítima, o blogueiro recusou-se a informar o emeio do ofensor e ainda demorou a apagar o comentário injurioso.

Que dizer sobre isso? Que a Justiça deve amparar a mais ampla liberdade de expressão que for possível, levando ainda em conta as circunstâncias, os precedentes, o animus e o mais que houver em favor do jornalista ou equivalente. In dubio, aí, pro societate, ou seja, a favor da liberdade.

Mas ― este é o ponto ― não se pode pretender que a Internet, por si só, sacralize qualquer procedimento. Muito menos que o anonimato sirva de instrumento ao achincalhe gratuito, à agressão covarde e embuçada.

O leitor é testemunha de que, neste blogue, tanto quanto possível, rejeitamos sistematicamente o anonimato e o pseudônimo. Requeremos do comentarista nome completo, emeio e telefone (para eventual checagem de sua identidade). Outros blogues permitem que uma só pessoa ponha cinco ou dez comentários em sequência, assinando simplesmente João, Pedro, Dedé, Marli, Conceição etc. O resultado, entre outros males, é que assim se podem criar “correntes de opinião” simplesmente fictícias, dando a entender que o juízo de poucos é compartilhado por muitos mais.

Tampouco acolhemos manitestações grosseiras ou de baixo nível, salvo, em caráter excepcional, na hipótese de que o autor tenha destaque social suficiente para arcar com as consequências de seu descontrole e haja algum interesse público em veicular seu comentário.

A repressão ao anonimato faz com que refuguemos cerca de 20% de todos os comentários que nos enviam. Sem problema ― não fazem falta nenhuma. Debate livre, sim. Mas entre pessoas honestas e responsáveis.

A própria Constituição Federal, no mesmo passo em que assegura proteção ao sigilo da fonte (indispensável à atividade profissional do jornalista), veda o anonimato.
É assim que tem que ser.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Banpará não será privatizado e nem encampado pelo BB, garante Cláudio Puty

Neste bloco da entrevista concedida ao Arte Bancária em 15 de novembro, Cláudio Puty assume que o governo Ana Júlia manterá o Banpará como banco público, sem privatizá-lo, mas mostra preocupações com a portabilidade, em 2011. Fala do banco da Amazônia e confirma que "estrutralmente, bancos não foram feitos para emprestar dinheiro a quem mais precisa". Nega a tese de que se eleito deputado federal, seja pré-candidato a prefeito de Belém.

E adianta a chapa em que votará em outubro de 2010.

N.R - O restante da entrevista e a os vídeos correspondentes serão postados logo mais à noite.

====

Arte Bancária: O Governo Fernando Henrique Cardoso privatizou grande parte das empresas públicas do País, na área de telefonia, de sistema elétrico e também de bancos estaduais. A Governadora Ana Júlia pretende manter o Banco do Estado do Pará como instrumento de fomento ou existem planos de encampar o Banco do Estado pelo Banco do Brasil?

Claudio Puty: Neste momento não existe plano de encampar pelo banco do Brasil. O que nos preocupa... O banco do Pará melhorou muito. O banco do Pará teve um lucro que passou de seis milhões e foi multiplicado seis vezes. O que nos preocupa como gestão do Banpará é a portabilidade em 2011. É a possibilidade de que, aqueles correntistas do banco escolham onde receber seus salários, enfim, levem suas contas para outros bancos.

Isso será um desafio para o Banpará. Então vai ter um processo de concorrência gigantesca com o banco e a disposição da Governadora Ana Júlia é manter o banco enquanto banco viável, e por causa disso nós temos feito um esforço de modernização do banco do estado do Pará, com muitos desafios adiante, é bem verdade. Mas o seu compromisso é de não privatizar o Banco.

Arte Bancária: Em relação ao Banco da Amazônia a Governadora indicou o presidente do Banco e alguns diretores, porque que há tanta queixa dos movimentos que o Fundo Constitucional do Norte – O FNO – não chega com agilidade, rapidez e sem burocracia para os agricultores, para os pequenos produtores, ele é muito mais ágil para os grandes produtores?

Claudio Puty: Olha, isso você tem que perguntar para a direção do Banco da Amazônia, eu não sou a melhor pessoa, vou dar um palpite.

Na conversa com o Abdias Júnior [presidente do banco da Amazônia, por indicação da governadora] ele tem batido recordes no desembolso de FNO, tem sido uma gestão muito elogiada, muito séria, muito elogiada, inclusive a atual gestão do banvo da Amazônia ela rompe com uma história de indicações de loteamento político, da diretoria do Banco da Amazônia, que vinha desde a década de sessenta.

Eu sou filho de um funcionário do Banco da Amazônia e ele me conta as histórias do loteamento político das diretorias que causaram grandes prejuízos, inclusive materiais ao banco.

Então, agora essa história faz parte do passado. Nós temos uma diretoria técnica, escolhida pelo presidente do Banco da Amazônia, ele teve liberdade por parte do ministro de escolher sua diretoria e temos tido resultados, a meu ver excelentes.

Existe um problema estrutural, estruturalmente bancos não foram feitos para emprestar dinheiro para quem precisa, normalmente bancos são feitos para emprestar dinheiro para quem não precisa, essa chama – se a “regra de ouro” do sistema bancário. Mas no caso de um banco de desenvolvimento como o Banco da Amazônia, eles tem feito um esforço muito grande para mudar essa regra dourada.

No caso da região, provavelmente condicionantes de garantia são muito mais facilmente dados por aqueles que têm maior patrimônio, então é natural, essa é uma regra geral do sistema financeiro. Mas as informações que nós temos – como eu disse antes não tenho condições de avaliar da melhor maneira possível – é que a gestão tem sido uma gestão que tem dado uma virada histórica no Banco da Amazônia, que tem enfrentado resultados, por conta de no passado terem feito decisões de investimento com base em critérios pouco louváveis.

Arte Bancária - Bom, o senhor é candidatíssimo a deputado federal. Imaginemos que o senhor seja eleito, o senhor é pré – candidato à Prefeitura Municipal de Belém?

Claudio Puty: A minha decisão de ser candidato a deputado federal, que tem sido discutida, ela vai depender até o último minuto da vontade da governadora, porque o meu compromisso é com o seu Governo, para que ela se reeleja, para que seu Governo dê certo. Se a Governadora continuar avaliando que a minha candidatura ajuda o seu Governo, eu sou candidato.

Agora, a candidatura a Prefeito, eu nunca tinha ouvido falar nisso, pra te dizer a verdade. Eu sou a favor da tese que no longo prazo estamos todos mortos. Então é melhor nós pensarmos no curto prazo, no Governo, nas questões cotidianas, porque senão não ajuda nem o Governo, cria uma especulação dos diabos no PT e particularmente a mim não ajuda a nada.

Arte Bancária: Secretário, o senhor passou dez anos fora estudando em outros Países e ficou fora dos embates políticos nos estado, em Belém, e agora o senhor é o Chefe da Casa Civil que é a super – secretaria do Governo Ana Júlia. Como começou a sua militância política e o que significa ficar dez anos fora, voltar e de repente assumir a chefia da Casa Civil?

Claudio Puty: Eu já tinha voltado há um tempinho.

Eu voltei pra cá pra Belém em 2004, dois anos antes da vitória da Governadora e assumi o Governo em 2007.

Morar no exterior não significa que você não venha, não conheça sua terra, não tenha compromissos nem nada.

Obviamente, acho era o Nelson Rodrigues que falava que por causa do complexo de vira–lata do brasileiro, basta morar no exterior que vira gênio, eu também não sou favorável a essa tese (risos). Mas a minha militância política começa por influência da minha família, meus pais foram militantes estudantis, meu pai, você sabe disso, foi militante da oposição bancária, foi fundador da AEBA, primeiro presidente da AEBA, muito envolvido com as questões sindicais, então nesse ambiente que eu cresci.

Fui simpatizante do PCB por influência do meu pai por um bom um tempo, quando eu era secundarista, fui representante de turma, tive uma insipiente militância secundarista, já nos últimos anos do segundo grau e foi militar mesmo na universidade, quando tive contato com o PT.

Me apaixonou muito, gostei muito, do partido, da militância estudantil, meu sonho sempre foi ser militante partidário e socialista. Lembro que quando eu tinha sete anos de idade eu perguntei pro meu pai: “Pai o que é direita e o que é esquerda?” Aí ele fez uma explicação lá que eu não entendi muito bem, ai eu perguntei: “Então pai, o que é certo: ser de direita ou de esquerda"? falou: “De esquerda e não me enche mais o saco”. (risos)

Arte Bancária: Então o senhor acabou vindo pro PT e tal e está hoje aqui. Vamos imaginar uma cena: 2010, 5 de outubro de 2010, o senhor a urna. Qual é a sua chapa?

Claudio Puty: Dilma, obviamente, Paulo Rocha, o candidato do PMDB que for escolhido, espero que eles estejam na chapa com a gente. A Governadora Ana Júlia. Se eu for candidato, pelo menos um voto eu vou ter, que é o meu (risos). E o deputado estadual nós ainda vamos ver, porque tem vários candidatos do PT e não é uma coisa muito saudável um candidato que precisa de apoio de tantos deputados estaduais declarar voto.

Vou trabalhar para que vários companheiros, socialistas, do PT, possam ser eleitos para que nós possamos ter uma bancada comprometida com a luta pela transformação profunda do Brasil.

(Da redação do Arte Bancária)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...