sábado, 31 de outubro de 2009

É hoje o lançamento da cidade cenográfica da Paixão de Cristo em Barcarena


É hoje à noite, da 31, a partir das 20 e 30, no Salão Paroquial de Barcarena, a apresentação do projeto da cidade cenográfica que vai encenar a Paixão de Cristo .

Trabalhar com atores e atrizes de Barcarena, dando oportunidade de um trabalho prazeroso e juntasse meninas e meninos em torno da arte. Foi assim que Arildo Poça e um grupo pequeníssimo começaram a Paixão de Cristo, há 29 anos atrás.

A Arte Bancária conversou hoje com Arildo Poço e percebeu a emoção feliz do ator e empresário que trabalhou pela construção do sonho de fazer teatro em Barcarena, com jovens da cidade. Hoje, são 400 pessoas em torno do projeto e pelo menos 120 atores na Paixão de Cristo. "Muitos começaram junto comigo e estão até hoje", garante Arildo.

Abril de 2011 - A cidade cenográfica vai estar prontinha em abril de 2011. Até lá, Arildo espera conseguir patrocínio de empresários, bancos, governos para construir a cidade cenográfica.

Acostumado a remar contra a correnteza, Arildo Poça e o Grupo Teatral Chama continuarão lutando para que a cultura ribeirinha se firme cada vez mais até atrair turistas de todo o país. Gerando emprego e renda ao povo de Barcarena que trabalha no projeto e, mais que isso, realizando sonho com arte.

É um feito e tanto! Que merece registro, participação e muito apoio do governo, de empresários e de quem ama a arte.

(Clica no convite pra ver a imagem grande.)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Zeca Baleiro.Telegrama.

Pra curtir o início do feriado. O velho e bom Zeca Baleiro, letrista de primeira.

Santander.Grupo volta com a velha dança dos números pra reduzir a PLR.

Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloMais uma vez a direção manipula os balanços no país e reduz pagamento da PLR dos trabalhadores brasileiros.
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Para o International Financial Reporting Standard (IFRS) e acionistas, lucro de R$ 3,9 bi nos três trimestres de 2009. Para calcular a Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores brasileiros R$ 1,4 bi no período. Fazendo a velha dança dos números, que já está virando rotina na divulgação dos balanços do Santander, o banco manobrou mais uma vez para reduzir a PLR dos bancários, tirando o que seria direito em relação a todo trabalho empenhado durante o ano.

A manipulação lança mão da amortização de ágio relativo à aquisição do Real, somando no período R$ 2,096 bi.

Além da redução na participação nos lucros, para os bancários brasileiros sobram demissões. O balanço do último trimestre divulgado nessa quarta-feira 28 mostra que o banco espanhol fechou 2.301 postos de trabalho entre setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano – de 54.415 para 52.114, uma redução de 4,2%. Ao mesmo tempo, a quantidade de clientes aumentou 6,1%, de 20.609 para 21.856, o que mostra que a sobrecarga de trabalho que já era grande ficou ainda maior.


A Contraf-CUT, entidades sindicais e Afubesp enviaram na quarta-feira, dia 28, um documento ao Santander Brasil, cobrando a retomada das negociações, "com a maior brevidade possível", para o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2009/2010 e o Programa de Participação nos Resultados (PPR) do exercício de 2009. A segunda rodada, agendada para a última quinta-feira, dia 22, foi cancelada pelo banco na véspera e, após uma semana, nova data ainda não foi marcada.

Protesto contra a PLR sobre lucro menor

O Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou na quarta-feira, dia 28, protesto (foto) contra a decisão do Santander de publicar balanços diferentes e pagar a PLR dos trabalhadores pelo lucro mais baixo, o que reduziu sensivelmente o pagamento aos bancários.

O primeiro protesto aconteceu logo nas primeiras horas da manhã, em frente ao Centro Administrativo Santander 3 (Casa 3), em Interlagos, onde trabalham cerca de 1.500 pessoas.

"Mais de 50 mil trabalhadores do banco, principais responsáveis pelos lucros do banco, estão na expectativa da continuidade das negociações sobre as reivindicações específicas, como emprego, melhoria das condições de trabalho, saúde, previdência complementar e ampliação das bolsas de auxílio-educação, dentre outras demandas", afirma o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. "Não queremos entrar outra vez dezembro, janeiro e fevereiro adentro discutindo o aditivo e o PPR, como ocorreu no ano passado, e sim resolver agora com agilidade buscando a valorização do esforço dos trabalhadores", destaca.

No documento também foi solicitada a prorrogação dos aditivos do Santander e Real, com vencimento nesta sexta-feira, dia 30 de outubro, até a assinatura de novo instrumento coletivo. O Santander é o único banco privado que possui aditivo à convenção coletiva, construído após a privatização do Banespa, com vários avanços além das conquistas gerais dos bancários. Já o PPR representa mais uma forma de remuneração para os trabalhadores do banco.


Santander divulga outra vez dois balanços do terceiro trimestre

O Santander também anunciou na quarta-feira os resultados do terceiro trimestre de 2009. Novamente foram divulgados dois balanços, a exemplo do primeiro semestre, com dois lucros diferentes.

Um balanço apresenta lucro líquido no terceiro semestre de R$ 413,763 milhões. Segundo o banco, esse valor segue a norma contábil brasileira. Foi esse o balanço, com o resultado do primeiro semestre de R$ 1,6 bilhão, utilizado para o pagamento da antecipação da PLR, gerando protestos dos trabalhadores.

O outro balanço, conforme o banco, atende a regra internacional, IFRS, que passará a ser obrigatória por aqui apenas no próximo ano - para o resultado consolidado. Assim, pelas normas internacionais, o Santander registrou no terceiro trimestre um lucro líquido de R$ 1,472 bilhão, um crescimento de 92,1% em relação ao mesmo período de 2008. Com isso, o resultado acumulado nos primeiros nove meses do ano é de R$ 3,917 bilhões.

De acordo com o jornal Valor Econômico, as normas brasileiras e o IFRS têm formas diferentes para a apuração do lucro, mas a variação mais discrepante se dá na amortização do ágio das compras. No caso do Banco Real, essa diferença foi de R$ 979,458 milhões no terceiro trimestre. Na regra brasileira, o ágio precisa ser amortizado sistematicamente num período de dez anos.

Ainda segundo o jornal, de janeiro a setembro o banco já apropriou R$ 831 milhões em sinergias, dentro do esperado pela direção do grupo. A previsão é que até o fim do processo, em 2011, os ganhos atinjam R$ 2,7 bilhões.

"Queremos que a PLR dos bancários seja calculada sobre o lucro maior, pois foi esse balanço apresentado aos investidores no processo de abertura de capital e levou à captação de R$ 14 bilhões, na maior oferta de ações do mundo em 2009. Os trabalhadores reivindicam igualdade de tratamento", defende o diretor da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT e Seeb-SP

A dor e a delícia de ser da luta e do Banpará.

Colega do Banpará,

O Caetano Veloso que me perdoe a cópia, mas eu vou falar da dor e delícia de ser da luta e do Banpará.

Dor de ter ficado um ano sem parte do salário para permitir o equilíbrio do banco em 1998;

Delícia de driblar a metralhadora giratória de FHC e garantir o emprego, a sobrevivência da instituição e a nossa, enquanto trabalhadores e trabalhadoras.

Hoje, 30 de outubro de 2009, no dia de sacramentar o acordo coletivo que já é uma referência de avanços e conquistas pra todo o movimento sindical no país,lembro da dor de fazer greve com mais cinco guerreiras em 1987, para assegurar que tivéssemos um plano de saúde, o PAS que, após essa greve, saiu do papel e virou realidade. Hoje, em 2009, a gente firma no acordo coletivo que é preciso um plano de saúde mais abrangente e sem a co-participação doída dos 12,5%¨.

Aquela greve solitária em 1987 só serve para reafirmar o que disse o poeta Manuel Bandeira: "Eu quero é mais o delírio dos loucos"! As "loucas" eram: eu, Raquel Fonteles, Ana Paula Rezende, Salete Gomes e Dione Lourido.

Passamos por muitos sufocos. O sobressalto da intervenção do Banco Central no banco em 1987. A perda do salário em 1998. A luta pelo plano de saúde, a luta cotidiana no combate ao assédio moral e para ter mais segurança.

É com alegria e orgulho que vamos assinar um acordo coletivo que consagra direitos forjados na luta, na unidade e na capacidade de negociação das entidades sindicais.

Estamos de parabéns, nós que conhecemos bem de perto a dor e a delícia de ser Banpará. E estão de parabéns, o Sindicato, a FETEC-Centro Norte, a ContrafCUT e a nossa valorosa AFBEPA.

Amanhã, continua a luta por um mundo mais justo e menos desigual. Amanhã. Porque hoje à noite, é hora de estar lá, no Sindicato e conferir, de perto, a assinatura do acordo, uma lei construída pela luta de cada colega do nosso Banpará, patrimônio público que a força da luta manteve para ajudar a desenvolver o Pará. Esse acordo, essa lei é nossa!

Hoje, portanto, colega, é dia de comemorar. A nossa luta, a nossa unidade, a nossa conquista em arrancar o melhor acordo coletivo da categoria.

E vejamos porque o nosso acordo é o melhor:

· não houve desconto, compensação dos dias parados e qualquer retaliação aos grevistas que estiveram na linha de frente da luta;

· a PLR segue a Fenaban e amplia para 4% do lucro líquido, com distribuição linear e mais 2 tíquetes extras;

· o horário amamentação amplia para 270 dias e vai ser reinstalado o Comitê de Relações Trabalhistas, paritário e consultivo, com debate constante sobre o mundo do trabalho;

· entra no acordo a síntese do debate travado para a construção do novo plano de saúde que, tão logo implantado, enterrará aqueles 12,5% de co-participação que tanto doem no orçamento dos que adoecem ou precisam fazer exames caros.

· Segue integralmente a Fenaban.

Um grande abraço, com o sabor quente da ternura (como diz Thiago de Melo)

Vera Paoloni

Func. Banpará e diretora FETEC-CN

Banco da Amazônia há 3 dias totalmente parado. Quem realmente dá prejuízo ao Banco?

O banco da Amazônia está parado há 3 dias. Nenhum cliente ou usuário faz qualquer movimentação no banco. O sistema travou o banco por inteiro e ninguém dá qualquer explicação.
Em seu saite hoje, a AEBA faz a seguinte pergunta: quem realmente dá prejuízo ao banco?

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Faz três dias que o Banco da Amazônia está totalmente parado, sem nenhuma agência ou caixa eletrônico funcionando. Tudo fora do ar e seus usuários, clientes, empresários e população voltando da porta da empresa com poucas informações a respeito do ocorrido.

O que chegou ao conhecimento da AEBA, em vias informais, o problema se deve a uma pane no disco de dados da empresa, que comprometeu todas as suas movimentações, que estão sendo feitas de forma manual. Até agora o Banco não emitiu nenhuma nota oficial dando explicações a respeito do fato, o que é lamentavelmente desrespeitoso com todos os que utilizam os serviços prestados pela empresa.

A COBRA - Computadores e Sistemas Brasileiros Ltda é a empresa responsável pela área de processamento de dados, está no Banco da Amazônia há vários anos com o intuito de aperfeiçoar seu sistema e mantê-lo funcionando com eficiência e eficácia, o que não vem ocorrendo. Como se sabe, a Cobra é parte do conglomerado do Banco do Brasil e seu faturamento origina-se principalmente em seus contratos com empresas estatais, como é o caso do Banco da Amazônia.

Vários programas que funcionavam com excelência no Banco foram substituídos após a contratação da COBRA, que implantou sua própria sistemática, e até hoje não resolveu de fato os problemas de tecnologia da empresa, que continua com um sistema arcaico e que não atende as reais necessidades do Banco.

Com a recente greve que trouxe muitas inquietações a algumas pessoas, agora é o caso de se perguntar: quem realmente dá prejuízo ao Banco?

Fonte:Comunicação AEBA


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Assalto em Viseu. Acordo Caixa. Acordo Banpará. Festa do reajuste. As notas desta quinta.


Banpará: sobreaviso até final de novembro
Ontem à tarde, foram feitos os ajustes de redação no aditivo do Banpará à Convenção Coletiva Nacional. E as entidades sindicais cobraram do banco prazos para resposta a pontos fundamentais como pagamento do sobreaviso, turno ininterrupto e efetivação de quem esteja há mais de 90 dias na função.
A diretora de administração do banco, Glicéria Melo, informou que até final de novembro, todos esses itens estarão respondidos para a categoria.

O acordo do Banpará é amanhã
O acordo coletivo aditivo do Banpará à Convenção Nacional vai ser sacramentado amanhã à noite, às 19 horas, na sede do Sindicato. Todas as verbas salariais decorrentes da greve, luta, unidade e capacidade de negociação das entidades sindicais, já estão na conta.

Para a Articulação Bancária, para a FETEC-Centro Norte, o acordo coletivo do Banpará é o melhor do país. Vejamos:
  • não houve desconto, compensação dos dias parados e qualquer retaliação aos grevistas que estiveram na linha de frente da luta;
  • a PLR segue a Fenaban e amplia para 4% do lucro líquido, com distribuição linear e mais 2 tíquetes extras;
  • o horário amamentação amplia para 270 dias e vai ser reinstalado o Comitê de Relações Trabalhistas, paritário e consultivo, mas com debate constante sobre o mundo do trabalho;
  • entra no acordo a síntese do debate travado para a construção do novo plano de saúde que, tão logo implantado, enterrará aqueles 12,% de co-participação que tanto doem no orçamento dos que adoecem ou precisam fazer exames caros.
Assalto e fechamento em Viseu
Como este blogue informou ontem, em cima do lance, população de Viseu e bancários do Banpará e BB- Viseu viveram momentos de extremos pavor ontem de manhã, quando entre 10 e 12 bandidos entraram na pequena cidade atirando, ferindo 5 pessoas e assaltaram BB e Banpará, levando bancários como reféns, liberados no meio da estrada e em estado de choque e muito transtorno mental.
O blogue apurou que o Banpará enviou ontem mesmo equipes de serviço médico(assistente social), segurança do trabalho e auditor e que o banco ficará fechado até a próxima semana.

Caixa: acordo é hoje
O acordo aditivo com a Caixa vai ser firmado logo mais, às 9 e meia, em Brasília entre a Caixa, a ContrafCUT e demais entidades sindicais. A PLR deverá ser paga no dia 3 de novembro. O acordo é fruto da luta dos empregados em todo o país e da capacidade de negociação das entidades sindicais, tendo à frente a ContrafCUT.

Festa do reajuste - Também na sede do Sindicato dos Banários do Pará e Amap[a, amanhã à noite, a festa do reajuste. Logo após a assinatura do acordo com o Banpará.

ContrafCUT e Caixa firmam acordo hoje em Brasília

Crédito: Caco Argemi - Seeb Porto Alegre
Caco Argemi - Seeb Porto AlegreA Contraf-CUT e as demais entidades sindicais assinam nesta quinta-feira 29, às 9h30, em Brasília, o Acordo Aditivo 2009/2010 com a Caixa Econômica Federal.

Conquistado com a força da greve que durou 28 dias e paralisou agências em todo o país, o acordo traz inúmeros avanços para os trabalhadores, que encerraram de forma vitoriosa a campanha salarial.

Entre as conquistas do aditivo, estão a contratação de 5 mil trabalhadores em 2010, contribuindo para a melhoria das condições de trabalho, junto com a criação dos comitês regionais de mediação de conflito no trabalho, vinculados à Comissão de Ética da Caixa, para o combate ao assédio moral. Nas questões financeiras, os bancários conseguiram uma PLR maior do que a do ano passado e um abono linear de R$ 700 para todos os empregados, a ser pago em janeiro.

"Foi campanha salarial difícil, em que encontramos muitas resistências por parte do banco, mas graças a nossa mobilização conseguimos um acordo com conquistas importantes. Os bancários da Caixa estão de parabéns por sua capacidade de luta e maturidade na avaliação das condições da campanha salarial", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

Veja os principais pontos do acordo:

Questões econômicas

Índice

- O reajuste do salário será de 6%, o que representa um aumento real de 1,5% em relação à inflação calculada pelo INPC, entre 1º de setembro de 2008 e 31 de agosto de 2009, que foi de 4,44%.
- O abono de R$ 700 será pago na folha de janeiro de 2010.

PLR: proposta da Fenaban

Parte básica: 90% da remuneração-base acrescidos de uma parcela fixa de R$ 1.024, limitada a R$ 6.680 e a 13% do lucro líquido.
Parte adicional: 2% do lucro líquido, distribuídos linearmente, limitada a R$ 2.099. Com lucro projetado de R$ 2,13 bilhões, o maior valor pago atingiria R$ 5.649 e o menor, R$ 2,315.

PLR: proposta da Caixa

Maior valor entre a proposta da Fenaban com redutor e a por grupo de cargos a seguir:

- Valores fixos distribuídos por grupos de cargos relacionados de acordo coma complexidade das atribuições.
- A proposta prevê antecipação de 100% do valor da Fenaban, que será pago no dia 3 de novembro - com base no lucro líquido projetado para o ano de 2009, no valor de R$ 2,13 bilhões. O restante devido será pago em março de 2010.

Regra específica por grupo de cargos

- Grupo 1 (superintendente nacional, chefe de gabinete, consultor de diretoria, consultor de relações institucionais, ouvidor e superintendente regional): R$ 10 mil.
- Grupo 2 (consultor jurídico, superintendente de projetos especiais, gerente nacional e consultor técnico): R$ 9.500.
- Grupo 3 (gerente geral, gerente regional de negócios e canais, de produto, de segmento, de tecnologia e coordenador de projetos especiais): R$ 9 mil.
- Grupo 4 (gerente de auditoria regional, de padrões e planejamento, de relacionamento institucional, de filial e de centralizadora, de jurídico regional e operacional): R$ 8 mil.
- Grupo 5 (coordenador jurídico, gerente de representação, administrativo, de relacionamento, de atendimento e supervisor de tecnologia): R$ 7.500.
- Grupo 6 (coordenador, gerente de projetos, de serviço, líder de projetos e tecnologia, supervisor e profissionais): R$ 6.500.
- Grupo 7 (analista de operações financeiras, auditor, assessor institucional, assistente jurídico, consultor de processo, interno e regional de canais, especialista, gerente de RetPV e secretário da presidência): R$ 5.750.
- Grupo 8 (agente de conformidade, analista, assessor, assessor regional de marketing, assistente regional, consultor regional, secretário de colegiado e técnico social): R$ 5.250. - Grupo 9 (avaliador executivo e caixa PV): R$ 4.500.
- Grupo 10 (assistente de negócios, agente de atendimento, assistente administrativo, auxiliar de enfermagem do trabalho, bibliotecário, compensador, enfermeiro do trabalho, monitor de telemarleting, perito documentoscópico, programador, operador de computador, operador de telemarketing, secretário, secretário executivo, técnicos de operações de retaguarda e de nível médio): R$ 4.250.
- Grupo 11 (empregado sem função): R$ 4 mil.

Outros itens

- A Caixa se compromete a construir com as representações dos empregados, na mesa de negociação permanente, uma fórmula perene para a PLR.

Dias parados

- A Caixa seguirá a regra negociada com a Fenaban, com compensação dos dias não-trabalhados por motivo de paralisação entre os dias 17 de setembro e 21 de outubro, com prestação de jornada suplementar até o dia 18 de dezembro, não podendo exceder duas horas diárias e nem ser realizada em finais de semana e feriados.
- A empresa se compromete a buscar entendimento na mesa de negociações permanentes para descontos de dias de greve contestados pelos trabalhadores em 2007 e em 2008.

Questões específicas

- Contratação de cinco mil novos empregados até o final de 2010.
- Implantação do novo Plano de Funções em dezembro de 2009, desde que aprovado pelos órgãos controladores, conforme estabelecido na cláusula 34 do acordo coletivo 2008/2009.
- Realização de pesquisa sobre a qualidade de atendimento e satisfação dos usuários do Saúde Caixa.
- Criação de comitês regionais de mediação de conflito no trabalho, vinculados à Comissão de Ética da Caixa. Regimento e funcionamento a serem definidos pela CEE/Caixa e GT Saúde e apresentado na mesa permanente.
- Implantação do Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas, após avaliação do piloto no Rio de Janeiro.
- Autorização da eleição de todos os cipeiros, indicando o presidente dentre os eleitos.
- Instalação dos exaustores em todas as bancadas de penhor até dezembro de 2009.
- Reajuste de 6% sobre o valor da indenização por assalto/sinistro, passando de R$ 95.165 para R$ 100.874,90.
- Elaboração do projeto Saúde Mental, em parceria com o GT Saúde do Trabalhador, para ser apresentado ao Conselho Diretor.
- Divulgação de informações relativas à inclusão de pessoas com deficiências e dos empregados com idade acima de 40 anos, no relatório social da Caixa.
- Manutenção da possibilidade de gozo de férias, em dois períodos, para empregados acima de 50 anos.
- Contratação de 450 jovens aprendizes, nas regras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), até dezembro de 2009
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Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Banpará e BB de Viseu assaltados e com sequestro

Quinze bandidos fortemente armados assaltaram nesta manhã os bancos do Brasil e Banpará de Viseu, município do Pará na divisa com Maranhão.

Os bandidos entraram em Viseu já atirando em comércios e pessoas no meio da rua. Os bancos foram crivados de balas. Há pelo menos 5 pessoas foram feridas. Gerentes e funcionários do BB e Banpará foram levados como reféns e liberados na estrada a 10 km. A PM de Bragança seguiu para Viseu.

Assaltos e sequestros de bancários e familiares são uma dolorosa rotina na vida da categoria bancária e, por essa razão, a reivindicação do movimento sindical é de que se proteja a vida e não o lucro.

Voltaremos com mais informações sobre este fato.

(Redação da Arte Bancária)

Paixão de Cristo vai ter cidade cenográfica em Barcarena. Dia 31 à noite é o lançamento.

Dia 31, sábado à noite, em Barcarena, vai ser feito o lançamento oficial da Cidade Cenográfica da Paixão de Cristo.

Um feito e tanto! Que merece registro, participação e muito apoio do governo, de empresários e de quem ama a arte. Arte que se firma remando contra a correnteza, forjada na adversidade, na luta e na alegria.

29 anos de luta -A Paixão de Cristo é encenada há 29 anos em Barcarena. Sempre com atores locais e sob a direção de Arildo Poça, artista, empresário e empreendedor da cultura.
Agora, a cidade cenográfica vai virar realidade. A cultura ribeirinha e da melhor qualidade vai ter seu espaço garantido.
Quando presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Vera Paoloni colocou um tijolinho nessa construção. O jornalista Edir Gaya, também.

O blogue da Arte Bancária vai lá conferir o lançamento oficial da cidade cenográfica. E, desde já, parabeniza Arildo e toda a equipe de construtores desse sonho.

Vale a pena clicar e conferir o trabalho desse time valente e ousado. www.paixaodaamazonia.com.br

(Redação da Arte Bancária)

Acordo Banpará. Reunião hoje à tarde para ajustar a redação.

Hoje tem mais uma rodada de negociação no Banpará, às 16 horas, na Matriz do banco. Em pauta, ajuste de redação de algumas cláusulas, tais como: plano de saúde, comitê de relações trabalhistas. Participam da reunião, o Banpará e as entidades sindicais: Sindicato, Afbepa, FETEC e Contraf.

Sacramentado - O acordo aditivo ao acordo coletivo geral da categoria será assinado nesta sexta-feira, na sede do Sindicato, às 7 da noite. Logo após a assinatura do acordo, a festa do reajuste rola solta no Sindicato, que ninguém é de ferro e sexta-feira é o dia internacional da gelada. Muito mais para bebemorar um grande acordo, como o que será firmado com o Banpará, fruto da luta, unidade e capacidade de negociação.




Fonte: redação da Arte Bancária

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O cara no berço. Feliz aniversário, Lula!

Presidente Lula apaga as velas de seu bolo de aniversário, em comemoração realizada no Palácio do Alvorada. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Na data em que comemora 64 anos, o presidente Lula foi surpreendido, na manhã desta terça-feira (27), no Palácio da Alvorada, por 212 integrantes da Banda da Guarda Presidencial.
Ao som de “Amigos para sempre” e “Parabéns pra você”, os músicos chamaram a atenção de Lula no momento em que se preparava para o deslocamento até o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde fica o gabinete provisório da Presidência da República. Bem-humorado, Lula “ensaiou” alguns acordes de trompete.

Reduz pra 40 que o Brasil aumenta. Veja o vídeo da CUT


CUT lança vídeo e spot de rádio da campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

As peças ficarão disponíveis no site da campanha, que também conta com diversos materiais de divulgação - como cartazes, folder e inúmeras peças para mídia impressa, além de banners para internet. Todos esses materiais podem ser baixados pelo site: 40horasja.cut.org.br ou pelo Portal do Mundo do Trabalho (site da CUT): www.cut.org.br.

Os arquivos de vídeo e áudio também poderão ser solicitados à Secretaria de Comunicação: imprensa@cut.org.br.

Clique e confira.

UM ATOR, POR FAVOR

Crítica deliciosamente ácida feita por Castagna Maia. Leia um trecho:

Lembrei disso ao ver as colunas da Miriam Leitão, em O Globo, e da Eliane Cantanhede, na Folha. Estão lá as duas ensinando política, ensinando economia, ensinando candidatos e o próprio Presidente da República a se comportar. O mais interessante é que agora resolveram ensinar a oposição a ser oposição. Antes, buscavam ensinar o Presidente da República a governar. Como parece que o sujeito desembarcou dessa furada, passaram a dar suas dicas diretamente para a oposição. Só que agora estão revoltadas com a oposição. É o caso da Miriam Leitão, hoje. Passa um pito, dá uma chamada, enquadra a oposição.


E leia a íntegra do artigo aqui, publicado no www.castagnamaia.com.br/blog2:


Conheci, certa vez, um diretor de um banco de investimentos. O sujeito era nitidamente psicopata. Comportava-se como psicopata, agia como um. E era mantido no cargo porque “apresentava resultados”, embora enlouquecesse seus subordinados. Atrapalhava o serviço de todos e, a rigor, seu papel era um só: representar a figura do “diretor de investimentos” em reuniões. Quando a reunião era apenas técnica, apenas a área técnica comparecia – e não o psicopata. Quando a reunião envolvia cúpulas, tinha aquele ar de solenidade, o psicopata era chamado. Observei o fato, à época, e concluí: precisavam contratar um ator. Isso mesmo. Aquele banco não precisava de um diretor de investimentos, mas de alguém que fizesse o papel de diretor de investimentos em coquetéis, recepções e outras solenidades. Seria uma solução fácil, barata, eficaz.

II
Lembrei disso ao ver as colunas da Miriam Leitão, em O Globo, e da Eliane Cantanhede, na Folha. Estão lá as duas ensinando política, ensinando economia, ensinando candidatos e o próprio Presidente da República a se comportar. O mais interessante é que agora resolveram ensinar a oposição a ser oposição. Antes, buscavam ensinar o Presidente da República a governar. Como parece que o sujeito desembarcou dessa furada, passaram a dar suas dicas diretamente para a oposição. Só que agora estão revoltadas com a oposição. É o caso da Miriam Leitão, hoje. Passa um pito, dá uma chamada, enquadra a oposição.

III
Nassif, hoje, aborda essa questão dos líderes da oposição se tornarem repetidores do discurso da mídia. A mídia inventa ou amplifica um fato, e sai atrás de alguém para repercutir esse suposto fato. Assim foi com a febre amarela, com a gripe A, com a ex-secretária da Receita Federal ou questões relativas à economia e, sempre, críticas a políticas sociais ou às iniciativas chamadas “anticíclicas” de combate à crise. Ou seja, a grande mídia cria uma pauta para a oposição. E a oposição, para ficar na mídia, segue essa pauta. O governador José Serra, no entanto, segundo a análise de Nassif, hoje, desembarcou dessa. Serra é um homem de história política: foi presidente da UNE até 1964, foi para o exílio, teve atuação política vigorosa quando do seu retorno do exílio. A rigor, é um homem que teve, sim, uma trajetória de confronto com a ditadura militar e de luta pelo restabelecimento da democracia. Parece que Serra se deu conta de que estava seguindo uma pauta construída pelos que lhe obrigaram a ir para o exílio, pelos que defenderam a ditadura.

IV
Esses jornalistas, portanto – no caso, essas jornalistas – resolveram, hoje, criticar pesadamente a oposição porque os pré-candidatos, nos últimos tempos, não têm feito tudo exatamente como elas queriam. Por exemplo, se depender desses jornalistas, a oposição deve fazer um discurso aberto e claramente pela entrega do pré-sal às multinacionais. Só que esses pré-candidatos são políticos, têm contato com o povo, com as diversas representações, e já se deram conta de que algumas das bandeiras defendidas pelas tais jornalistas são uma infelicidade política completa, um verdadeiro enterro político. E aí que resolveram não embarcar mais automaticamente em qualquer discurso da imprensa.

V
E volto à questão do psicopata: a rigor, a rigor, o que a grande imprensa precisa não é de um poítico. Precisa de um ator, apenas, que faça o papel de candidato a Presidente da República e, após, que faça o papel de Presidente da República. Quanto ao roteiro, será escrito integralmente pela própria grande imprensa. É a conclusão a que se chega.

Fonte: Castagna Maia

Dilma e o preconceito. Do Espaço Aberto.

O que ela disse

“É preconceito contra a mulher. Eu posso ir para a cozinha, cozinhar os projetos. Agora, na hora de servir, não posso nem ver?”

Dilma Rousseff (na foto), ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata a presidente da República pelo PT, rebatendo acusações de que estaria antecipando a campanha eleitoral de 2010, ao fazer viagens pelo Nordeste.

Do Espaço Aberto.

Banpará assina acordo dia 30, sexta-feira, às 7 da noite, na sede do Sindicato.






Está confirmado. Na próxima sexta-feira, dia 30 de outubro, às 19h, na sede do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, será assinado o acordo coletivo do Banpará para o período 2009/2010.

Aos companheiros e companheiras do Banpará, juntamente com seu Sindicato, fica a certeza da missão cumprida com o final da greve, pois fomos às ruas mostrar nossa união, força e coragem, suamos nossas camisas e conquistamos o melhor acordo assinado em todo o país.

Deixamos registrado, na história do Banpará, a maior adesão espontânea ao movimento grevista pelos funcionários em todo o Estado, pois sabemos que a greve nada mais é do que um instrumento de pressão, um direito que tem o trabalhador de usá-lo quando necessário.

O que buscamos foi justiça, um canal de comunicação com os gestores do banco e uma mesa de negociação que atendesse aos nossos anseios e o acordo específico do Banpará foi o resultado dessa busca.

Veja a íntegra da nota do Sindicato clicando aqui.

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E releia o que o Arte Bancária publicou logo após a aceitação da proposta pela categoria, o fim da greve diante do melhor acordo negociado em todo o país. A luta continua pois, para que tenhamos melhores condições de vida e trabalho, é preciso orar e vigiar! São ganhos da luta e da unidade o PCS, o Comitê de Relações Trabalhistas, o horário amamentação, a licença maternidade e a PLR maior e mais justa!


Por que foi uma baita vitória da luta o acordo do Banpará.

Carta dos diretores da Fetec-Centro Norte, Sérgio Trindade e Vera Paoloni, aos colegas do Banpará.

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Companheiro e companheira do Banpará,

Permite que te chamemos de companheiro, aquele que compartilha o pão junto com a gente.

Porque temos compartilhado, juntos, este pão da construção da luta e de bons resultados no Banpará. E isso não é de agora.

Hoje, um dia depois de 15 dias de greve, a categoria volta ao batente. E volta de alma lavada, porque conquistou mais direitos, com unidade e muita luta. Sem ter que pagar horas, tendo abono das faltas, sem revanchismo. O funcionalismo volta ao trabalho íntegro, feliz, com mais direitos, avanço na valorização do salário e, com dinheiro no bolso.

Nós, da Fetec-Centro Norte, ficamos felizes em ter ajudado a construir esse caminho de alegrias, de sucesso e de melhoria para o todo o funcionalismo do Banpará.

No que este acordo é muito bom:

· Na PLR, que foi além da Fenaban. A da Fenaban é 90% do salário + R$ 1024,00 + 2% de adicional sobre o lucro líquido, independente do crescimento do banco.

· No Banpará, essse paradigma foi quebrado: além dos 90% da remuneração + R$ 1024,00 + 2% chegamos a 4% do lucro líquido e mais um tíquete extra de R$ 410,00 na primeira parte da PLR e outro de R$400,00 na segunda distribuição, em final de fevereiro,ou início de março de 2010. E o adiantamento de R$1.000,00 (mil reais) na conta hoje, na sexta-feira, dia do retorno ao trabalho e a dois dias do Círio. Os 6% de reajuste virão sobre todas as verbas, inclusive tíquete, cestão, auxílio creche etc. Os 2% a maisno.adicional da PLR significam R$590,34 para cada colega.

· Abono dos dias parados: Na Fenaban, os dias da greve serão compensados até 15 de dezembro. E no Banpará foi totalmente abonada os dias de greve, sem retaliação, sem revanchismos;

· A licença maternidade será de 180 dias e o horário de amamentação de 1 hora até 270 dias, conforme nossa reivindicação;

· Sobreaviso: será pago a quem ficar de sobreaviso, independentemente de haver alguma ocorrência e o retroativo ao acordo também será pago;

· Comitê de Relações Trabalhistas - Comitê paritário que debaterá todas as situações do mundo do trabalho: assédio moral, condições de trabalho, segurança, enfim, todas as questões que vives no teu local de trabalho, que te inquietam e que agora estarão em debate, para encontrar uma solução.

· Turno ininterrupto – criar condições efetivas que permitam que quem hoje trabalha em sistema de rodízio constante, ora de manhã, ora de tarde, ora de noite, ora de madrugada, possa planejar a vida, acompanhar o crescimento dos filhos, viver com saúde.

· Ampla defesa no Comitê Disciplinar – o colega que sentir necessidade e vontade de falar diretamente ao Comitê, poderá fazê-lo, expondo seu problema e seu ponto de vista de viva voz.

· Reabertura do canal do diálogo – Nós buscamos o tempo inteiro a unidade da categoria e a reabertura do canal do diálogo, que estava interrompido. Graças a Deus, o canal foi reaberto, as três rodadas de negociação demonstraram avanço constante, até a construção final do acordo. Fica aqui onosso muito obrigado a todas e todos os de boa vontade que atuaram decisivamente para reabrir o diálogo. Que se fez efetivo!

Com certeza, teremos muitas lutas pela frente e é preciso manter a chama da unidade e da luta! Para podermos conquistar novas vitórias!

Hoje, vamos comemorar a nossa estrondosa vitória! Porque é muito bom ganhar e ganhar bem, com alegria e com muita unidade e luta!

Por último e com o coração romeiro, desejamos um feliz Círio e que a esperança, a fé e alegria que nos contagiam neste período, nos dê muita energia para continuar lutando, juntos, por um mundo melhor, menos desigual e com oportunidades iguais para todas e todos.

Um abraço quente como a ternura, como diz nosso poeta amazônico Thiago de Mello.

Sérgio Trindade,

Vice-pte. da FETEC, fone: 8118.1815

Vera Paoloni

Diretora da FETEC, fone: 8832.1354

Acesse www.artebancaria.blogspot.com

Fonte: Sind Banc Pa/AP com redação da Arte Bancária

Esquerda vence outra vez

No blogue do Colunão, de Walter Rodrigues, sob o título acima:

Esquerda vence outra vez
Os 48% de votantes no ex-guerrilheiro tupamaro Pepe Mujica não bastaram para elegê-lo presidente do Uruguai neste domingo, mas indicam a tendência quase inevitável do 2o turno, no próximo dia 29/11. Seu principal adversário, Luiz Alberto Lacalle, do Partido Nacional ― o equivalente ao PSDB do Brasil ― ficou com 30%.

É muito improvável que a esquerda não consiga os 2% que lhe faltam entre os 22% de eleitores que escolheram outros candidatos.

Mujica concorre pela Frente Ampla, chamada erroneamente de “colcha de retalhos” pelo Estadão de São Paulo, quando se trata de uma coligação com nítido predomínio da esquerda. Ela é formada por comunistas tradicionais, socialistas de matizes diversos, neocomunistas mais ou menos zonzos, “democratas cristãos” e ex-guerrilheiros do Movimento de Libertação Nacional Tupamaros, talvez o mais famoso do gênero na América do Sul.

Como seus congêneres, os tupamaros foram esmagados pela repressão ditatorial militar dos anos 1970, com largo emprego da tortura e dos assassinatos clandestinos. O sadismo dos militares uruguaios rivaliza com os piores exemplos do nazismo. Um dos presídios em que mais se torcia e matava denominava-se, com deboche, Libertad.

Um dos feitos mais famosos dos tupamaros foi o sequestro e posterior execução de Dan Mitrione, um policial norte-americano que ministrou aula de tortura a militares brasileiros e uruguaios. Era tão dedicado ao ofício que certa vez usou a mala diplomática para importar dos EUA umas agulhas de aço especialmente fabricadas para enfiar sob as unhas dos prisioneiros.

A favor de Mitrione, diga-se que morreu como valente. Quando a ditadura uruguaia anunciou que não soltaria os presos que os tupamaros pediam em troca da vida dele, um dos guerrilheiros encarou o gringo:

― E agora?
― Agora vocês vão ter que me matar ― respondeu simplesmente.

Lula na bandeira

Pepe Mujica é senador e adota o discurso moderado que os novos tempos democráticos lhe sugerem. Como em outras eleições centro e sul-americanas, cita Lula como inspiração, ao passo que os adversários tentam associá-lo a Chávez.

Lula e Chávez, entretanto, grandes diferenças à parte, são aliados essenciais contra o imperialismo dos EUA, como mostram os episódios da Bolívia e de Honduras, entre outros.

O atual presidente do uruguai, Tabaré Vásquez, foi eleito há quatro anos pela mesma Frente Ampla de Mujica. A supremacia eleitoral de seu candidato confirma a atual tendência esquerdista do eleitorado sul-americano. Cujo contraponto é o anunciado recriação da Quarta Frota dos EUA nas costas do Brasil, a instalação de bases estrangeiras e a militarização agressiva da Colômbia e o golpe direitista em Honduras.

Plebiscitos

A eleição de domingo foi acompanhada por dois plebiscitos, um para anular a possibilidade de “extinção da punibilidade” dos militares envolvidos em crimes contra a Humanidade, outra para permitir o voto por carta de mais de 400 mil uruguaios (numa população de 10 milhões) residentes no exterior. O governo perdeu em ambas.

Faça-se a ressalva que muitos torturadores e assassinos da repressão foram processados e condenados no Uruguai, ao contrário do que ocorreu no Brasil. Isso pode explicar que o eleitorado, querendo enterrar o passado, ache que já é hora de por fim aos processos. Quanto ao “voto epistolar”, a derrota do governo talvez decorra do intenso nacionalismo uruguaio. Os adversários da proposta alegam que eleições futuras poderiam ser decididas por gente que não mora no país e pode ter interesses diversos dos residentes. (
, 26 de outubro de 2009-)
Fonte: Blogue do Colunão
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