quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Em Parauapebas(Pa), BB, Caixa e Bradesco são máquina de moer gente! É preciso-já mais bancários e mais agências!


Em Parauapebas, também chamado de Pebas, é escandalosa a situação desumana de condições de trabalho no Banco do Brasil, na Caixa e no Bradesco. Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Pará e da FETEC-CN estiveram na região Sul/Sudeste e em toda a área do Carajás. A região sul/sudeste tem 39 municípios, 1,7 milhões de habitantes, graves conflitos agrários, extensa área de mineração da Vale e 28% do PIB do Pará.

O atendimento bancário em Parauapebas é pra lá de precário, pois o número de agências, postos e trabalhadores bancários é insuficiente para a demanda crescente. 

Com o superintendente da Caixa, sr. Kruly, em Marabá.
Os diretores do Sindicato dos Bancários do Pará,  Alan Rodrigues (Caixa);Márcio Saldanha (Santander) e as diretoras Heidiany Moreno (Banpará) e Heládia Carvalho (Bradesco), estiveram a semana passada no Pebas e viram o atendimento de 1.000 pessoas/dia com apenas 3 caixas humanos na Caixa Econômica e no Banco do Brasil. Todos esses pontos foram relatados pelos sindicalistas ao sr. Kruly, superintendente da Caixa em Marabá,em duas reuniões.

Uma 2ª reunião com a superintência da Caixa em Marabá.
O resultado da falta de agências e de mais bancários se traduz em bancários adoecidos e trabalhando sob intenso estresse, com jornadas de 12 horas diárias e inclusive aos sábados. E tanto no BB como na Caixa do Pebas, com o lamentável agravante de assédio moral. No autoatendimento, filas gigantescas!

No Bradesco do Pebas, filas enormes, pouca gente no atendimento.

Fila ainda pequena no BB/Pebas.
Heládia Carvalho, que além de diretora do Seeb-Pa representa a CUT.Pa no Conselho Estadual de Saúde, revela o que viu em Parauapebas: " uma situação de arrepiar. No BB e na Caixa "não há pausa regulamentar e o almoço é apenas engolido pelos colegas que não têm tempo sequer para ir ao banheiro e estão submetidos a jornadas incomuns. Como é possível atender a mil pessoas com apenas 3 a 5 caixas humanos como vimos na Caixa e no BB? Teremos um adoecimento geral desses trabalhadores, tanto físico como mental", revela a sindicalista.

Dentro da ag. do BB/Pebas, o ajuntamento de gente: constante.
Para Heidiany Moreno que é diretora do Seeb-Pa responsável pela coordenação do trabalho sindical na região, "o pico de estresse diário dos colegas vai adoecê-los rapidamente e já existem alguns trabalhando em situação de risco, à beira de um ataque de nervos. Entram no banco às 8 horas da manhã e saem normalmente às 7 da noite, isso nos chamados "dias normais". Já nos dias mais anormais, em que o trabalho consegue aumentar ainda mais, ficam até as 9 da noite! E muitos colegas trabalham aos sábados e de graça, pois sequer o pagamento das horas extras é completo! Mas na verdade, os colegas nem queriam fazer horas extras e sim ter o direito de viver e não apenas trabalhar, trabalhar e sob chicote, como acontece muito no BB e na Caixa do Pebas. 

Heládia, Heidiany, Saldanha e Alan: Seeb-Pa no Pebas.
E Heidiany resume: "o que ocorre em Parauapebas é único no Brasil. Excesso de filas, de lotação,de dinheiro e miséria circulantes. E cada dia, esses contrastes só aumentam! Nas agências temos hoje, mal comparado, espécie de canteiros, depósitos humanos em que colegas adoecem, ficam infelizes e se sentem desvalidos. É urgente uma solução, uma intervenção para essa calamidade que já-já vai ficar maior, pois em junho chegará para Canaã dos Carajás  o SD11, novo projeto da Vale que programa contratar, inicialmente, 30 mil empregos diretos para o projeto de mineração".

Outras situações
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Sérgio Trindade, juntamente com as diretoras Heládia Carvalho (Seeb-Pa) e Vera Paoloni (FETEC-CN), em três dias visitaram 18 unidades bancárias em 7 municípios: Itupiranga (Banpará e BB); Brejo Grande do Araguaia (Banpará e Bradesco); Abel Figueiredo (Banpará e Bradesco); Itinga (Banpará); Dom Eliseu (Banpará, BASA, BB, Caixa e Bradesco); Rondon do Pará (Banpará, BASA, BB, Caixa e Bradesco) e Bom Jesus do Tocantins (BB e Bradesco).

No BB de Bom Jesus do Tocantins, excesso de trabalho, agência ainda incabada, apena sum banheiro para homens e mulheres e muito temor por parte dos funcionários, pela insegurança bancária e pela insegurança pública.
Heidiany e Serginho, no BASA/Marabá.

No Bradesco de Bom Jesus do Tocantins e de Abel Figueiredo,  apenas 1 único e solitário trabalhador em cada posto. Apenas 1 bancário para gerenciar a si próprio e à abertura de contas!

Cafezinho e uma prosa
Não podemos deixar de registrar a acolhida calorosa que tivemos nas 18 unidades bancária. Em muitas provamos do cafezinho e pudemos ter algums "dedos de prosa" onde foi possível. Destacamos o cafezinho gostoso da d. Ida da agência Itupiranga/Banpará e o carinho dos colegas por onde passamos. 
Obrigada. Voltaremos!

Algumas imagens da visita às 18 unidades bancárias em 3 dias
(mais imagens no facebook de Heidiany Katrine e Vera Paoloni. Outras duas equipes percorreram o restante da região).



No Banco da Amazônia (BASA) em Rondon do Pará.

Vera Paoloni (FETEC-CN dá entrevista á Rádio Clube FM de Marabá)

No Bradesco em Brejo Grande do Araguaia.

Na ponte que une os dois estados: Pará e Maranhão e os 2 Itingas.
Na divisa Pará/Maranhão, o posto do Banpará no Itinga.
BB em Dom Eliseu.


Com o time do Banpará em Brejo Grande do Araguaia.

Diante do Bradesco.
 
Caixa Dom Eliseu.
Serginho dá entrevista à TV RBA em Marabá.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Bancários da Caixa em Parauapebas atendem ao público até 7 da noite. Tíquete extra do Banpará: recurso está no prazo!

Banpará e tíquete extra - O Sindicato dos Bancários do Pará tem prazo até 25 de fevereiro para entrar com recurso na justiça em relação ao tíquete extra. O Sindicato recorrerá em todas as instâncias para reaver esse direito que foi confiscado unilateralmente pela diretoria do banco no ano passado. A audiência estava prevista para o dia 14, mas a juíza resolveu antecipar a sentença para o dia 7 e só notificou formalmente as partes (banco e sindicato) no dia 14, quando passou a ser contado os prazos para recurso. É indispensável a citação das partes para que corram os prazos. O que passar disso é fofoca com um assunto tão grave e de tanta importância ao funcionalismo do Banpará e ao seu sindicato de classe!

Parauapebas: bancários da Caixa trabalham até 7 da noite - As diretoras do Sindicato dos Bancários do Pará, Heládia Carvalho e Heidiany Katrine e mais o diretor Alan Rodrigues estiveram hoje em Parauapebas fsicalizando as condições de trabalho nos bancos. No BB, excesso de trabalho e uma consulta ao caixa eletrônico demorava 1 hora. Na Caixa, até as 7 da noite havia atendimento ao público e com agência fechada às 3 da tarde! O ar condicionado não dá vencimento e são extensas as filas. Sindicato dos Bancários do Pará e FETEC-CN têm audiência amanhã cedo em marabá com o superintendente da Caixa para exigir providências imediatas para o sufoco diário que passam os colegas no interior do banco.

GT-PCS do Banpará reinicia atividades dia 26/fev - Após a audiência entre banco e Sindicato/FETEC-CN/Contraf-CUT, foi restabelecido o cronograma de atividades dos comitês que ainda não tinham data de funcionamento em 2013. No dia 26, haverá a 1ª reunião deste ano do GT-PCS. Será às 10 horas, na Matriz do banco.

Valmir Rossi tomou posse hoje no BASA. CUT.Pa e Sindicato reivindicaram reunião - Com a saída de Abidias Jr., tomou posse hoje o novo presidente do Banco da Amazônia, Valmir Rossi. A CUT.Pa e o Sindicato dos Bancários estiveram presentes ao vento e protocolaram documentos solicitando reunião, pautando assuntos de interesse do funcionalismo do BASA e da classe trabalhadora no Pará. Clique aqui.
Vera Paoloni (FETEC-CN e CUT.Pa) e Serginho Trindade (Seeb-Pa) na posse do novo presidente do BASA.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Restabelecida a mesa permanente de negociação com o Banpará, após longo silêncio. Aguardemos que se efetive o diálogo.

Foi iniciada a retomada de diálogo entre movimento sindical e Banpará na tarde de hoje, quando FETEC-CN, Sindicato dos Bancários do Pará e Contraf-CUT foram recebidas em audiência pela diretora administrativa do Banpará, Márcia Miranda. 

O Banpará era o único banco que não tinha ainda recebido o movimento sindical para dar continuidade à mesa permanente de negociação, rito natural entre capital x trabalho. E o silêncio só foi rompido após atos públicos feitos pelo Sindicato/FETEC-CN e Contraf-CUT e intemediação de deputados da Assembleia Legislativa do Pará. 

O maior avanço foi  o começo da retomada do diálogo. Para que este seja efetivo e completo é necssário voltar à pauta do banco a devolução do tíqueteconfiscado na última campanha salarial, bem como a progressão por antiguidade que deveria ter saído em janeiro/2013 e que tem até ação na justiça movida pelo Sindicato dos Bancários do Pará buscando garantir o direito.

Dos avanços que registramos: o pagamento da comissão de caixas que era uma reivindicação do movimento; a retomada dos comitês e o restabelecimento da mesa permanente de negociação.

No sítio dos bancários Pará a matéria completa.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Justiça nega o tíquete extra ao funcionalismo do Banpará. Reunião com o banco dia 15. No Basa, dia 18 assume o novo presidente e há muita reivindicação a ser apresentada. Eleições no BASA e Banpará.

A semana bancária começou ontem, ao meio-dia, com o retorno ao trabalho, após o feriadão de carnaval.  Agências lotadas, muita sobrecarga de trabalho. E a agenda de retorno também é pesada e com muita energia!
  •  Reunião no Banpará dia 15 -Nesta sexta-feira 15, às 3 da tarde, direção do Banpará recebe o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e FETEC-CN em audiência, após meses de silêncio em relação às reivindicações do funcionalismo do Banpará. Foi preciso ato público e intermediação da Alepa- Assembleia Legislativa do Pará para que a diretoria do banco saísse da posição de estátua. A FETEC-CN estará na audência e a pauta é extensa e precisa ser vencida.

  • Tíquete negado na justiça -E ainda sobre Banpará, a  Justiça do Trabalho (16ª Vara, juíza Erika Bechara) negou provimento à ação que o Sindicato dos Bancários do Pará moveu contra o banco, reivindicando o tíquete extra que foi confiscado na última campanha salarial. A sentença que seria dada hoje, foi antecipada e saiu a 7 de fevereiro. Sindicato vai recorrer da decisão e o tema volta à pauta sindical!

  • Pte. do BASA assume dia 18 - No BASA, dia 18 assume o novo assume, Valmir Pedro Rossi, ele também do BB, assim com Abdias Jr. A pauta que a ContrafCUT, FETEC-CN e Seeb-Pa levam a Valmir Rossi é extensa e inclui ponto eletrônico, PCS, condições precárias de muitas agências, o não-pagamento de horas extras, dentre outros. Valmir Rossi foi já denunciado, em 2008, pela Contraf-CUT como assediador.
  •  Eleição no BASA - Abriu hoje e vai até o dia 19/2 a inscrição para conselheiro eleito do BASA. A eleição e campanha é  em dois turnos  e resultado final dos 2 turnos sai dia  20 de março. Após a eleição, o novo conselheiro vai ter seu nome ratificado na assembleia geral dia 12 de abril.

  • Eleição na Afbepa - E estão abertas até 4 de março as inscrições para a direção da Afbepa - Associação dos Funcionários do Banpará. A eleição será no dia 13 de março.
  • Campeãs do carnaval - CUT foi homenageada pela escola Colorado do Brás, que venceu em SP e em 2014 irá concorrer ao grupo especial. E Em Brasília, venceu a Acadêmicos da Asa Norte, escola que em 2011 levou o tema dos 50 anos do Sindicato dos Bancários de Brasília. Parabéns a todas elas e também à Vila Isabel, vila de Noel, de Martinho...
Boa semana! E boa luta!

Muita água - Em Belém, choveu muito ontem e há muitas áreas alagadas. No vídeo abaixo, em entrevista ao vivo que a TV Liberal não repetiu, a justa e indignada reclamação de uma mulher que perdeu tudo na chuva, até a elementar condição de etr direito a usar um banheiro. Assista:



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Abidias Jr. deixa o BASA. Já vai... Um bom carnaval!!!

* VAI ABIDIAS - Abidias Jr. já não é mais o presidente do BASA. A exoneração foi publicada hoje no DOU - Diário Oficial da União.  Mas vem - de novo! - do Banco do Brasil o novo presidente: Valmir Rossi.  A saída de Abdias deixa o funcionalismo do Banco da Amazônia com o coração mais leve pra pular o carnaval. O "FORA ABDIAS" foi lançado pelo Sindicato dos Bancários do Pará. É que na gestão do agora ex-presidente a truculência foi o tom nas relações com as entidades sindicais. CUT.Pa denunciou para a presidenta Dilma a falta de diálogo do BASA, Banpará e BB.

Aqui, o enterro simbólico do Abidias Jr. feito pelo Sindicato dos Bancários do Pará na campanha salarial/2009. Saca o vídeo!
 

* PLR - Só o Bradesco pagou a PLR nesta sexta-feira. Santander paga dia 20. Banpará não antecipou e Itaú informa que pagará em 1º de março, último

* GOL DE PLACA - Sindicato dos Bancários do Pará fez verdadeiro gol de placa ao obter liminar na justiça no dia 7 cancelando o nefasto plano perpretado pela diretoria do BB contra o novo plano de reestruturação da empresa. Dia 20 tem ato público nacional contra o plano do BB. Detalhes da ação, aqui.

*BASA EM ELEIÇÃO - Dia 13 sai o regulamento do processo eleitoral que vai eleger o novo membro do Conselho de Administração do BASA. O eleito será confirmado em assembleia dia 12 de abril.

* ELEIÇÃO AFBEPA - Até 4 de março, a inscrição para eleger diretoria da Afbepa - Associação dos Funcionários do Banpará. A eleição acontecerá em 13 de março.

* REUNIÃO NO BANPARÁ - Ficou para depois do Carnaval  a reunião entre Sindicato, FETEC-CN e diretoria do Banpará. O Banpará é o único banco que não dialogou com o movimento sindical após a campanha salarial. E para ser agendada essa reunião, foi preciso ato público e intermediação da Assembleia Legislativa do Pará!

 * Conferência do Sistema Financeiro - CUT Nacional foi recebida em audiência pela presidenta Dima no dia 5 de fevereiro. A presidneta acatou a proposta da Contraf-CUT em realizar a Conferência do Sistema Financeiro Nacional, assunto que vem sendo reivindicado pela Confederação há mais de um ano e pedido reafirmado no documento que a CUT.Pará entregou à presidenta Dilma no dia 1º de fevereiro, em Castanhal.Pa.

 Um bom carnaval com muita folia, muita alegria! O blog faz uma pausa até quarta-feira de Cinzas. 

Pra vocês, PLATAFORMA, do e com João Bosco.
 

  
O "FORA ABIDIAS", campanha de 2011 do Sindicato dos Bancários do Pará.
 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Clonagem no tíquete do BASA; Banpará recebe sindicalistas após o carnaval. Mais um assalto: agora, no BB de Uruará. E a luta continua...

* Repudiando o autoritarismo  e falta de diálogo da diretoria do Banpará que não recebe o movimento sindical desde o final da campanha salarial, em outubro/2012 e tem ferido direitos dos trabalhadores, Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e FETEC-CN fizeram ato público hoje pela manhã defronte da Matriz do banco e, em seguida, lideranças sindicais foram até a Alepa - Assembleia Legislativa do Pará solicitar intermediação dos deputados estaduais para que o presidente do Banpará receba as entidades sindicais e restabeleça a mesa permanente de negociação.

* Sindicalistas foram recebidos na Alepa pela bancada do PT (deputados Alfredo Costa, Carlos Bordalo e Edilson Moura) e entregaram o documento com o histórico dos confiscos que o funcionalismo do Banpará vem sofrendo e solicitaram a intermediação do deputado José Megale PSDB). Antes do término da sessão, Megale informou às sindicalistas que o Sindicato pode agendar a reunião que será recebido pelo presidente do Banpará após o carnaval. Leia mais aqui, no sítio dos Bancários Pa.

* Clonagem no tíquete do BASA - O tíquete-alimentação do funcionaliso do BASA, o Vale Card tem sido clonado e até diretor do banco e altos executivos já forma surrupiados no saldo de alimentos constante do tíquete. Internamente o banco pesquisou o nivel de satisfação do funcionalismo com o Vale Card e a respostas foi uma tijolada: mais 90% dos votantes disseram NÃO  ao Vale Card. 

O problema mais grave é o da clonagem, mas o Vale Card tem outros agravantes: 
- quase nenhum supermercado aceita o tíquete,a rede credenciada é mínima. 

Agora, bancários e bancárias do BASA reivindicam cancelamento imediato do Vale Card e que seja chamado o segundo colocado na licitação, que é o Sodex. Por sinal, o Sodex era o prestador desse serviço antes e com ótima aceitação do funcionalismo. Teme o funcionalismo que a diretoria do BASA não adote nenhuma medida e que os trabalhadores fiquem sem seus alimentos, devido à clonagem.

A relação ruim de trabalho e diálogo com as direções dos bancos da Amazônia, BB e Banpará foi denunciado pela CUT.Pa e Sindicato dos Bancários do Pará em documentos entregues à presidenta Dilma no dia 1º de fevereiro/2013, em Castanhal.Pa.

CUT.Pa (Martinho Souza e Vera Paoloni) e Rosalina Amorim (Seeb-Pa) conversam com a presidenta Dilma em Castanhal.Pa e entergam documentos. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR



Assalto em Uruará. Foto: Valdeci Mecca/G1
Assalto no BB de Uruará - Contrariando as estatísticas  do governo do Pará que diz ter reduzido a criminalidade, hoje aconteceu mais um violento assalto a banco com tiroteio e reféns. Foi na agência do BB em Uruará. O ponto da insegurança foi destacado no documento que a CUT.Pa entregou à presidenta Dilma dia 1º/fev. em Castanhal.


Imagens do ato público no Banpará e visita à ALEPA
Sindicato e FETEC-CN denunciam o confisco dos direitos: promoção por antiguidade, tíquete extra...
.. e exigem que a diretoria do Banco valorize o funcionalismo.

Na Assembleia Legislativa do Pará, com deputado Alfredo Costa (PT.Pa)

...com deputado Edilson Moura (PT.Pa)

... e com o deputado Carlos Bordalo (PT.Pa).


Durante a campanha nacional dos bancários, em 2012, FETEC-CN denunciando as condições de trabalho

... e na greve 2012, a luta por melhoria de condições de trabalho, salários e valorização! (Fotos: Ticiane Rodrigues)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

CUT.Pa e bancários entregam documentos à presidenta Dilma denunciando péssimas condições de trabalho no BB, BASA e Banpará e reivindicando um olhar atento, ágil e efetivo para os problemas do povo do Pará.

A CUT.Pará entregou à presidenta Dilma hoje o documento mais abaixo, em que faz um apanhado de graves problemas porquem passam a classe trabalhadora e a população paraense. Destaca o documento  trabalho escravo, a paralisia no Programa Luz para Todos, o avanço do agronegócio e a urgente necessidade de se ter recursos para efetivar a reforma agrária e o combate à grilagem. E que o governo federal precisa ter um olhar especial para a Amazônia, o Pará e os amazônidas.

A Central destacou ainda que urge realizar uma conferência do Sistema Financeiro Nacional para debater o papel dos bancos para o desenvolvimento do Brasil e do povo brasileiro. E relacionou males que precisam ser atacados como a terceirização, a precarização do trabalho. E denunciou as péssimas condições de trabalho, diálogo com direções dos bancos como o Banco do Brasil, BASA e Banpará.

E enfatizou a situação de insegurança em que vive a população do Pará, com altos índices de violência.

CUT.Pa e delegação do Sindicato dos Bancários do Pará entregaram documentos à secretaria da Presidência da República e conversaram rapidamente  com a presidenta, minutos antes dela embarcar de volta de Castanhal.Pa para Brasília. Em Castanhal, a presidenta Dilma entregou 1.080 casas no residencial Jardim Ipês,  casas que integram o  Programa Minha Casa Minha Vida.

 A carta da CUT.Pa:

Castanhal(Pa, 1º de fevereiro de 2013.


Exma. Sra. Presidenta da República
DD. Dilma Rousseff


Senhora Presidenta,


Acolhendo-a hoje no Pará, temos a honra de cumprimentar V.Exa.  por mais uma leva de casas próprias do acertado Programa Minha casa Minha Vida, desta vez em Castanhal(Pa).  E aproveitamos a oportunidade para apresentar a pauta sindical da CUT em nosso Estado:

Na área dos grandes projetos como Belo Monte, por exemplo, campeia e está generalizada a terceirização, com precarização do trabalho, acidentes, adoecimento de toda natureza, danos à vida e ao meio ambiente  e quase nenhuma atuação/proteção de Estado, ficando os trabalhadores à mercê dos consórcios, quase sem nenhuma regulação, fiscalização e direitos!

Trabalho escravo - A par disso, o Pará que em 2011 havia deixado de ser o campeão permanente do ranking do trabalho escravo, em 2012 voltou ao topo do ranking em todos os critérios: número de casos (50), número de trabalhadores envolvidos (1244) e número de libertados (519). É necessário uma ação firme e contínua  do poder público em relação a essa triste e indigna estatística que fere a dignidade e os direitos humanos .

 Combate à grilagem - Também, urge ter mecanismos permanentes para combater a grilagem e a violência no campo que, ao longo dos últimos 20 anos, ceifou a vida de dezenas de trabalhadores rurais que defendem diretamente o direito de permanecer em sua terras, defender a preservação da Biodiversidade e o controle do clima no planeta.

Agronegócio x agricultura familiar - Ressaltamos que no Pará há um avanço desenfreado do agronegócio, colocando em risco a agricultura familiar, a produção familiar,  o direito à terra, à moradia e à vida  digna.

Reforma agrária - Mais que nunca, senhora presidenta, urge garantir recursos para a reforma agrária para a criação de novos assentamentos e a estruturação dos assentamentos já criados. Houve corte muito grande de recursos nessa política, quase inviabilizando a tímida reforma agrária já realizada.

Propomos ainda a abertura de editais de contratação para entidades de assistência técnica e extensão rural dentro e fora dos assentamentos para viabilizar a prestação desse serviço, possibilitando a qualificação dos agricultores/as familiares e, consequentemente, maior renda no campo. E que sejam ampliados os recursos para o Programa Nacional de Habitação Rural no Pará.

Paralisia no Luz para Todos - Sobre energia elétrica, informamos que o sistema elétrico referente à área de concessão da CELPA (Centrais Elétricas do Pará), recebeu generoso aporte de recursos públicos oriundos de programas do governo federal com a finalidade de universalizar os serviços como o LUZ PARA TODOS.  Todavia, é crítica a qualidade das obras executadas pela Celpa nos municípios dada as distâncias continentais do Pará e as dificuldades de infraestrutura em nossa região, associado à falta de mão de obra própria e qualificada, bem como há inúmeras reclamações do tempo de espera para restabelecimento do sistema, chegando em alguns casos a mais de 3 dias. A coordenação do programa no Pará não funciona e o programa está parado no momento, desde que o Grupo Rede apresentou pedido de recuperação judicial no início de 2012. Apontamos como emergencial a reativação do Programa Luz para Todos no Estado do Pará, buscando universalizar a eletrificação rural.
Na área da Educação, a CUT reafirma que é necessário que os 10% do PIB para educação seja de imediato e que não se espere até 2020 para chegar a esse percentual. E que a política educacional seja para o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras em educação.

Conferência do Sistema Financeiro já! – É urgente que se realize uma conferência nacional do Sistema Financeiro para discutir o papel dos bancos no país, o crédito e para que serve o sistema financeiro. E implementar urgente diálogo nos bancos como Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banpará, que têm péssimas condições e relações de trabalho !

Dirigentes do Sindicato dos Bancários, da FETEC-CN, da Contraf-CUT e da CUT.Pa na atividade de entrega de coumento à presidenta Dilma hoje em Castanhal.Pa. Fotos: Ticiane Rodrigues
Na área de segurança pública, o Pará contabiliza hoje um dos maiores e crescentes índices de violência contra jovens, crianças e mulheres, gerando insegurança às famílias e quase nenhuma ação de governo e de Estado no sentido de dar proteção, educação, ressocialização e principalmente recolocação dos reabilitados no mercado de trabalho Dos 144 municípios, em 28 não existe delegado de polícia e em 19, sequer existem delegacias. Estas, não têm condições mínimas de prestação de serviço e os profissionais são mal pagos. Há carência extrema de políticas públicas para inclusão de juventude, além de quase nenhum investimento em inteligência e qualificação de pessoal.

Quanto ao saneamento básico e ambiental, hoje os índices de abastecimento de água no estado estão em torno de 60%,  bem abaixo da média nacional que é 85% a 90. Já o Esgotamento Sanitário praticamente inexiste no Pará, com cobertura de apenas 5% concentrado na capital. Importante ressaltar que  143  municípios do Estado ainda não implementaram a nova lei de tratamento dos resíduos sólidos, correspondente a coleta, destinação e tratamento. Apesar dos vultosos recursos destinados pelo governo federal para o saneamento básico no Estado a população sofre com a falta da prestação do serviço. Há carência de investimentos, de fiscalização, de profissionais concursados e exagero de terceirização, principalmente nas atividades-fim.

Logística -E para que o Pará supere a condição de almoxarife e tenha condições de verticalização do aço com a construção da primeira siderúrgica de grande porte do Pará, a Alpa (Aços Laminados do Pará), é preciso que seja reincluída ao PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - uma obra crucial que está parada desde 2011. Trata-se do aprofundamento de um trecho do Rio Tocantins, perto de Itupiranga onde a passagem de grandes navios de carga é impossível atualmente.  Ali há um pedral, o Pedral do Lourenço, que precisa ser derrocado para garantir a navegabilidade do rio e a logística para o transporte hidroviário. Para que flua a navegação e melhore a condição de vida da população do Pará.

 Enfim, Exma. senhora Presidenta, a CUT.Pará e seus 152 sindicatos filiados, reivindicam do governo federal um tratamento  mais inclusivo, mais atento, mais ágil e respeitoso no atendimento aos muitos problemas do povo do Pará e da classe trabalhadora. A CUT.Pa construiu uma Plataforma de Ações de políticas Públicas com base nas necessidades e especificidades de cada região para serem dialogadas e implementadas nos municípios, porém, este diálogo precisa  acontecer e já! É preciso tirar do papel as ações e melhorar  as condições de vida e trabalho da população paraense, amazônida!
  

 Saudações democráticas,


Martinho Souza                                Vera Paoloni                                     Carlos Augusto Silva
Pte. CUT.Pará                                    Dir. Comunicação                           Pte. Fetagri.PA

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A carta-denúncia do Sindicato dos Bancários do Pa. sobre terríveis condições de trabalho no BB

A presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, juntamente com a diretora da Fetec-CN e CUT.Pa, Vera Paoloni e mais o presidente da CUT.Pa, Martinho Souza, entregaram hoje à presidenta Dilma o documento a seguir em que denuncia claramente o horror que tem vivido o funcionalismo do banco do Brasil.

Confira:  

A denúncia firme do Sindicato dos Bancários do Pará: o BB está massacrando seus funcionários.


Belém (PA), 1 de fevereiro de 2013.


A Excelentíssima Senhora
Dilma Rousself
Presidenta da República Federativa do Brasil
Palácio do Planalto
Brasília - DF
               
Assunto: Carta de repúdio à diretoria do Banco do Brasil.           
   
Senhora presidenta,
  
Excelentíssima Senhora Presidenta Dilma Rousseff, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Pará, busca expressar a preocupação com mudanças nas relações de trabalho ocorridas no Banco do Brasil com seus funcionários promovidas pela atual direção da instituição.
Frustra-nos informar-lhe que a atual direção do BB, formada em grande parte por funcionários de carreira, tem se encarregado de desconstruir não só as conquistas da campanha salarial de 2012, mas, principalmente, de ressuscitar práticas da administração pública neoliberal de governos passados.
   
           Reconhecemos a atuação de Vossa Excelência pela redução dos juros e spreads bancários, além do combate aos efeitos da crise financeira mundial com o direcionamento adequado dos bancos públicos para fortalecimento da economia nacional. Em parte, isso foi possível, devido à existência de instituições financeiras públicas, que foram duramente atacadas no processo de privatização dos anos 1990 e mantidas graças à mobilização dos trabalhadores, incluídos aí os funcionários do BB, que resistiram às demissões, ao arrocho e sucateamento, entre outras coisas. 

Em contrapartida, lamentavelmente, constatamos que as iniciativas da atual gestão do BB não são fiéis nem à sua própria campanha presidencial nem à discussão acumulada nos últimos anos, representando, na melhor das hipóteses, uma gestão burocrática que busca resultados de curto prazo de forma desastrosa e pouco sustentável, o que representa um retrocesso deliberado.

Em 2003, a esperança venceu o medo. Agora, porém, dirigentes do banco impõem o terror utilizando-se do expediente de perseguir e retaliar militantes sindicais e grevistas. Para isso alteraram normas, estabelecendo o cancelamento de férias, abonos, folgas, cursos para grevistas; obrigam os “administradores” a exigirem a compensação integral de horas, mesmo sem a necessidade da prestação do serviço, com humilhações e coação diária para assinarem “cartinhas”, não respeitando nem a condição de gestantes ou lactantes. Para coroar a obra, editaram um boletim interno, assinado por dois diretores, com a ameaça de instaurar processos administrativos.

Em 2012, o Banco do Brasil editou normas internas para facilitar a demissão por ato de gestão e o descomissionamento sem justificativa plausível, trazendo insegurança jurídica nas relações de trabalho e ampliando os prejuízos com demandas judiciais por danos morais. Chegando ao absurdo de descomissionar sem motivo autor de ação trabalhista e também o preposto do próprio banco.

Também em 2012, a diretoria do Banco do Brasil implementou, na cidade de Belém, um normativo que faz com que os caixas da empresa não saibam onde irão trabalhar no dia seguinte, fazendo com que os mesmos tenham que se deslocar diariamente e de forma urgente, inclusive a locais muito distantes de onde residem, caso não queirão perder sua função. Prejudicando demasiadamente as atividades do cotidiano desses trabalhadores, sobretudo, as atividades como estudos e o convívio familiar.

Assim, o ano de 2012 será lembrado pelos funcionários e militantes sindicais do BB pelo autoritarismo imposto pela direção da empresa, pela perseguição e retaliação pública aos grevistas e aos que cobram judicialmente seus direitos trabalhistas sonegados durante anos pela negligência em resolver o problema com a jornada legal dos bancários, que faz acumular um passivo trabalhista bilionário.

            Entretanto, também lembraremos 2012 pela resistência ao autoritarismo do Banco do Brasil, da luta nacional contra o assédio moral e pelas conquistas acumuladas nos 20 anos de celebração da Convenção Coletiva de Trabalho – CCT. O ano de 2012 também foi importante pela conquista de isenção do imposto de renda sobre a PLR (Participação dos Lucros e Resultados).
        
    Para coroar a péssima e irresponsável gestão da direção do Banco do Brasil no quesito relações de trabalho, no dia 28 de janeiro de 2013, o banco divulgou um novo normativo que permite a redução salarial de mais de 22 mil trabalhadores em todo o Brasil. Trabalhadores esses que foram aprovados em concurso público e sempre dedicaram suas vidas a servir aos interesses da empresa e que deveriam também ser os interesses da nação brasileira.

            Informamos ainda a Vossa Excelência que o funcionalismo do Banco do Brasil no Estado do Pará acumula problemas crônicos como: falta de funcionários, o que implica em imensas filas no Banco; falta de investimento em segurança, levando a seqüestros, assaltos e mortes, tanto de clientes quanto de funcionários; além de assédio moral praticado por gestores locais que são despreparados em lidar com trabalhadores e com pessoas.
           
           
            Nós do Sindicato dos Bancários do Pará, pretendemos, além de denunciar todos esses problemas, que, de fato, a Presidência da República interfira e tome posse no BB, estabelecendo relações de diálogo e respeito à luta e às conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras, que sempre defenderam um banco público a serviço do Brasil e dos brasileiros e brasileiras.

            Atenciosamente,

Rosalina do Socorro Ferreira Amorim
Presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará

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