quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Em Parauapebas(Pa), BB, Caixa e Bradesco são máquina de moer gente! É preciso-já mais bancários e mais agências!


Em Parauapebas, também chamado de Pebas, é escandalosa a situação desumana de condições de trabalho no Banco do Brasil, na Caixa e no Bradesco. Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Pará e da FETEC-CN estiveram na região Sul/Sudeste e em toda a área do Carajás. A região sul/sudeste tem 39 municípios, 1,7 milhões de habitantes, graves conflitos agrários, extensa área de mineração da Vale e 28% do PIB do Pará.

O atendimento bancário em Parauapebas é pra lá de precário, pois o número de agências, postos e trabalhadores bancários é insuficiente para a demanda crescente. 

Com o superintendente da Caixa, sr. Kruly, em Marabá.
Os diretores do Sindicato dos Bancários do Pará,  Alan Rodrigues (Caixa);Márcio Saldanha (Santander) e as diretoras Heidiany Moreno (Banpará) e Heládia Carvalho (Bradesco), estiveram a semana passada no Pebas e viram o atendimento de 1.000 pessoas/dia com apenas 3 caixas humanos na Caixa Econômica e no Banco do Brasil. Todos esses pontos foram relatados pelos sindicalistas ao sr. Kruly, superintendente da Caixa em Marabá,em duas reuniões.

Uma 2ª reunião com a superintência da Caixa em Marabá.
O resultado da falta de agências e de mais bancários se traduz em bancários adoecidos e trabalhando sob intenso estresse, com jornadas de 12 horas diárias e inclusive aos sábados. E tanto no BB como na Caixa do Pebas, com o lamentável agravante de assédio moral. No autoatendimento, filas gigantescas!

No Bradesco do Pebas, filas enormes, pouca gente no atendimento.

Fila ainda pequena no BB/Pebas.
Heládia Carvalho, que além de diretora do Seeb-Pa representa a CUT.Pa no Conselho Estadual de Saúde, revela o que viu em Parauapebas: " uma situação de arrepiar. No BB e na Caixa "não há pausa regulamentar e o almoço é apenas engolido pelos colegas que não têm tempo sequer para ir ao banheiro e estão submetidos a jornadas incomuns. Como é possível atender a mil pessoas com apenas 3 a 5 caixas humanos como vimos na Caixa e no BB? Teremos um adoecimento geral desses trabalhadores, tanto físico como mental", revela a sindicalista.

Dentro da ag. do BB/Pebas, o ajuntamento de gente: constante.
Para Heidiany Moreno que é diretora do Seeb-Pa responsável pela coordenação do trabalho sindical na região, "o pico de estresse diário dos colegas vai adoecê-los rapidamente e já existem alguns trabalhando em situação de risco, à beira de um ataque de nervos. Entram no banco às 8 horas da manhã e saem normalmente às 7 da noite, isso nos chamados "dias normais". Já nos dias mais anormais, em que o trabalho consegue aumentar ainda mais, ficam até as 9 da noite! E muitos colegas trabalham aos sábados e de graça, pois sequer o pagamento das horas extras é completo! Mas na verdade, os colegas nem queriam fazer horas extras e sim ter o direito de viver e não apenas trabalhar, trabalhar e sob chicote, como acontece muito no BB e na Caixa do Pebas. 

Heládia, Heidiany, Saldanha e Alan: Seeb-Pa no Pebas.
E Heidiany resume: "o que ocorre em Parauapebas é único no Brasil. Excesso de filas, de lotação,de dinheiro e miséria circulantes. E cada dia, esses contrastes só aumentam! Nas agências temos hoje, mal comparado, espécie de canteiros, depósitos humanos em que colegas adoecem, ficam infelizes e se sentem desvalidos. É urgente uma solução, uma intervenção para essa calamidade que já-já vai ficar maior, pois em junho chegará para Canaã dos Carajás  o SD11, novo projeto da Vale que programa contratar, inicialmente, 30 mil empregos diretos para o projeto de mineração".

Outras situações
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Sérgio Trindade, juntamente com as diretoras Heládia Carvalho (Seeb-Pa) e Vera Paoloni (FETEC-CN), em três dias visitaram 18 unidades bancárias em 7 municípios: Itupiranga (Banpará e BB); Brejo Grande do Araguaia (Banpará e Bradesco); Abel Figueiredo (Banpará e Bradesco); Itinga (Banpará); Dom Eliseu (Banpará, BASA, BB, Caixa e Bradesco); Rondon do Pará (Banpará, BASA, BB, Caixa e Bradesco) e Bom Jesus do Tocantins (BB e Bradesco).

No BB de Bom Jesus do Tocantins, excesso de trabalho, agência ainda incabada, apena sum banheiro para homens e mulheres e muito temor por parte dos funcionários, pela insegurança bancária e pela insegurança pública.
Heidiany e Serginho, no BASA/Marabá.

No Bradesco de Bom Jesus do Tocantins e de Abel Figueiredo,  apenas 1 único e solitário trabalhador em cada posto. Apenas 1 bancário para gerenciar a si próprio e à abertura de contas!

Cafezinho e uma prosa
Não podemos deixar de registrar a acolhida calorosa que tivemos nas 18 unidades bancária. Em muitas provamos do cafezinho e pudemos ter algums "dedos de prosa" onde foi possível. Destacamos o cafezinho gostoso da d. Ida da agência Itupiranga/Banpará e o carinho dos colegas por onde passamos. 
Obrigada. Voltaremos!

Algumas imagens da visita às 18 unidades bancárias em 3 dias
(mais imagens no facebook de Heidiany Katrine e Vera Paoloni. Outras duas equipes percorreram o restante da região).



No Banco da Amazônia (BASA) em Rondon do Pará.

Vera Paoloni (FETEC-CN dá entrevista á Rádio Clube FM de Marabá)

No Bradesco em Brejo Grande do Araguaia.

Na ponte que une os dois estados: Pará e Maranhão e os 2 Itingas.
Na divisa Pará/Maranhão, o posto do Banpará no Itinga.
BB em Dom Eliseu.


Com o time do Banpará em Brejo Grande do Araguaia.

Diante do Bradesco.
 
Caixa Dom Eliseu.
Serginho dá entrevista à TV RBA em Marabá.

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