sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Direção da Caixa mente. Comando orienta repúdio ao ajuizamento do dissídio.


Em comunicado interno, a Caixa diz que ajuizou dissídio para cumprimento da convenção da Fenaban, mas na verdade pede julgamento da greve. Comando Nacional orienta as assembleias a repudiarem o ajuizamento do dissídio no TST. Assembleia é logo mais, às 5 da tarde na sede do Sindicato. E às 7 da noite, assembleia do Banco da Amazônia.


No comunicado interno nº 17, divulgado na quinta 15, a direção da Caixa Econômica Federal mente aos seus empregados.

A mentira começa quando o texto do informativo diz que foram “esgotadas todas as iniciativas possíveis para viabilizar um acordo”. Na verdade, o Comando Nacional dos Bancários está em Brasília há dois dias – desde que a proposta da Caixa foi rejeitada, no dia 14, em assembleias de trabalhadores de todo o Brasil - , buscando uma solução negociada com a direção do banco.

Além disso, o comunicado afirma que a Caixa “ajuizou hoje (15) no Tribunal Superior do Trabalho o dissídio visando ao cumprimento da convenção coletiva acordada na Fenaban”.

Uma grande mentira!

“Tivemos acesso hoje à peça processual do dissídio ajuizado pela direção da Caixa que pede, na realidade, o julgamento da abusividade da greve”, informa o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, que permanece em Brasília, juntamente com Carlos Cordeiro, presidente da ContrafCUT e coordenador do Comando Nacional, na tentativa de encontrar uma saída para a situação em que a Caixa colocou seus empregados.


Caso o TST julgue a greve abusiva, os trabalhadores correm riscos de perder direitos e ter os dias parados descontados do salário.

“A direção da Caixa, representada pela sua presidente, Maria Fernanda, está mostrando total desrespeito com seus empregados”, destaca Marcolino. “A primeira proposta formal apresentada pela Caixa foi rejeitada de forma democrática pelos trabalhadores. O mesmo aconteceu com os bancos privados, Banco do Brasil e com o Banpará, que mantiveram o respeito e a tradição no movimento sindical bancário de manter o processo negocial como via de solução para as campanhas salariais.

A Caixa, novamente mostra sua incapacidade para negociar, se atrapalha e busca punir os trabalhadores por exercer seu legítimo direito de greve”, completa.

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Em reunião realizada nesta sexta-feira 16 de manhã, em Brasília, o Comando Nacional dos Bancários posicionou-se contra a realização de julgamento do dissídio e orientou as assembleias das bases sindicais de todo o país a desautorizarem as entidades sindicais a manifestarem concordância com tal procedimento no âmbito do tribunal.

Contraf/CUT e o Comando Nacional dos Bancários repudiam a atitude da Caixa de recorrer à Justiça do Trabalho e reafirmam disposição de continuarem buscando entendimento em mesa de negociação. Enquanto persistir o impasse, a orientação do Comando é para que as assembleias mantenham a greve e para que as entidades sindicais fortaleçam a mobilização por todo o país. O Comando Nacional e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) voltam a se reunir na segunda-feira, em São Paulo, após a assinatura da Convenção Coletiva 2009/2010 com a Fenaban. A reunião definirá os próximos passos do movimento dos empregados da Caixa.

Fonte: Seeb-Sp, Contraf-CUT e redação Arte Bancária.

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