quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Greve arranca proposta com aumento real e PLR maior

6% de reajuste e PLR maior
Termos têm ainda adicional independente do lucro. Bancários se reúnem na quinta-feira para definir se aceitam termos colocados pela federação dos bancos.

Reunião

A greve dos trabalhadores já é vitoriosa!

Pelo sexto ano consecutivo os banqueiros

foram obrigados a ceder e no 14º dia

de greve, nesta quarta-feira, 7, retomaram

as negociações e apresentaram proposta

que contém aumento real de salários,

PLR maior e adicional,

independente do crescimento do lucro.

O reajuste proposto é de 6%, que significa

aumento de 1,5% acima da inflação.

A PLR cresceu, com um importante avanço:

o adicional passa a ser 2% do lucro líquido

do banco, independentemente do

crescimento desse lucro. Ou seja, caso

os bancários aceitem a proposta,

estará na Convenção Coletiva de Trabalho:

todo ano tem adicional à PLR.

Outra importante vitória dos bancários

é o teto do pagamento da PLR.

A Fenaban queria derrubar para 4%,

mas a luta garantiu o teto de 15%

na distribuição do lucro.

Como fica a PLR - 90% do salário + R$ 1.024,00, com teto de R$6.680,00.O valor pode ser majorado até que seja distribuído pelo menos 5% do lucro líquido, podendo chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 14.696. E fica assegurado que adicional vem mesmo sem aumento do lucro.Até agora, valor era pago somente

nos bancos em que lucro crescesse pelo

menos 15% no ano.

Outro detalhe - A greve que completa 15 dias

amanhã, dia 8, arrancou dos banqueiros

uma proposta de pagamento perene

do adicional à PLR.

O valor, de 2% do lucro líquido

será distribuído de forma linear a

todos os trabalhadores, com teto de

R$ 2.100,00, tenha o lucro crescido, ou não.

O valor também pode ser descontado dos programas próprios.

“Garantimos um novo formato para

proteger o ganho dos trabalhadores

todo ano. A PLR como parcela do lucro

líquido dos bancos, e não como parte

da variação, é uma proposta da categoria

desde 2005 que foi conquistada no BB

e agora avança para os outros bancos”,

destaca o presidente do Sindicato dos Bancários de

São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, que faz parte

do Comando Nacional e negocia com a Fenaban.

CresceuNo dia 17 de setembro, quando

apresentaram a primeira proposta rebaixada

de reajuste de 4,5%, que mal repunha a

inflação, os banqueiros disseram “esse

ano está muito difícil, não é um bom

momento para dar aumento real”.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários

de São Paulo, essa é mais uma mostra da

vitória dos trabalhadores. “Já são 15 dias

de uma dura greve. E só quem participa das

paralisações sabe das dificuldades impostas

dia-a-dia pelos bancos, para tentar

atrapalhar”, diz Marcolino. “Mas os

trabalhadores foram mais fortes,

agüentaram firmes e agora podem

se orgulhar de ter arrancado, em

outro ano de muita luta, aumento

real para salários e PLR maior.”

Agora os bancários devem decidir,

nas assembléias desta quinta-feira,

se querem aceitar a proposta dos

bancos ou continuar em greve. “Temos

de levar em conta uma série de fatores

e saber que os bancos indicam

essa como a proposta final,

sem mais espaço para negociações.

Para o Sindicato, os bancários podem

comemorar que a garra e a disposição

de luta da categoria foram novamente

capazes de fazer os banqueiros mudar

a proposta e atender parte importante

das nossas reivindicações. Os bancos

queriam economizar com os trabalhadores,

mas desistiram.

Estamos todos de parabéns!”

Públicos A greve garantiu também

avanços nos bancos públicos, como mais

contratações para reduzir a pressão sobre

os bancários e programas contra

o assédio moral.

Fonte: Seeb-SP, com redação da Artban

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...