terça-feira, 17 de novembro de 2009

Aumento do crédito tem de vir com contratações


Instituições financeiras anunciam que

vão disponibilizar mais dinheiro

para empréstimos, ou seja,

ainda mais

trabalho

para os funcionários.

As 15 mil vagas conquistadas

nos públicos precisam

se repetir

nos privados

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A crise financeira internacional está

cada vez mais

distante dos

bancos brasileiros.

Os balanços publicados no

terceiro trimestre deste ano dão conta de resultados cada

vez mais favoráveis

e as instituições agora correm atrás do terreno perdido na

concessão de crédito.

Seguem a trilha de sucesso do Banco do Brasil que divulgou lucro líquido de R$ 1,979 bilhão, alta de 6% em 12 meses, fruto direto da carteira de crédito que avançou mais de 40% desde o estopim da crise, em setembro de 2008, chegando a R$ 301,4 bilhões.

O estoque representa um quinto de todo o sistema financeiro.

Os três grandes privados do país

– Itaú/Unibanco, Bradesco e Santander – prometem injetar no mercado algo entre R$ 40 bilhões e R$ 60bilhões para empréstimos nos últimos três meses do ano para tentar recuperar o terreno perdido para os bancos públicos.

“Finalmente os bancos estão fazendo o papel

que lhes cabe,e tão cobrado por nós, de investir para fomentar a economia”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino. “Mas vão ter de contratar

para fazer frente

ao trabalho que vai crescer.

Concessão de

crédito é serviço bancário e serão necessários mais trabalhadores

para que o ritmo

já alucinante nas agências e departamentos

não seja agravado por algo que vai beneficiar os bancos e toda a sociedade.

Tem de ser bom também para os bancários”,

destaca Marcolino.

O presidente do Sindicato lembra as 10 mil contratações conquistadas no Banco do Brasil e das 5 mil novas vagas arrancadas da

Caixa após a

greve deste ano.

“Os bancos públicos estão criando novos postos de trabalho para fazer frente a esse mercado crescente de

crédito e para acompanhar o

país que está crescendo. Se os privados acham

que só aumentar o crédito vai resolver, vão continuar

comendo poeira. Precisam contratar para melhorar as condições de trabalho e os serviços oferecidos aos clientes”, cobra Marcolino.

Empregos – Os bancos estão

devendo mais

postos de trabalho para o país.

No final da

década de 1980

havia pelo menos

200 mil bancários

a mais que atualmente.

Hoje o número de funcionários não

passa de 465 mil.


As fusões, que tanto fortalecem os caixas das instituições financeiras, é uma das responsáveis pela redução de postos de trabalho no setor – junto com outros culpados como a terceirização de serviços e a automação.

Três grandes processos de fusão preocupam os trabalhadores.

Banco do Brasil e Nossa Caixa – onde já foi anunciado um PDV do qual o Sindicato discorda – Itaú/ Unibanco – que já acumula cerca

de 6 mil demissões

no conglomerado – e Santander Real – com 2.300 desempregados no grupo entre setembro de 2008 e setembro 2009.

“Demissões no setor são inaceitáveis”, salienta Marcolino. “Vamos continuar

com uma campanha forte pelo fim das demissões e pela geração de novos postos de trabalho.

Se os bancos querem conceder mais crédito, precisam de bancários e têm de contratar. Não há como os que estão nas instituições assumirem novas responsabilidades,

sob pena de aumentar ainda mais o grave nível de adoecimento de bancários que faz do setor um dos piores para se trabalhar no Brasil”, completa o presidente do Sindicato.

Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego comprovam o que diz Marcolino: enquanto as empresas brasileiras criaram mais de 1 milhão de novas vagas, nos primeiros nove meses de 2009 houve uma redução de 2.008 postos no setor financeiro.

Fonte: Seeb-SP

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