terça-feira, 29 de setembro de 2009

O que rolou no Banco da Amazônia.Amanhã tem nova rodada às 11 horas. E a greve continua firme forte.

Nesta terça, dia 29, ocorreu mais uma rodada de negociação entre o Banco da Amazônia e representantes dos empregados.

Novamente quase nada de avanços nos pleitos específicos. O modelo de distribuição da PLR continua em impasse, já que o Banco se nega a ser signatário da Fenaban, contrariando o que é praticado em todos os outros bancos públicos.

Estiveram presentes na reunião: Contraf-CUT (Carlindo Abelha), SEEB PA/AP (Alberto Cunha e Marlon George), SEEB MA (Antônio Mariano de Lima), AEBA e FETEC Centro Norte (Sergio Trindade e Roosevelt Santana).

O que foi debatido

Modelo de PLR: as entidades reafirmaram novamente seu posicionamento sobre a PLR, para que o Banco seja signatário do modelo de distribuição da Fenaban, independente do lucro alcançado pela empresa, mas o Banco mais uma vez se negou a discutir a questão

Percentual de distribuição do lucro: hoje, o percentual distribuído pelo Banco é de 6,25%, quando a maioria dos outros bancos divide entre seus empregados um valor mais elevado que esse em torno de 9% (com exceção de alguns bancos privados, que dividem um menor percentual, mas em contrapartida pagam, uma PLR alta). As entidades exigiram que o Banco aumente o percentual a ser distribuído aos empregados.

Reivindicações sem posicionamento do Banco: as entidades cobraram esclarecimentos sobre diversas reivindicações dos empregados, que estavam sem respostas. Banco esclareceu que por um erro, as cláusulas estavam sem o posicionamento devido, mas que todos os pleitos referidos serão mantidos na minuta e estarão garantidos aos empregados.

Auxílio transporte: as entidades não concordaram com a alteração na redação da cláusula, onde o Banco reduziu em uma hora o tempo para que empregado tenha direito ao benefício. Em resposta, o Banco informou às entidades que o assunto será novamente levado à Diretoria, para posterior debate com as entidades.

Assédio moral: as entidades querem maior avanço nessa cláusula, por entenderem que o assunto merece grande atenção, já que diversas denúncias chegam até as entidades sindicais, de empregados que estão sofrendo e até adoecendo por conta dessa prática. O Banco, em resposta, disse que está criando um programa de combate ao assédio moral e sexual, a pedido do Ministério Público, com palestras informativas e cartilhas para empregados. Mesmo assim, as entidades querem avançar na questão e continuar debatendo o assunto.

Amanhã, nova rodada, às 11 h

A negociação continua amanhã, dia 30, às 11h, na Matriz do Banco. As entidades já enviaram hoje à tarde ao Banco uma lista detalhada com as reivindicações a serem discutidas.

AVALIAÇÃO

A greve dos bancários no Banco da Amazônia teve hoje grande adesão na Matriz e Belém-Centro, com um contingente acima de 1000 empregados parados, inclusive terceirizados. A greve é cada vez mais forte e intensa com adesões diárias de novas agências. Na avaliação das entidades sindicais, isso se deve a intransigência do Banco em não atender as reivindicações mais simples pleiteadas pela categoria, que independem de autorização das autoridades superiores.

O sentimento de indignação da categoria é crescente porque todos sabem que só o atendimento das “clausulas eminentemente econômicas” negociadas com a Fenaban, a única garantia dada pelo Banco, não é suficiente. Os empregados têm uma pauta extensa de reivindicações, que precisa ser avaliada com atenção pelo Banco.

A intensidade do movimento de hoje foi grande, que o assunto dominou boa parte das discussões da rodada de negociação com o Banco.

Fonte: AEBA e ARTBAN



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