terça-feira, 6 de setembro de 2011

Banqueiros nem aí pra saúde e segurança.

Clica na imagem para ler ou aqui.

A terceira rodada de negociação entre Comando e banqueiros, que aconteceria dia 13, foi antecipada para o dia 12, pela manhã. Nessa rodada, o tema é remuneração. Ontem foi discutido o tópico saúde e condições de trabalho e banqueiros demonstraram com ironias e piadas que não estão nem aí para a organização do trabalho existente nos bancos e que adoece profundamente a categoria bancária. Hoje, o tema é segurança. A reivindicação do Comando é: instalação de mais equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros, melhoria da assistência médica e psicológica às vítimas da violência e insegurança nos bancos, bem como a proibição do porte das chaves de cofres e do transporte de valores por bancários

Aqui no Pará, o Sindicato dos Bancários paralisou a agência do Itaú/Unibanco, em Marituba - região metropolitana de Belém - que funciona sem a porta eletrônica, que é obrigatória pela Lei Estadual 7013, projeto de autoria do deputado Bordalo (PT-PA).

Sobre saúde, é fato que bancários e bancários adoecem muito e tanto, que o próprio INSS reconhece ser a categoria que mais adoece, tanto de LER/DORT como de transtornos mentais.

Entre janeiro e junho de 2009, por exemplo, 6.800 bancários no Brasil foram afastados por doenças, dos quais 2.030 por LER/DORT e 1.626 por transtornos mentais. Pesquisa da Universidade de Brasília revelou que houve 181 suicídios de bancários entre 1996 e 2005, o que dá uma média de 18 por ano. 

A causa desse adoecimento é  o acúmulo das metas abusivas e assédio moral, mistura que adoece e até mata. Ou faz a categoria pedir demissão.

Proposta - Para combater o desrespeito dos bancos, os bancários propõem, entre outras coisas, a participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências. O Comando Nacional também reivindicou que não haja meta de venda de produtos para os caixas. E que as metas não sejam individuais nem comparadas por quaisquer tipos de ranking

Desdém -Banqueiros negam que haja metas abusivas nas instituições financeiras e questionam até mesmo a veracidade das pesquisas que apontam o aumento do número de adoecimentos na categoria em razão da pressão por aumento da produtividade.
 
"A postura dos bancos foi de absoluto desdém em relação à saúde dos trabalhadores e às condições de trabalho", condena Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Eles estão sendo irresponsáveis com o sofrimento dos bancários dentro das dependências."


O que os banqueiros recusaram

  •  O Comando Nacional defendeu a cláusula da pauta de reivindicações segundo a qual os bancos não podem manter bancários trabalhando no mesmo ambiente físico de agências e departamentos que estejam sendo submetidos à reforma. Os representantes da Fenaban não aceitaram incluir essa cláusula na Convenção Coletiva, afirmando que esse é um tema para discussão empresa por empresa, caso a caso. 
  • Os negociadores dos banqueiros também rejeitaram a reivindicação de manutenção da complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador (como salários, comissões, gratificações, adicionais, PLR, como se na ativa estivesse) até a cessação do auxílio-doença.
  • A Fenaban recusou também a proposta de que ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses seja automática, sem a necessidade de opção por parte da bancária. (Leia mais aqui).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...