domingo, 31 de janeiro de 2010

Do aspartame à Venezuela

Do blog do Castagna Maia.

E se quiser conhecer mais sobre o livro Moléculas de Emoção, vale a pena clicar aqui.

.........

I

A Dra. Candece Pert é bioquímica, já chefiou um órgão de pesquisas do governo dos EUA. Ficou mundialmente conhecida a partir de sua participação no documentário “Quem Somos Nós?”. Escreveu “Moléculas de Emoção” e, mais recentemente, “Conexão Mente, Corpo e Espírito”. No seu último livro, há um capítulo específico dedicado ao aspartame.

II
Segundo a Dra. Candace, o FDA – Food and Drugs Administration somente aprovou o aspartame após intensa pressão da indústria farmacêutica e da indústria química. E, no ano seguinte após a colocação do produto no mercado, os casos de esclerose múltipla nos EUA aumentaram CINQUENTA POR CENTO. E a droga está aí, até hoje, no mundo.

III
Você não consome aspartame? Então não consome sequer refrigerante dietético? E nem sorvete dietético? E nem outros adoçantes que tragam risco?

IV
Hugo Chavez, presidente da Venezuela, proibiu, há algum tempo, a Coca Zero por lá. E o argumento foi o risco à saúde. Há um princípio jurídico nessa questão que é o da PRECAUÇÃO. A rigor, deve ser utilizado sempre que se aprova um novo produto, um novo medicamento, ou mesmo uma nova variedade transgênica. Deve haver provas de que o produto não faz mal. Se houver dúvida, deve ser proibido até que as pesquisas sejam conclusivas.

V
Pois bem. Chavez proibiu a Coca Zero por lá. Não proibiu a Coca-Cola comum, só a Coca Zero. Mas foi o suficiente para que houvesse uma tempestade sobre Chavez, sempre buscando folclorizar o presidente da Venezuela. Ele estava certo. Resolveu seguir o princípio da precaução. A imprensa, no entanto, veio abaixo. E todos riram de Chavez, de sua apontada ignorância, de sua apontada prepotência. E aqui há até senador dono de fábrica de Coca-Cola.

VI
Mais recentemente foi o caso da televisão aberta. Lá, como aqui, as televisões são concessões do Estado. E o governo da Venezuela resolveu simplesmente não renovar a concessão. É um direito do Estado venezuelano. Não “cassou” a concessão. Esperou o término e não renovou, tão somente. Era uma emissora que pregava abertamente o golpe contra um governo legitimamente eleito. Era cotidiano, permanente, o chamado ao golpe e o atentado à democracia. O governo venezuelano poderia ter cassado a concessão. Não o fez. Aguardou pacientemente o término do prazo e simplesmente não renovou. Só que lá, como aqui, essa gente acha que é dona do Estado: dona das terras públicas, pela via da grilagem, “dona” da concessão. E há até os “donos” de praias: cercam a terra pública e se apropriam. E há os “donos” de cargos: o nepotismo, onde postos do Estado, cargos, são barganhados como se fossem propriedade desses usurpadores. Veja o esforço que há no Judiciário, até hoje, para acabar com o nepotismo. E a cada dia surge um caso novo.

VII
Agora, na Venezuela, é a mesma emissora que resolveu, novamente, descumprir a lei. Estava fazendo suas transmissões via TV a cabo. Só que dizia que era “internacional’ para não ter que transmitir os pronunciamentos presidenciais e não ter que cumprir a lei. Só que sua programação era majoritariamente local, venezuelana, justamente para atrair o público venezuelano e para, mais uma vez, pregar o golpe. Mas se definia como “tv internacional” para descumprir a lei.

VIII
A imprensa é o superpoder que subordina os demais, tanto lá quanto aqui. Houve duas iniciativas do governo venezuelano, ambas cumprindo a lei. Não se trata de lei excepcional, lei “típicamente venezuelana”, mas leis que existem também por aqui e que dizem respeito à concessão de televisões. É concessão do Estado, e não propriedade de alguns.

IX
A discurseira, no entanto, é a de que Chavez está ensandecido, e coisas assim. O que há é uma iniciativa golpista. Há um golpe em curso na Venezuela e a impensa toda faz coro, divulga o contrário: divulga que o golpista é Chavez. Não é. Lá, houve tão somente a aplicação da lei. Isso no caso da Coca Zero, na não renovação da concessão, e, agora, no enquadramento da tv a cabo como emissora nacional.

X
Há uma solidariedade dos grupos “familiares” de imprensa. No Brasil, dez famílias controlando tudo. E apoiando, sempre, qualquer tentativa de golpe, seja aqui, seja lá. Agora, mesmo, permanece a confusão relativa ao Banco Central argentino promovida pela imprensa, já abordada aqui no blog.

XI
A questão não é apoiar ou não Chavez, admirar ou não Chavez. Não interessa se é simpático ou antipático. A questão é: a imprensa está mentindo descaradamente quanto ao que vem ocorrendo na Venezuela, desde a Coca Zero até a televisão. Faz o que fez aqui, em 1954 contra Getúlio, faz o que fez aqui também em 1964 ao apoiar um golpe urdido e financiado pela CIA. Gostemos ou não de Chavez, cabe ao povo venezuelano eleger ou não eleger. Não cabe aos barões da imprensa, que nunca foram eleitos, nunca receberam um só voto, decidir quem deve ou não governar um país.

XII
A especialidade da imprensa é “criar consensos”. E estão conseguindo criar o consenso de que Chavez é louco. Você não precisa mais formular uma opinião: a imprensa já tem uma prontinha prá você. Aguardem para ver os comentários ao presente artigo.

Fonte: Blog do Castagna Maia

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