domingo, 31 de julho de 2011

Do jeito que o Banco Central fez, correspondente bancário ameaça emprego e segurança



Se for mantida a figura do correspondente bancário do jeito que o Banco central determinou, por resolução, em fevereiro deste ano, o emprego bancário e a segurança do cliente/usuário, estão com os dias contados. Por isso, os quase 700 delegados e delegadas de todo o país, presentes às 13ª Conferência Nacional dos Bancários, decidiram dar todo apoio ao Projeto de Decreto legislativo (PDL) do deputado Ricardo Berzoini, que revoga essa resolução e remete o debate ao lugar correto - o Congresso nacional. E decidiram também:

  • propor ao governo federal a realização de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, envolvendo a sociedade nessa discussão de importância vital para o desenvolvimento do país, que inclui a universalização dos serviços financeiros com qualidade e segurança e, em consequência, a extinção da figura do correspondente bancário e a eliminação da terceirização dos serviços dos bancos.
  • Só pra lembrar, no governo Lula foram realizadas cerca de 70 conferências de setores ou segmentos sociais distintos. Os bancários consideram que a conferência do sistema financeiro vai exigir muita mobilização da categoria para que venha a acontecer, pois se trata de segmento econômico dos mais expressivos do país, com forte resistência por parte dos banqueiros em debater com os trabalhadores e com a sociedade.
  • prpor, via projeto de lei, a ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN) com representantes dos trabalhadores e da sociedade, assim como a definição do papel e do espaço de atuação do Banco Central (BC).
  • Apoio ao PDL de Berzoini - apoio aoProjeto de Decreto Legislativo nº 214/2011 do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que revoga as recentes resoluções do Banco Central que ampliam o escopo de atuação do correspondente bancário. A proposição susta a aplicação dos artigos 1º a 21 da Resolução 3.954, de 24 de fevereiro deste ano, assim como os incisos I e II do artigo 22 e o inciso II do artigo 23 da referida resolução. Enfim, acaba com as autorizações para o funcionamento de correspondentes bancários.
  • elaborar um documento a ser entregue à presidenta Dilma Roussef e à equipe econômica do governo federal para discutir o impacto negativo da ampliação dos correspondentes sobre a categoria e a população.
  • ainda o resgate do debate sobre o papel dos bancos públicos estaduais, que atendiam a população do interior e das regiões mais distantes, com a instalação de agências pioneiras.
  • utilizar o instrumental das redes sociais, blogs e das novas tecnologias de comunicação na campanha permanente dos bancários contra a precarização do atendimento e das condições de trabalho de bancários e comerciários e em defesa da regulamentação do sistema financeiro e da participação da sociedade no Conselho Monetário Nacional.

Para Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT e que foi relator da mesa do grupo que discutiu o sistema financeiro,"não basta aprovarmos apenas uma pauta de reivindicações em defesa de melhor remuneração e condições de Linksaúde e de trabalho, se os correspondentes bancários ameaçam a própria existência da categoria".

Leia mais clicando aqui. E aguarde as informações sobre saúde. segurança, econômicas, índice.

Fonte: ContrafCUT.

Um comentário:

  1. Sou totalmente contra esta resolução! Acredito que esta medida apresentada pelo governo era desempregar mais de 50.000 (cinquenta mil) funcionarios, que si encontra empregado atualmente.

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