quarta-feira, 31 de agosto de 2011

BASA descomissiona bancária que reivindica horário de almoço. E banqueirada só diz NÃO

1º de setembro, às 18 horas, povo do Banpará na sede do Sindicato: assembleia de mobilização. Dia 8 é primeira rodada de negociação com direção do banco, em Belém.

O segundo dia na mesa de negociação em São paulo. Muitos nãos da banqueirada.
Educação, trabalho e democracia. Qualificação, emprego e renda decentes: dias 1 e 2, sindicalistas da CUT-Pará debatem e deliberam na 9ª plenária estadual: Por mais direitos.

Enquanto isso, na sala de justiça do BASA ...
Gerente descomissiona bancária que pede horário para almoçar


Foi em Marabá, na região sul/sudeste do Pará, agência recém inaugurada. Agência novinha e práticas gerenciais velha, antidemocráticas, autoritárias, bem no estilo da diretoria do Banco da Amazônia.

A bancária, que atua no caixa e entra às 9:30, só saindo às 16:30, pediu um horário para almoço, o que é negado em todo o BASA, nas agências do sul e sudeste do Pará. Como o caixa em que ela trabalhava não tem fechadura, não é possível arredar pé do caixa nem para os clássicos 15 minutinhos para um lanche, sob pena de perder dinheiro ou documentos.  é possível fazer, ficando a trabalhadora sem lanche ou almoço.

Pediu, gerente fez ouvidos de mercador. Ela então reclamou ao sindicato. O gerente, se sentindo totalmente dono do pedaço, tirou a comissão da bancária e ainda disse: a senhora reclamou, não vai ficar ficar mais no caixa e  agora pode almoçar.

Este é um exemplo da gestão modernosa do BASA, diz a  diretora do Sindicato dos Bancários do Pará, Heidiany Katrine, que atua diretamente na região sul/sudeste.

E ela mesma adianta: "Vai ter rebate do movimento sindical e do funcionalismo pois, como diz o ditado, "o risco que corre o pau, corre o machado".

O Arte Bancária completa:  É legítimo o direito de reclamar, ninguém pode ser punido por reclamar que se cumpra a lei e  não se pode conceber trabalho gratuito, indecente e trazendo danos à saúde. Então, tem volta, sim. Já cantava Geraldo Vandré em "Aroeira": É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar".

=====

Setembro se anuncia bem no ritmo da luta e mobilização por mais direitos ou para resgatar a cidadania aviltada, como no exemplo contado aí em cima. Dia 1º, pela manhã 9ª plenária da CUT estadual, com o tema Liberdade e Autonomia. Não à violência no campo. Sim à reforma agrária. À noite, às 18 horas, assembleia de mobilização do Banpará, na sede do Seeb-Pará.

E setembro é o mês mais redondo do ano para criar e intensificar a mobilização por trabalho decente, emprego decente. Mobilização que precisa ser mais forte e unitária que nunca, pois as primeiras rodadas de negociação entre Comando Nacional e Fenaban, em São Paulo, já demonstraram que a banqueirada até divulga preceitos envernizados de boas intenções, mas na hora do vamo ver, a prática é carcomida e velha. É o tradicional não, não e não.

Foi com NÃO que a banqueirada iniciou os trabalhos no dia 30, quando o Comando reivindicou mais contratações ao setor que mais lucra no planeta; quando propôs o fim das demissões injustificadas;, o fim das terceirizações e a extensão do abono-assiduidade para toda a categoria.

Hoje, na continuidade do debate sobre emprego, novamente a Fenaban disse NÃO a:
  •  reivindicações do Comando Nacional sobre melhorias de atendimento à população, o que inclui ampliação do horário de abertura das agências;
  •  respeito à jornada de seis horas;
  • redução do tempo de espera na fila;
  • mais contratações de bancários;
  • implementação de mais caixas para atender melhor aos clientes.
As propostas da categoria, aprovadas pela 13ª Conferência Nacional, são de que os bancos ampliem o horário de atendimento das agências das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e respeito da jornada de seis horas de todos os bancários. Os bancos devem também ampliar o número de caixas a um mínimo de cinco em cada agência, reduzir o tempo de fila a um máximo de 15 minutos e contratar mais bancários para melhorar o atendimento à população e assim aliviar a sobrecarga de trabalho.

Os representantes dos bancos disseram que esses temas não dizem respeito aos sindicatos - e sim aos bancos e ao Banco Central - e não devem, portanto, fazer parte da Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários. "Questionamos que esses assuntos são de interesse imediato dos bancários, uma vez que tem a ver com a jornada, com a sobrecarga de trabalho e com a melhoria do atendimento à população, uma vez que são eles que estão na linha de frente do contato com os clientes e usuários e sofrem o impacto das reclamações", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Terceirização

O Comando Nacional também cobrou dos bancos o fim da terceirização no sistema financeiro, que precariza as relações de trabalho e coloca em risco o sigilo bancário dos clientes. A discussão será aprofundada na mesa temática sobre terceirização conquistada na campanha nacional do ano passado.

"O fim da terceirização e da precarização do trabalho são pilares centrais do conceito de emprego decente que aprovamos na Conferência, que engloba remuneração digna, sem discriminações, emprego saudável, emprego seguro e aposentadoria decente", diz Carlos Cordeiro.

Igualdade de oportunidades


O Comando Nacional cobrou dos representantes da Fenaban a realização de um novo censo na categoria para averiguar os resultados dos programas implementados pelas empresas para combater as discriminações de gênero, raça, opção sexual e contra pessoas com deficiência - implementados após a realização do Mapa da Diversidade, em 2008. Os negociadores patronais disseram que vão consultar os bancos sobre a reivindicação.

O Comando Nacional protestou contra o descaso da Fenaban com as questões relacionadas com a igualdade de oportunidades, especialmente pelo fato de por diversas vezes a reunião da mesa temática ter sido adiada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...