quinta-feira, 5 de maio de 2011

Emprego bancário cresce 15%. E lucro dos bancos, 97%!

O sistema financeiro brasileiro tem 160 bancos, mas seis desses 160 bancos concentram 90% de faturamento e lucratividade. São eles: Banco do Brasil, Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e HSBC.

Em recentíssimo trabalho de cruzamento de dados sobre o desempenho dos bancos no ano passado, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) preparou nota técnica demonstrando que os lucros dos bancos estão batendo na estratosfera.

A nota técnica do Dieese indica que o setor, em 2010, mantinha 486 mil postos de trabalho, crescimento de 15% em relação a 2006. Lembrando que parte dessas vagas foram conquistadas nas campanhas nacionais de 2008 e 2009, junto ao Banco do Brasil e Caixa Federal. Do total de empregos, 454 mil estão nos seis maiores bancos, ou seja, a concentração aumentou devido a fusões e incorporações como as do Itaú e Unibanco, BB e Nossa Caixa. Os números não levam em conta outros trabalhadores que prestam serviços aos bancos, como terceirizados, correspondentes e promotores de crédito.

Se os empregos cresceram 15%, os resultados dos bancos foram ainda melhores. Entre 2006 e 2010 o lucro líquido dos dez maiores aumentou 97%.

Além disso, o setor bancário brasileiro está altamente concentrado em poucos grupos que atuam na forma de holdings financeiras. Dados de dezembro de 2009, do Banco Central, mostraram que somente os seis maiores grupos detiveram mais de 50% dos ativos totais do sistema financeiro nacional.

Já em plena preparação da campanha nacional, a categoria bancária se programa e se mobiliza para exigir mais emprego, remuneração justa, mais saúde, mais segurança e zero assédio moral. E fim das metas abusivas.

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Tercerização bancária em debate. Em Sampa, ContrafCUT

  • Nesta 6a-feira 6, na FETEC-São Paulo, mais um debate ContrafCUT. Desta vez, sobre um grande mal que assola a categoria bancária: a terceirização. Está tão enraizada nos serviços bancários, que hoje tem proporções que vão muito além do repasse do processamento de envelopes dos caixas automáticos, retaguarda das agências e compensação, itens que dominaram a década passada. No BASA, a área de tecnologia crivada pela terceirização.

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