quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O açoite diário no banco da Amazônia

As condições de trabalho nunca estiveram tão aviltadas e nunca foi tão desrespeitada a lei trabalhista como acontece hoje no banco da Amazônia. Sob intenso e contínuo açoite, assim tem trabalhado o funcionalismo do banco federal que se gaba em propaganda paga de ser o melhor da Amazônia. Resta saber pra quem.

Nas agências e Matriz, no mundo real, este tem sido o cotidiano do funcionalismo do Banco da Amazônia:

  • poder de demitir na mão de cada gerente - mudou radicalmente - e pra pior - o conjunto de regras de comportamento profissional dos bancários e bancárias. Pra pior, porque agora fica apenas na mão de cada gestor o poder supremo de demitir o bancário, sem avaliação mais coletiva e sem chance de ampla defesa. Se o gestor acordar mal humorado, pode sobrar para o funcionário. Isso é flagrante desrespeito à Constituição Federal. As mudanças no Manual de Procedimentos (que agora ganhou o nome de NP 118 e já está em vigor) é um flagrante desrespeito às leis trabalhistas e aos direitos humanos. Alô, MP!
  • aumento abusivo do plano de saúde sem ajuda por parte do banco - o PlanCasf, plano de saúde do funcionalismo do banco da Amazônia tem aumentado e muito acima da inflação nos últimos anos, pesando muito no orçamento de cada funcionário, em especial aquele que tem mais dependentes. E nada da diretoria do Banco da Amazônia entrar com a cota extra pra ajudar a fortalecer o plano de saúde do funcionalismo, até como política de administrativa de apoio à saúde dos seus. De novo, alô MP!
  • terrorismo pra forçar a adesão ao plano da CAPAF - mesmo com a decisão judicial que obriga o banco a se abster da migração ao plano da Capaf, continua a pressão terrorista sobre cada funcionário para que venha a aderir ao plano.
Como se não bastassem esses três ingredientes explosivos à saúde física e mental de cada trabalhador/trabalhadora do Banco da Amazônia, a jornada média numa agência bancária é de 10 horas e há muitos municípios em que se trabalha até aos sábados, sem hora extra e sequer um muito obrigado!

Chove pressão de todos os lados, assédio moral, baixíssima autoestima e insegurança. É nesse clima que vive hoje o funcionalismo do Banco da Amazônia. No Basa, o povo vive, como diz a música do Chico Buarque,
"falando de lado e olhando pro chão".

Um comentário:

  1. Acho engraçado todo este discurso. Pois quem colocou esta diretoria no banco foi a ex-governadora Ana Júlia, pelo menos o Presidente do Banco foi indicação pessoal dela. Ambos pertencem aos quadros do Banco do Brasil. É uma vergonha o que está acontecendo nos bancos federais, esta política sangrenta, nefasta neoliberal praticada pelo PT, que antes de assumir o PODER, condenava os maus feitos do governo FHC, e no entanto, tem se mostrado mais conservador e beneficiando o capital financeiro e especulativo, socializando os prejuízos e privatizando os lucros.

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