segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Greve faz Fenaban aumentar proposta para 7,5% de reajuste. Negociação prossegue

Diante da forte greve que entrou no 13º dia, sendo a maior greve da categoria nos últimos 20 anos, a Fenaban apresentou nova proposta hoje, ampliando a feita sábado:

16,33% no piso e 7,5% nos salários e verbas.
Greve arranca aumento real histórico nos salários e no piso, além de reajuste de 14,28% no valor adicional da PLR, para R$ 2.400. Avanços ainda no combate ao assédio moral e na segurança.

A Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários na manhã desta segunda-feira 11, no 13° dia da greve nacional da categoria, uma nova proposta que inclui índice de reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%) para quem ganha até R$ 5.250.

Para salários superiores, a proposta prevê um fixo de R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) - o que for maior.

A proposta também melhora a PLR e valoriza o piso salarial (veja abaixo).

A negociação foi interrompida para almoço.

À tarde, o Comando Nacional retoma tanto as negociações gerais com a Fenaban quanto sobre as reivindicações específicas com o Banco do Brasil e com a Caixa.

Ao final das negociações, o Comando se reunirá para avaliar as propostas dos bancos e definir orientações para as assembleias da quarta-feira em todo o país.

"Esses avanços na proposta dos bancos são resultado direto da força da greve nacional dos bancários, principalmente nos bancos privados", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Pela nova proposta, há aumento real de salário, PLR maior e valorização do piso. Proposta também tem cláusula de combate ao assédio moral e avanços na segurança.

O reajuste proposto para salários é de 7,5% (que representa aumento real de 3,08%) até R$ 5.250. Acima desse valor de R$ 5.250, os salários seriam reajustados por uma parcela fixa de R$ 393,75 ou pelos 4,29% da inflação, o que for mais vantajoso para o bancário.

Nas demais verbas salariais, como vales e auxílios, a elevação seria de 7,5%.

Piso – No piso da Convenção Coletiva, o reajuste seria de 16,33% (aumento real de 11,54%) elevando o valor de R$ 1.074 para R$ 1.250.

PLR – O valor adicional à PLR passaria de R$ 2.100 para R$ 2.400, o que significa aumento de 14,28%. A regra básica seria paga como no ano passado: 90% do salário mais R$ 1.100,80 (valor já reajustado pelos 7,5%). Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, esses valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 7.181.

Mobilização arranca mais – A proposta apresentada pela federação dos bancos no sábado, e que foi considerada insuficiente pelo Comando Nacional dos Bancários, previa reajuste salarial de 6,5% para salários até R$ 4.100 (aumento real de 2,12%).

Acima desse valor a proposta previa reajuste fixo de R$ 266,50. Para o piso o reajuste proposto no sábado era de 9,82%.“

O aumento do piso é importante porque impacta diretamente nos salários dos caixas e dos primeiros comissionados, e impulsiona os níveis acima, diz a presidenta do Sindicato de São paulo, Juvandia.

Assédio moral - Entra uma cláusula na Convenção Coletiva para o combate de um grande problema dos trabalhadores que é o assédio moral: condenação por parte da empresa a qualquer ato de assédio e implementação de um canal de denúncias, com prazo para apuração e retorno ao Sindicato.

Segurança – Nas questões de segurança será obrigatório o registro de boletim de ocorrência, divulgação de estatística semestral do setor e atendimento psicológico no pós-assalto.

Após a negociação com a Fenaban, que ainda não foram concluídas, serão retomadas as negociações de Banco do Brasil, Caixa, Banco da Amazônia e Banpará.

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