quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Entidades sindicais lutam pra retomar o diálogo no Banco da Amazônia

Funcionalismo do Banco da Amazônia permanece firme na greve e entra no 22º dia e até agora, 11e 30 desta quarta-feira, nenhum aceno da diretoria do banco para reabrir a negociação.

ContrafCUT, FETEC-Centro Norte, Aeba e Sindicato dos Bancários do Pará e Amapa não estão parados, até porque como diz o ditado, "barco parado não faz frete".

Enquanto garantem a greve bem firme, antenadas com o sentimento reivindicatório e justo da categoria, entidades sindicais fazem assembleias diárias na sede do Sindicato e a categoria é informada em tempo real, seja com informações nos piquetes, como nos sites da Aeba, Sindicato PA.AP, Fetec-Centro Norte e ContrafCUT. Além deste blogue.

Movimentos - Para buscar uma saída ao impasse diante da intransigência da diretoria do Banco da Amazônia, a ContrafCUT foi até o DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), em Brasília e ontem, através do deputado federal eleito, Cláudio Puty, as entidades sindicais entregaram correspondência à governadora Ana Júlia, que recebeu o movimento sindical hoje pela manhã, ouviu quais as reivindicações do funcionalismo do Banco da Amazônia e prometeu intermediar a retomada do diálogo.

O que a luta arrancou - Por enquanto, estamos esmurrando a porta da intransigência, representada pela diretoria do Banco da Amazônia. Quando conseguirmos instalar o diálogo, voltaremos com toda a nossa pauta de reivindicações.
Mas lembremos e valorizemos muito o que nossa luta já conquistou e que será levado à mesa de negociação, assim que derrubarmos a intransigência da diretoria:
  • 11% de reajuste no piso que passa de R$1.128,00 para R$ 1.251,00 e tem reflexo positivo em toda a tabela salarial;
  • 7,5% sobre comissões e auxílios, tiquetes;
  • ampliação do montante da PLR de 6,25% para 9,25%. E estamos lutando para que a distribuição da PLR não seja discriminatória e leve em conta todo o funcionalismo, sem segregar grupamentos de funcionários. Somos contra todo tipo de divisionismos. E vamos reapresentar toda a pauta, o que inclui itens de saúde, segurança, PCS, condições de trabalho.
Repercussão da greve - Nos blogs, a notícia da greve no Banco da Amazônia:


Basa está intransigente

A situação está pegando no Basa. É o único banco do sistema financeiro que se mantém em greve, há 22 dias. A diretoria se mantém intransigente apesar de já ter sido autorizada por Brasília a apresentar uma proposta, construir o diálogo e sair da greve.

Ontem à noite, os dirigentes sindicais da ContrafCUT, Sindicato dos Bancários Pará/Amapá e Federação dos Trabalhadores de Crédito da Região Centro Norte-FETECCN entregaram à governadora Ana Júlia Carepa uma carta pedindo ajuda, em conversa intermediada pelo deputado federal eleito Cláudio Puty.

Vejam a íntegra da carta.

“Belém-PA, 20 de outubro de 2010.

Excelentíssima Governadora,

Em nome do funcionalismo do Banco da Amazônia, vimos solicitar a intervenção de V.Exa. junto à diretoria do Banco da Amazônia para abrir um canal efetivo de negociação junto ao Banco, posto que hoje completa o 21º dia de greve, o Banco da Amazônia é o único banco a manter o movimento paredista e não há quaisquer acenos da instituição para a retomada do diálogo que possibilite o atendimento das reivindicações da categoria.

Além de reajuste e abono dos dias parados, o funcionalismo do Banco da Amazônia quer ser tratado sem discriminação e que a produção coletiva das riquezas do banco, que são construídas com o trablho do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, seja distribuída de forma justa.

Nossa solicitação a Vossa Excelência se dá por ser bancária, sindicalista e conhecer profundamente a categoria bancária além de, na condição de governante, ter sido decisiva nos últimos 4 anos, nos acordos coletivos trabalhistas do Banpará. Diante desse conjunto e da grandeza do cargo que desempenha, além de excepcional prestígio que desfruta junto aos órgãos públicos federais, entendemos que a resolução desse conflito pode estar a contribuição fundamental de sua mediação.

Na certeza de contar com sua costumeira atenção,

Atenciosamente,


Miguel Pereira Sérgio Trindade Rosalina Amorim
Contraf-CUT Vice-pte FETEC-CN Presidenta Seeb-PA/AP
===

Integral solidariedade à luta dos bancários

Manifesto minha integral solidariedade à greve da categoria bancária do Banco da Amazônia, que completa hoje 22 dias em greve.

Procurado ontem pelas entidades sindicais bancárias (Sindicato dos Bancários, Aeba, ContrafCUT e Fetec), intermediei audiência com a governadora Ana Júlia que ouviu hoje pela manhã as reivindicações do funcionalismo e está empenhada em reabrir o canal de negociação.

Estive hoje pela manhã no ato pacífico do funcionalismo em greve, na porta da Matriz do Banco da Amazônia e relembrei que, na condição de filho de bancário do Banco da Amazônia, hoje aposentado, estive em muitos piquetes de greve, no passado.

Toda a força à luta dos bancários do Banco da Amazônia e parabéns pelo movimento! Estou junto para trabalhar pela retomada do diálogo e a governadora, também.

===

Outros toques: Hoje, às 15 horas, em São Paulo, será assinada a Convenção Coletiva entre ContrafCUT e seus sindicatos e a Fenaban. PLR será paga até dia 30 d eoutubro. No BB, tá hoje na conta. Caixa, dia 29 e Banpará já antecipou a parte fixa, pagando o restante dia 23.

Principais pontos do acordo - 15 dias de greve e paralisação de 8.200 agências bancárias de bancos públicos e privados de todo o país, arrancaram, numa vitória ímpar e de todos nós:

Piso salarial - reajuste de 16,33%, passando a valer R$ 1.250 (representando aumento real 11,54%). No Banpará, o aumento do piso deu um reajuste de 10,8% nos salários, com reflexo em todo o PCS.

- Reajuste salarial - 7,5% até R$ 5.250 (representando aumento real de 3,08%). Para bancários do Banco do Brasil, Caixa e Banpará, o reajuste de 7,5% será para todos os trabalhadores e sem teto, sem trava.

- Reajuste para salários acima de R$ 5.250 - R$ 393,75 fixos ou pelo menos 4,29%, o que for mais vantajoso.

- PLR - A regra básica será de 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, esses valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798.

- Adicional à PLR - Além da regra básica, os bancários receberão um valor adicional à PLR de R$ 2.400, o que significa aumento de 14,28%, em relação ao pago no ano passado. No Banpará, mais 2% na PLR e acréscimo de R$ 2.500,00 em tíquetes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...