quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Banpará aprova proposta por unanimidade. BB e privados aprovam acordo e saem da greve. BASA tem negociação amanhã

Bancários e bancárias do Banpará comemoram a proposta aprovada, ao final da assembleia.
Proposta é apresentada pela presidenta do Sindicato, Rosalina e recebe imediato apoio dos bancários e bancárias do Banpará.
Pirotti, da ContrafCUT; Rosalina Amorim (em pé), presidenta do Seeb-PA/AP e Vera Paoloni, FETEC: comissão de negociação do Banpará.
Mais de 200 bancários e bancárias do Banpará aprovam a proposta por unanimidade.
Mesa de negociação específica do Banpará: costurando o acordo coletivo, passo a passo.

Após 15 dias da maior greve dos últimos 20 anos, categoria bancária dos bancos privados, BB e Banpará saem da greve, aprovando a proposta conquistada na luta coletiva e negociada pelo Comando Nacional e pela mesa espec[ifica do Banpará - no caso do Banco do Estado.

Os bancários e bancárias dos bancos privados e Banpará arrancaram piso salarial de R$1.250,00 e reajuste de 7,5% nas demais verbas salariais, sem qualquer redutor: tíquete, comissões, auxílios. E uma PLR - Participação nos Lucros e Resultados bem maior que nos anos anteriores.

Para o Banpará, a primeira parcela da PLR será paga ainda este mês, sendo que a parte fixa ( R$ 1.100,) será adiantada já nesta sexta-feira 15.

O piso fez toda a diferença - Aumentar o salário das pessoas que entram nos bancos é uma das prioridades do Sindicato e do Comando Nacional.

A proposta de reajuste maior nos pisos, aprovada pelos bancários de bancos privados e Banpará na noite desta quarta 13, tem impacto positivo para escriturários, caixas, tesoureiros. É tão significativa, que no caso do Banpará, ao aumentar o piso de ingresso para R$ 1.250,00, os reflexos salariais no PCS - Plano de Cargos e Salários cresceram o reajuste para 10,8%, ou seja, 3,3% além dos 7,5% da Fenaban.

A proposta aprovada pelo funcionalismo do Banpará já tinha sido apresentada dioa 5 de outubro e rejeitada pela categoria. Com mais uma semana de greve e apresentada a proposta global na mesa da Fenaban, o Sindicato/FETEC/ContrafCUT reivindicaram nova rodada de negociação e obtiveram do banco a reapresentação da proposta, na tarde de hoje.

Feliz, a categoria aprovou por unanimidade a proposta, construída na luta, na mobilização e na capacidade de negociação. Uma luta nacional, com vigorosa participação dos bancários do Pará e Amapá.

Outras conquistas no Banpará:
  • adicional de 2% na PLR, com distribuição linear;
  • custeio do plano odontológico em 80% pelo banco e 20% de cada bancário, o que dá pouco mais de R$ 3,00 por pessoa no plano;
  • R$ 2.500,00 de tíquete, a serem distribuídos da seguinte forma: R$ 1.000,00 na próxima segunda-feira; R$500,00 em 20 de dezembro e R$ 1.000,00 em março 2011;
  • abono dos dias parados (não tem desconto de greve nem compensação das horas paradas);
  • ampliação da qualificação, com acesso a plano de 40 cursos que poderão ser feitos pela internet;
  • licitação para garantir que chaves das agências passem a ficar com empresa terceirizada e não mais com gerente e tesoureiro, para inibir sequestros;
  • auxílio creche em dobro para portadores de deficiência;
  • Auxílio creche tem reajuste de 11%;
  • Implantação do ponto eletrônico;
  • Pagamento de quebra de caixa a coordenadores de posto e tesoureiros;
  • Convênios com academias;
  • Digitalização dos cartões de autógrafos;
  • Horário especial para amamentação por 270 dias.
E no Banco da Amazônia...

Pela manhã, o banco da Amazônia apreseentou proposta de 7,5% de reajuste apenas, que foi rechaçada de imediato na mesa de negociação, pelas entidades. Às 4 da tarde, o banco chamou as entidades e apresentou nova proposta, a saber:
  • 11% de reajuste no piso de ingresso;
  • 7,5% de reajuste nas comissões;
  • ampliação da fatia da PLR de 6,25% para 9%.
Como a reunião terminou às 19 horas e sem que as entidades pudessem avaliar deditamente a proposta, a assembleia manteve a greve e as entidades marcaram nova rodada de negociação para esta quinta feira 14, às 2 da tarde. Com assembleia às 5 da tarde, no Sindicato.

De antemão, Sindicato, Fetec e Contraf já adiantam que a proposta é insuficiente no reajuste do piso de ingresso e que precisa ser muito melhorada na metodologia de distrbuição da PLR. Embora reconheçam que a proposta da tarde trouxe alguns avanços.

Pela manhã, as entidades farão os estudos mais detalhados da propostas, o quadro comparativo com outros bancos federais e retornam à mesa de negociação às 14 horas. E a greve continua no Banco da Amazônia.

Nossos parabéns aos lutadores e lutadoras de todo o país que ajudaram a conquistar essa grande vitória da categoria bancária e da classe trabalhadora! É na luta e com muita unidade de classe que vamos avançar na conquista de direitos.

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