segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Banqueiros empurram bancários à greve. Se ligue na agenda da luta

Só neste ano o Brasil gerou mais de 1,5 milhão de empregos.

Sabe quanto os bancos contribuíram para esse número de empregos? Com menos de um por cento disso, exatos 0,61%. É pouquíssimo, considerando o lucro líquido de R$ 24,7 bilhões divulgado no mesmo período.

Essa comparação foi levada aos banqueiros pelo nosso Comando Nacional, na rodada de negociação que debateu emprego, terceirização, correspondente bancário. Não adiantou. Os banqueiros mantiveram o tom de descaso e, diante das negativas, o Comando chama Dia Nacional de Luta amanhã, dia 14. Dia 15 e 16 tem nova rodada de negociação, dessa vez para tratar das cláusulas econômicas. Na nossapauta, reajuste de 11%, melhoria na PLR, valorização do piso e previdência complementar.

Se os banqueiros mantiverem a mesma postura, pelo 7º ano seguido vão levar os bancários à greve. De nossa parte, estamos prontos a negociar. O setor está em excelente saúde financeira. Se continuar mostrando descaso com as necessidades de seus funcionários, também estamos prontos para lutar por nossos direitos.

Como andam as mesas específicas:

Banpará hoje - Às 16 horas, a segunda rodada de negociação específica com a diretoria do Banpará, que ficou de responder aos quetsionamentos feitos pelo Sindicato/ContrafCUT/FETEC.

Banco da Amazônia - Não teve avanços na2ª rodada, dia 10. Tava previsto o debate sobre saúde, segurança e condições de trabalho, mas o banco alegou que o tempo para a análise da pauta foi exíguo. Ficou para o dia 17, dia em que se iniciará o debate das cláusulas econômicas. Mas vale a pena ressaltar, já que saúde, segurança e condições de trabalho não foi respondido pelo banco, que os funcionários da Agência Castanheira, assaltada dia 2, continuam sem proteção e segurança devidas, evidenciando um descaso com a vida dos empregados, por parte do banco.

Ilegais - A novidade, no Banco da Amazônia, é que o banco tem prazo de 15 dias, a contar de 9 de setembro para informar à Procuradoria do Ministério Público do Trabalho se "haverá alguma possibilidade de atendimento voluntário do entendimento exposto no despacho”. Provocado pela AEBA, a Porcuradoria do MP considera ilegais as contratações dos gerentes Marçal Marcelino e Gilvan Ferreira.

Caixa - Os trabalhadores cobraram a concessão de licença-prêmio e Adicional por Tempo de Serviço (ATS) para todos os bancários. A Caixa se manteve intransigente em sua posição e se recusou novamente a discutir o assunto. O banco afirmou que irá aguardar o resultado da tramitação dos projetos de lei sobre o tema no Congresso Nacional e cumprirá o que for aprovado.

A Caixa ficou de avaliar a possibilidade de normatização das APIP e do parcelamento da devolução do adiantamento de férias para os novos empregados. Os dois pontos já existem no Acordo Coletivo com o banco e vêm sendo renovados todos os anos, o que traz insegurança para os bancários. (Mais informações, acesse www.fenae.org.br)
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