terça-feira, 7 de setembro de 2010

Banpará, Banco da Amazônia: novidades da negociação

Cuidar do reajuste, de melhorar o salário, está na ordem do dia do Sindicato, da Fetec-Centro Norte e da ContrafCUT, entidades que nesta segunda 6, à tarde, estiveram em reunião de negociação com a diretoria do Banpará.

Mas como diz a música, "A gente não quer só dinheiro, a gente quer saúde, diversão e arte". E assim, Sindicato, FETEC e ContrafCUT, começaram o debate com o Banpará sobre um conjunto de itens que são fundamentais pra vida dos bancários e bancárias: saúde e segurança.

A conversa só começou e continua dia 13 à tarde, quando o Banpará trará as respostas às reivindicações de saúde, segurança e condições de trabalho, detalhadas pelas entidades, a partir do que bancários e bancárias reivindicaram em encontros, seminários, assembleias e reuniões de delegados sindicais.

Diferente da mesa de negociações com a Fenaban, onde os banqueiros somente dizem não às reivindicações dos bancários e bancárias, a primeira mesa de negociação específica com o Banpará na Campanha Nacional 2010 já trouxe alguns avanços para a categoria em relação a itens de Saúde e Segurança Bancária, pontos debatidos.

Acompanhe aqui o debate o que foi reivindicado sobre saúde e condições de trabalho:

  • Saldo da CAFBEP - Provocado pelas entidades, o Banco se comprometeu com a transparência no acompanhamento da aplicação do saldo remanescente referente à extinção do Plano PAS, da CAFBEP, para fins de assistência social e de saúde dos funcionários do Banco. O Banpará apresentará ao Sindicato/FETEC/ContrafCUT as regras e limites para destinação do saldo remanescente, assim como explicará passo a passo o processo para se chegar ao valor deste saldo. A categoria então, deliberará sobre o que fazer com esse saldo,de forma aberta e transparente. Há o compromisso do Banco de não implementar nenhuma medida sobre esse assunto sem antes negociar com o Sindicato/FETEC/Contraf, que debaterão o assunto com a categoria;
  • Plano odontológico 0800 - Por reivindicação do Sindicato/FETEC/Contraf, o Banpará fará estudo de custos para viabilização do Plano Odontológico, a custo zero para os funcionários, com a possibilidade de alocação de recursos provenientes do saldo remanescente da CAFBEP para custear o referido plano.
  • Área de segurança e reestruturação do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) - entidades reivindicaram e o banco afirmou que está em curso uma série de análises de processos para tornar o atendimento mais ágil e eficiente. Além disso, o Banpará também acenou positivamente para a proposta das entidades de ampliação e autonomia para o setor de segurança, com a criação de uma superintendência específica de saúde e segurança do trabalho, sendo que a resposta final será dada na próxima mesa de negociação.
  • Assédio moral - O banco se comprometeu em realizar, junto com as entidades sindicais, ciclos de palestras sobre assédio moral e produção de materiais de formação sobre o assunto, como cartilhas, revistas e demais informativos para combater essa prática na instituição.
  • Proteção aos portadores de deficiência - Entidades reivindicaram a cobertura, pelo banco, das consultas médicas excedentes do plano de saúde para dependentes com necessidades especiais;
  • Ampliação da terapia holística - Entidades reivindicaram a ampliação da rede de atendimento do programa de Terapia Holística para os pólos do Estado, a exemplo do que já acontece em Belém e Ananindeua;
  • Assistência médica e remédios - Entidades reivindicaram a garantia de assistência médica e remédios, até quando for necessário, em casos decorrentes de acidentes de trabalho ou assaltos nas agência/ sequestros e transtornos ocupacionais.
  • Garantia de um Abono Academia para o funcionalismo no valor de R$ 70,00 (Setenta Reais);
Acompanhe aqui o debate o que foi reivindicado sobre segurança e assédio:

  • Guarda das chaves do banco - Entidades reiivndicaram que a pose das chaves do cofre e banco de postos e agências fiquem com empresa especializada de sgeurança e não mais com tesoureiro e gerentes. Isso já acontece hoje em Belém e Ananindeua. O banco vai dar resposta na próxima reunião;
  • Ressarcimento ou restituição de bens pessoais perdidos em assaltos ou sequestros decorrentes de relação de emprego com o Banco, desde que devidamente comprovado;
  • Advogados - O Banpará também garante que haverá acompanhamento de advogados da instituição aos bancários e bancárias que, porventura, sejam convocados para prestar esclarecimentos sobre assaltos, tentativas de assaltos às agências e seqüestros, em delegacias ou perante a justiça.
  • O Banpará concorda com a formação de um grupo paritário para discussão permanente sobre segurança bancária


Calendário de reuniões– dia 13, às16h, para debater as cláusulas de Emprego e Condições de Trabalho. E no dia 20, será a vez de debater as cláusulas econômicas. 16h, na Matriz do Banpará.

Assembleia dia 17 - Após as rodadas nacionais dia 8 e 9, 15 e 16 e após a específica do Banpará do dia 13, o Sindicato fará assembleia geral dia 17 para avaliar a Campanha Nacional e as específicas do Banco da Amazônia e Banpará.

Pré-acordo garantido -Atendendo ao apelo da categoria, o Banco do Estado do Pará garantiu a assinatura do pré-acordo que prevê a manutenção da data base (1°/09) e prorroga a validade das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2009/2010, e se comprometeu em seguir o acordo geral da Fenaban.

Entidades - Na ocasião da primeira rodada, a representação dos trabalhadores foi feita por Rosalina Amorim, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá; Sérgio Trindade, vice-presidente do Sindicato e da Fetec-CN; Antonio Pirotti, secretário de assuntos socioeconômicos da Contraf-CUT; e Vera Paoloni, diretora da Fetec-CN; acompanhados pelas advogadas Mary Cohen e Priscila Fogaça, da assessoria jurídica do Sindicato.

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Em Sampa, dias 8 e 9 - Nesta quarta e quinta, 8 e 9, continuam as rodadas de negociação em São Paulo. Desta vez, para debater emprego e condições de trabalho. A presidenta do Seeb-pA/AP, Rosalina Amorim, estará presente nessas rodadas d enegociação.

O
Brasil tem pouco mais de 460 mil bancários. No Pará e Amapá, mais de 7 mil bancários.Em São Paulo, Osasco e região, são em torno de 130 mil, distribuídos por cerca de 4 mil locais de trabalho. O Brasil já contou com quase um milhão de trabalhadores em bancos, na década de 1980. De lá para cá, as terceirizações, as fusões e a informatização reduziram o número de funcionários pela metade.

Mas a quantidade de serviço não caiu. Os bancários são obrigados a dar conta das mais diversas atividades e, além do atendimento aos clientes, vender produtos para superar as metas estabelecidas pelas empresas.

Para dar ideia desse quadro, basta dizer que o número de funcionários por agência, que era de 33 no início da década de 1990, chegou a 2008 em 24. Ou pior: em 1993 cada bancário era responsável por 67 contas correntes e no final dos anos 2000 cuida de 274, uma variação de mais de 300%.

Bancos lucram muito mais, enquanto os bancários adoecem pelo ritmo estressante do trabalho e os clientes se sentem mal atendidos e desrespeitados diante das imensas filas que são obrigados a enfrentar. O setor que mais acumula riqueza no Brasil tem de contratar mais bancários e tem plenas condições de fazer isso. Apenas o que os clientes pagam com tarifas cobre 130% das despesas com pessoal. Ou seja, dá e sobra.

Esses temas estarão em pauta na terceira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2010, que acontece na quarta 8 e quinta 9 em São Paulo


Emprego - Principais reivindicações;

  • Novas contratações
  • Fim das terceirizações
  • Garantia de emprego inclusive durante os processos de fusão;
  • Luta pela ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas;
  • Fim das demissões por justa causa em função de endividamento;
  • Respeito à jornada de trabalho;
  • Elevação dos pisos de ingresso para combater a rotatividade.
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Reunião no banco da Amazônia - Segunda 6, pela manhã, houve a rodada de negociação no Banco da Amazônia e foi garantido o pré-acordo. Presentes, Miguel Pereira da ContrafCUT, Rosalina Amorim, presidenta do Seeb-PA/AP; Sérgio Trindade (que coordena a mesa de negociação), Cristiano Moreno, Luiz Otávio Pereira, Rômulo Weyl e Marco Aurélio Vaz, todos diretores do Sindicato; Roosevelt Santana, diretor da Fetec-CN, Mary Cohen e Priscila Fogaça, representando a assessoria jurídica do Sindicato.

A próxima rodada no Banco da Amazônia é dia 10 de setembro.
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Limite da terra - Hoje é o dia do Grito dos Excluídos e tem plebiscito popular sobre o assunto, com a Campanha pelo Limite da Terra. Nas urnas, o debate sobre a concentração de terra no país. Se for aporvado o limite como emenda constitucional, conseguiremos terra suficiente para assentar cerca de 4,5 milhões de famílias, atingindo somente 1% dos proprietários.

O Arte Bancária recomenda a participação pelo Limite da Terra. E já!

Fontes: Seeb-PA/AP, Seeb/SP, ContrafCUT, com redação e edição do Arte Bancária.

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