sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Banqueiros começam a campanha dizendo NÃO. Essa nova! Dia 6 tem negociação no Banpará e no Banco da Amazônia

Por um dia e meio do início das negociações, banqueiros cantaram a mesma toada: Não, não e Não. Como sempre, ficaram de costas para os problemas graves que acossam a categoria bancária em todo o país. A rodada de negociação começou na tarde de quarta-feira 1 e foi até ontem.

Apesar de 80% dos bancários, em consulta realizada nacionalmente, indicarem o fim do assédio moral e das metas abusivas como fundamentais, os integrantes da federação dos bancos (Fenaban) disseram “não” às principais reivindicações de saúde e segurança apresentada pelo Comando Nacional dos Bancários.

Se essa for a postura dos banqueiros nas próximas rodadas de negociação, marcadas para os dias 8 e 9, quando serão discutidas os pontos sobre Emprego e condições de trabalho, com certeza, a categoria estará empurrada para a greve.

Veja o que o Comando apresentou e que não avançou:

Metas – O debate sobre metas, principal problema que aflige a categoria e causa do assédio moral, não avançou. Os banqueiros não aceitaram fechar uma proposta concreta para mudar esse modo de gestão.

Assédio –
O reconhecimento de que o problema do assédio moral existe e é grave, não fez com que os banqueiros avançassem.

Saúde – Os banqueiros se recusam a convencionar o direito de falta aos trabalhadores com deficiência que precisam fazer manutenção em suas próteses. Afirmam que essa discussão deve ser feita por local de trabalho. Também não querem debater o fim do descomissionamento dos afastados, alegando que se a pessoa não está exercendo a função não tem porque receber comissão.


Ilegalidade? – Os representantes da Fenaban chegaram a colocar em questão a ilegalidade que pode estar acontecendo nos bancos. Trata-se do pagamento dos salários dos bancários que estavam afastados, mas que tiveram o benefício suspenso em função da alta programada e não podem voltar ao trabalho porque são considerados inaptos pelo médico do banco. “Ou seja, esse trabalhador não pode retomar suas funções então fica sem salário, e também não recebe mais o benefício porque o INSS o colocou em alta antes de verificar seu estado de saúde. Como o contrato de trabalho não foi cessado, o banco tem de pagar o salário, mas não está pagando. Essa é a ilegalidade”, explica a presidenta do Seeb/Sampa, Juvandia, que integra o Comando Nacional.

O negociador da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, informou que vai consultar seus advogados e, caso a irregularidade se confirme, os bancos devem corrigi-la.

Segurança – Apesar de as dez reivindicações de segurança que prevêem medidas reparatórias e preventivas terem sido debatidas em quatro reuniões da mesa temática, a Fenaban não quer avançar no assunto.


Não querem falar em acabar com o porte das chaves das agências e cofres, e com o transporte de numerário por bancários. Também não admitem colocar no acordo a obrigatoriedade da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), nem a ampliação das indenizações para as vítimas de assaltos, nem o adicional de risco.


O mesmo “não” valeu para as portas de segurança.

A Fenaban concordou em fornecer estatísticas sobre assaltos a cada seis meses e em convencionar a emissão obrigatória de Boletim de Ocorrência. Também deverá estar previsto no acordo, conforme já havia sido acertado na mesa temática, o atendimento médico ou psicológico aos bancários no local da ocorrência.

Os banqueiros disseram não para outras questões fundamentais, como a isonomia de direitos para afastados em licença (pagamento de VA, VR e PLR) e o fechamento das agências assaltadas, além do acompanhamento de advogado para identificação de suspeitos.
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Todo apoio à chapa 2, bancários do Amazonas!

Até as 18 horas de hoje acontece uma importante eleição da categoria bancária: é no Sindicato dos Bancários do Amazonas, que está há décadas nas mãos dos pelegos. Nós apoiamos a chapa 2. Amanhã, a apuração.

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