segunda-feira, 5 de abril de 2010

Banco da Amazônia: as perdas salariais e o neoliberalismo

De todos os planos econômicos o que mais destruiu o poder de compra dos bancários do Banco da Amazônia foi o Plano Real, porque entramos nele na pior situação.

No ano de 1994, nosso padrão monetário era o Cruzeiro Real, mas a partir de 27/05/94 (Lei 8880) foram estabelecidas as URV (Unidade Real de Valor) e os salários passaram a ter como referência essas URVs, em um processo que culminaria em julho na conversão ao real, que até hoje vigora. Os salários foram transformados através de fórmula que convertia os valores de Cruzeiro Real de 4 meses (novembro, dezembro/1993 e janeiro/fevereiro/1994) em URV dos respectivos meses e, através de média aritmética, chegava-se ao seu valor.

Como o salário ficava fixo durante um ano, pois a cada mês em setembro (data base) era aumentado para cobrir as perdas do ano anterior , quando houve sua conversão em URV pareceu a todos que tinha havido um aumento real, face a perda total das referências de preço nessa conjuntura hiperinflacionária.

Com isso, e sem as referências de preços, face a inflação astronômica do período, parecia a todos que haviam obtido ganho real, o que foi, na realidade, uma grande tungada, na ordem de 63,36%.

Não bastasse isso, durante os 8 anos do governo de Fernando Henrique Cardoso os bancários amargaram perdas salariais significativas, pois não obtiveram qualquer reajuste nos salários, embora tivesse havido uma inflação de 38,85% no primeiro mandato e 35,11% no segundo mandato, o que perfaz uma inflação acumulada de 87,60%.”

Do blog do Cláudio Puty:

O trecho acima é de um artigo de meu pai, Alberto Puty, bancário aposentado do banco da Amazônia e ex-presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia.

Para ler todo o artigo, clique aqui.

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