quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Articulação Bancária traça estratégia de disputa dos rumos do Brasil. Banpará:eleição dia 10. BASA descumpre lei.

Toques Artban:
* Eleições Banpará Amanhã, dia 10, acontece a eleição aos Comitês do Banpará: Comitê do PCS, Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e Comitê de Segurança. A eleição deveria ter sido dia 3, mas problemas técnicos foi adiada para amanhã, dia 10.  O bancário vota pela intranet d banco e em cada comitê, a votação é em 3 candidatos. As companheiras funcionárias do Banpará e integrantes da Articulação Bancária Pará (Artban Pa), Vera Paoloni e Heidiany Katrine Moreno concorrem a vagas nos comitês. Vera concorre aos comitês de PCS e Segurança e Heidiany concorre aos comitês CRT e Segurança. Saiba quem são todos os candidatos clicando aqui. A posse é dia 14.
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* BASA descumpre a lei - Por força da lei 12.353 sancionada pelo então presidente Lula em 28.dez.2010, haverá eleição direta nos conselhos de administração das empresas p´publicas, aí incluso o banco da Amazônia. O parágrafo 1º do art 2º da lei é claríssimo: § 1o  O representante dos trabalhadores será escolhido dentre os empregados ativos da empresa pública ou sociedade de economia mista, pelo voto direto de seus pares, em eleição organizada pela empresa em conjunto com as entidades sindicais que os representem.


Pois bem: o Banco da Amazônia apresentou uma proposta de regulamento que não foi construída em conjunto com as entidades sindicais e que exclui os cedidos, empregados que estão na ativa, mas à disposição de outras entidades. Portanto, a proposta é excludente, fere a lei e não ter construção conjunta mostra o viés antidmeocrático. O companheiro Romulo Weyl, que integra a Comissão Eleitoral indicado pela ContrafCUT vai registrar o protesto pelas medidas antidemocráticas e que ferem a lei.
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* Articulação bancária debate rumos do movimento sindical  - Dia 6, houve em São Paulo o I Encontro Nacional de Mulheres da Articulaçãa Bancária, com excelentes debates sobre quotas e também a necessidade de se estimular a visibilidade das mulheres nos cargos de direção do movimento sindical bancário, com o recorte de gênero, raça, cor e cultura. E sempre com debates solidários e generosos, inclusivos. Além de Cristiane Aleixo, Vera Paoloni e Heidiany Katrine Moreno, compareceram aos debates sobre mulheres os companheiros Serginho Trindade e Marco Aurélio. Parabéns à ContrafCUT e à companheira Deise Recoaro pela coordenação do evento.
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Já dias 7 e 8, houve a Conferência Nacional da Articulação Bancária com ótimas contribuições acerca da disputa da sociedade nos rumos do país. O ambiente é favorável mas precisa ser fortemente disputado pela classe trabalhadora, a partir de grandes temas  como trabalho decente,reforma tributária, comunicação, qual o modelo de sistema financeiro que queremos, sustentabilidade, meio ambiente. A Conferência é preparatória ao Congresso da ContrafCUT e no dia 15 de março, em Belém do Pará, acontece o pré-congresso da ContrafCUT para toda a base da Fetec- CN. Antecedendo esse encontro, nos dias 13 e 14 haverá assembleia da FETEC-CN em Belém do Pará.

Não deixe de ler mais abaixo texto publicado no site da ContrafCUT sobre a necessidade do movimento sindical ter estratégia para disputar os rumos do Brasil.Trecho do texto: O momento no Brasil é favorável para se colocar  valores como cooperação, igualdade e solidariedade para estruturar as transformações sociais. 

 Carlão e Deise Recoaro, pte e diretora da ContrafCUT no I Encontro Nacional de Mulheres da Articulação Bancária, ocorrido em SP, auditório da Contraf, a 6 de fevereiro.
 Serginho Trindade, do Seeb-Pa e Artban Pará faz sua saudação na plenária das mulheres.
 Cris Aleixo (Seeb-Pa e Artban PA), Iaci Torres (presidenta Seb Campo Grande) e Mazé, sec. Educação Osasco, na mesa que coordenou o debate sobre PARIDADE na plenária nac das mulheres da Artban.
 Plenária nacional da Articulação Bancária Nacional: debatendo rumos do movimento para disputar a sociedade com propostas que contemplem o interesse da clase trabalhadora. Baita e bom desafio para nós do ramo financeiro.
 Durante a plenária nacional da Articulação Bancária, em Sampa, Heidiany Katrine Moreno (Seeb-Pa e Artban PA) convoca o movimento sindical bancário a fazer a defesa do Banpará da ameaça patente de privatização.
 Também participante da plenária nacional da articulação Bancária, Marco Aurélio Vaz dos Remédios (Seeb-Pa e Artban PA) fala sobre a brutal terceirização no Banco da Amazônia e a necessidade urgente de se resgatar o papel do banco e também os direitos dos trabalhadores.
 Parte da plenária nacional da articulação bancária, em Sampa.
 Juvandia, presidenta do Seeb-SP (Artban SP) durante a plenária.
Cristiane Aleixo (Seeb-Pa e Artban PA) faz defesa veemente da necessidade de se deslanchar uma política para a juventude bancária, visando atração e inclusão da mulher bancária jovem ao movimento sindical do ramo financeiro.
Cris Aleixo, Vera Paoloni, Marco Aurélio e Heidiany Katrine durante a plenária nacional da Articulação Bancária, em Sampa. Compa Vera Paoloni pautou na conferência a necessidade de se aprofundar o debate sobre sustentabilidade, meio ambiente e papel dos bancos na concessão,quantidade e qualidade do crédito. Também fortalecimento do Banpará e Banco da Amazônia como efetivos instrumentos de crédito e desenvolvimento do Pará e da Amazônia.



O texto da ContrafCUT:
Movimento sindical precisa ter estratégia para disputar os rumos do Brasil
Ao contrário da maioria dos países desenvolvidos, que estão sendo trucidados pela segunda maior crise na história do capitalismo, o Brasil vive um momento privilegiado inédito e passa por um grande processo de transformação, cujo desfecho está em aberto. Esse processo, no entanto, não vai durar muito tempo, o que torna imperativo que os movimentos sociais, principalmente os sindicatos, compreendam o que está acontecendo e desenvolvam uma estratégia para atuar incisivamente nessa conjuntura favorável e disputar os rumos do país. Caso contrário, as transformações serão conduzidas e beneficiarão apenas o capital.

Essa é a análise de conjuntura do economista Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), feita em palestra que proferiu nesta quinta-feira (2), durante reunião da Direção Nacional da Contraf-CUT, realizada no auditório da entidade, em São Paulo.

"Vivemos momento absolutamente favorável"


"Estamos vivendo um momento inesperado, absolutamente favorável, que não era para estar acontecendo", brincou o economista ao fazer uma comparação entre o Brasil da década de 1990 e o do início do século 21. "Naquela época, quando o capital comemorava a vitória derradeira do neoliberalismo, nosso time jogava inteiro na retranca. Os trabalhadores vinham num processo de perdas e resistiam para não serem aniquilados. O desemprego chegou a 22% em São Paulo, 30% em Salvador, o salário mínimo equivalia a 50 dólares. Chegamos a fazer campanha para elevar o mínimo a 100 dólares", lembrou Clemente. 

A ideia dominante era de que aumentar o salário mínimo levaria à explosão da inflação, do desemprego e da informalidade. "Essa crença dos neoliberais dominou o ambiente econômico e político do país por 15 anos."

Na década de 90, ironizou o economista do Dieese, "uma unha encravada na Rússia infeccionava a perna toda do Brasil e lá vinha o FMI emprestar dinheiro e dizer o que tínhamos de fazer. Exatamente o que está fazendo agora com a Europa".
"Estamos reduzindo a desigualdade" 
Hoje, enquanto os EUA, a Europa e o Japão são duramente atingidos pela crise econômica, que já completa quatro anos e meio, em que os trabalhadores perdem direitos e a desigualdade aumenta, o Brasil vive um momento oposto. 

"Mudamos o jogo. Estamos reduzindo a desigualdade a uma grande velocidade. Fizemos em cinco anos agora o que no passado demorava duas décadas. O país criou quase dois milhões de emprego em 2011. O salário mínimo hoje é de 300 dólares. E essa inclusão está se dando pelo trabalho, o que era impensável há pouco tempo atrás", declarou Clemente. 

Para o diretor-técnico do Dieese, esse "processo de transformação intensa, que dá ao Brasil uma situação privilegiada", se deve à conjunção de três fatores: 


1. Uma situação demográfica favorável, formada por uma população com grande maioria de jovens com capacidade produtiva.


2. As mudanças na estratégia do governo federal, que recolocou o desenvolvimentismo na agenda econômica e política do país.


3. Um desenvolvimento orientado pela ação do Estado. "Recuperamos a ideia de que o Estado tem papel relevante a desempenhar. Esse debate já estava perdido para os neoliberais e hoje até o Fukuyama reconhece esse fato", lembrou Clemente.

"Se caminharmos mais 20 anos assim, teremos uma extraordinária possibilidade de fazer uma grande transformação econômica, social e política no Brasil, dentro da democracia, equivalente ao que a Europa fez com o Estado de bem-estar social", acredita o economista do Dieese. 

"Estamos preparados para conduzir essas transformações?"

Ele considera que é única a oportunidade que o país reúne atualmente para se desenvolver com inclusão social e distribuição de renda. Dentro de duas décadas, na avaliação do economista, o Brasil perderá a força demográfica favorável, com o progressivo envelhecimento da população. E as outras transformações dependerão da capacidade de intervenção dos movimentos sociais, particularmente do movimento sindical. 

"Mas os movimentos sociais estão preparados e têm estratégia para intervir nessas transformações?", questionou Clemente. Ele demonstrou ceticismo sobre a capacidade de o movimento sindical cumprir esse papel imprescindível, sobretudo se não mudar sua visão e atuação estreitamente corporativa.


"A classe trabalhadora é mais que a soma das categorias"

"A mudança em curso exige que pensemos como classe trabalhadora. Mas classe trabalhadora não é a soma das categorias profissionais. É muito mais que isso. É o momento de a classe trabalhadora conduzir esse processo de transformação. Mas para isso ela precisa sair da defesa e desenvolver uma estratégia de transformação, com propostas concretas para as mudanças em andamento", provocou o diretor-técnico do Dieese. 

Na sua opinião, isso significa disputar com propostas que contemplem a visão e os interesses dos trabalhadores todos os debates relevantes que definirão o Brasil do futuro, das questões trabalhistas ao modelo de desenvolvimento, passando pela educação, saúde, meio ambiente, reforma tributária, reforma política, regulamentação do sistema financeiro etc..

"Essa disputa que temos hoje, com tantas variáveis a nosso favor, não tínhamos há dez anos. Mas precisamos de dirigentes capazes de conduzir esse processo de transformações. Esse é o nosso desafio", alertou Clemente.

"Mudança na democracia exige acordos sociais"

Para ele, "o movimento sindical precisa sair da retranca, onde muitos ainda se encontram, e mudar a estratégia para avançar. A mudança na democracia exige pactuação de acordos sociais. O conflito entre capital e trabalho não vai acabar, mas podemos colocá-lo num outro patamar", apontou.

"O ambiente é favorável, não podemos perder essa oportunidade inédita e precisamos colocar valores como cooperação, igualdade e solidariedade para estruturar as transformações sociais", concluiu o diretor-técnico do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT, com base na palestra feita por  Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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