sábado, 10 de março de 2012

Banpará tem primeira mesa de negociação, com poucos avanços


 
1ª foto, da esquerda para a direita:Vera Paoloni, Rosalina Amorim e Serginho Trindade.
2ª foto, da esquerda para a direita: Márcia Maués, Thaís Profeti, Ghyslaine Cunha, Vera Paoloni e Serginho. 

Síntese dos debates havidos ontem na primeira mesa permanente de negociação entre entidades sindicais e Banpará. Próxima mesa será em abril, em dia a ser confirmado. Participaram ContrafCUT, Seeb-Pa, Fetec/Cn e Afbepa:

Ponto eletrônico - A Diretora administrativa informou que, o Ponto Eletrônico não será implantado em todas as unidades do Banco até 31 de maio de 2012. Será implantado apenas no edifício-sede da Matriz e em algumas agências. A Diretora não soube precisar quais as agências.

Entidades sindicais reivindicaram que o Ponto Eletrônico seja instalado em todas as unidades do banco e não só em parte até 31/maio/2012 – conforme diz o Acordo Coletivo – dando prioridade para agências e postos da capital e interior, uma vez que são esses os locais mais problemáticos, inclusive com extrapolação da jornada de trabalho, muitas vezes sem o devido pagamento das horas extras, configurando-se o trabalho gratuito. A DIRAD manteve a posição de instalar o Ponto Eletrônico primeiro no edifício-sede da Matriz em algumas agências, o que contraria o Acordo Coletivo de Trabalho.

Teste - O banco informou que o sistema de ponto eletrônico já está em teste, na Sudep e as entidades solicitaram informações sobre os equipamentos, sistemas e cronograma de instalação. Lembramos que, segundo o Acordo Coletivo de Trabalho, a implantação do Ponto Eletrônico deve ser feita em todas as unidades de trabalho até 31/maio/2012. Já que está em fase de teste.

Para a diretora da FETEC-CN, Vera Paoloni,” o banco deve aproveitar esse tempo de testes para ir implantando o ponto eletrônico aos poucos até chegar em 31 de maio a todas as unidades do banco. Não adianta implantar apenas em parte, porque o que está no acordo precisa ser respeitado, pois expressa a vontade soberana da categoria, além de ser uma necessidade imperiosa em dar um BASTA ao trabalho gratuito e à falta de qualidade de vida hoje existentes no banco, em especial em postos e agências”.

GT/PCS e Plano odontológico – Eleição do GT-PCS consumada, os trabalhos do Grupo de Trabalho do PCS serão retomados imediatamente agora em março.
Pelo ACT- Acordo Coletivo de Trabalho, o prazo de 120 dias para efetivação dos debates, terminaria agora em março. Entidades solicitaram prorrogação do prazo até julho/2012, considerando que somente agora foi concluído o processo eleitoral do PCS e demais comitês. O banco concordou, mas solicitou que até o prazo de implantação do plano odontológico (prazo já terminado, pelo ACT) fosse prorrogado até maio/2012. Informou a diretora Márcia Maués que houve problemas técnicos na formulação do Termo de Referência que precisou ser adequado ao mercado local, com a exigência às empresas que possam cobrir todo o território paraense na prestação do serviço. Informou, ainda, que o Termo de Referência já está em fase de conclusão. Entidades concordaram com o adiamento.

Aumento de todas as comissões - A DIRAD informou que foi concluído o estudo, mas não foi e nem será enviado às entidades. Informou ainda que se mostrou caro para o Banco. Lembramos aos colegas que este ponto consta da Ação Reclamatória que o Sindicato dos Bancários do Pará move na Justiça do Trabalho porque foi um dos três pontos acordados na mesa de negociação entre as entidades e o Banco, durante a Campanha Salarial 2011, que o Banco não cumpriu.
A ação vai a julgamento no dia 26 de abril 2012. Os demais pontos são: comissão dos tesoureiros retroativa a setembro/2011, piso salarial para todos os níveis e reflexos na tabela de PCS.

Horas extras não pagas nas agências – Entidades informaram que bancários continuam trabalhando de graça em postos e agências e a Diretora Administrativa do Banpará disse desconhecer esse desrespeito às Leis e à determinação direta e formal do Presidente em pagar todas as horas efetivamente trabalhadas. A Afbepa relatou uma situação em que a folha de ponto foi rasgada e os colegas foram obrigados a assinar outra folha de ponto sem registro das horas extras. A Dirad ficou de avaliar essa situação e dar um retorno às entidades, deixando claro que não orientou nenhum gestor a cometer tal irregularidade.

Corte de despesasEntidades sindicais denunciaram que o programa de corte de despesas está causando muitos problemas nas agências e postos, desde a suspensão da refeição em período de pagamento de governo (praxe na empresa desde a década de 80), diminuição no número de vigilantes, corte na anotação das horas extras, enfim, um transtorno nas relações trabalhistas, além de ampliar a insegurança e o trabalho gratuito.

Contratação de mais bancários por concurso público - A Diretora administrativa do Banpará reconheceu diante dos representantes dos funcionários que há unidades do Banco com deficiência de pessoal. Admitiu que há locais funcionando com estrutura insuficiente de pessoas e explicou que há dificuldades em remanejar funcionários para municípios mais longínquos. Disse, ainda, que nesses casos, há uma recontratação das metas nessas unidades e que eventuais falhas são consideradas em casos de julgamentos disciplinares.

Indagada sobre o concurso público, a diretora informou que o edital do concurso será lançado ainda neste mês de março. O banco fará concurso público para vagas estabelecidas e para cadastro de reserva. A diretora informou, ainda que o concurso não incluirá vaga para psicólogo, como foi debatido e acordado na mesa de negociação entre as entidades em outubro do ano passado.

Sobreaviso -  As entidades expuseram as irregularidades quanto ao sobreaviso especialmente no que diz respeito à situação de insegurança a que os funcionários ficam expostos ao guardarem as chaves do Banco, e quanto ao não pagamento das horas extras efetivamente trabalhadas, quando há o deslocamento do funcionário para unidade do Banco.
O Banco, através da assessora Thaís Profeti, sugeriu que as soluções referentes ao sobreaviso sejam construídas no Comitê de Segurança, recém-eleito. O banco também se comprometeu a atender os requerimentos de pagamentos de horas extras quando forem solicitadas pelos funcionários que se deslocarem ao local de trabalho, durante o sobreaviso. Ou seja: mesmo de sobreaviso, o trabalhador tem direito às horas extras. É anotá-las e cobrar o pagamento. Se for tolhido de anotar, deve ligar para o Sindicato, Afbepa, Fetec-CN, deve denunciar!


Cobrança irrazoável de valores dos funcionários - A Afbepa apresentou à Dirad pedido de reconsideração quanto a algumas decisões do comitê disciplinar que estão penalizando alguns funcionários do Banpará, de forma irrazoável, cobrando-lhes valores inadmissíveis tanto pela soma vultosa, quanto pelos motivos injustos, uma vez que esses funcionários não cometeram dolo, não há culpa e o risco do negócio é do Banco e não dos bancários em uma situação de falha ou má fé que não seja do funcionário. A Dirad sugeriu que se houve caso de decisão injusta, que se busque a justiça, uma vez que a direção do Banco não pode descumprir normativos.

GD - A AFBEPA solicitou informações acerca do programa de Gestão de Desempenho que está sendo implantado no Banpará, inclusive com a possibilidade de integrar a equipe que monitora o GED, jamais para contratar as metas com os funcionários, mas para conhecer o programa por dentro, seus detalhes técnicos, suas avaliações, para melhor proteger os direitos e interesses dos bancários. A Dirad não aceitou de pronto a entrada das entidades na equipe do GD, mas sugeriu que fosse debatido por dentro do GT/PCS, o que a AFBEPA não aceita porque não queremos misturar o nosso PCS com o plano de metas do Banco.

Em abril - Nova reunião da mesa permanente ficou marcada para abril, com data ainda a ser definida.

A primeira rodada da mesa permanente de negociação/2012 ocorreu ontem 9,das 11 às 14 horas, entre as entidades representativas dos bancários e a direção do Banpará.  A presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, representou a ContrafCUT, o vice-presidente do Sindicato, Serginho Trindade,representou o Sindicato dos Bancários do Pará. E pela Fetec/CN, a diretora da Federação, Vera Paoloni.

O Banpará foi representado pela Diretora de Administração, Márcia Maués, o assessor da Dirad, Edvaldo Caribé, e Thaís Profeti, assessora direta do presidente. 

A ausência da presidenta da Afbepa,Kátia Furtado foi justificada pela assessora Ghyslaine Cunha, que representou a associação. A presidenta da Afbepa esteve internada durante o dia para fazer vários exames por conta de problemas de saúde manifestados ontem. Cristina Quadros, a vice-presidente, esteve em Salinas, acompanhada da advogada da Associação, Dra. Valéria Fidélis, prestando solidariedade ativa aos colegas no caso do assalto com sequestro. 

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Leia no blog da Afbepa: mais um assalto e sequestro no Banpará,  desta vez no PAB- Salinas. É a insegurança bancária presente no cotidiano dos trabalhadores! 
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Parabéns, Sílvio! - Parabenizamos o bancário e dirigente sindical dos bancários Pará (não-liberado), funcionário da Caixa, SÍLVIO DARIO FARIAS JÚNIOR, que cola grau em jornalismo hoje.

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